A gaúcha de 21 anos é tida como uma das esperanças da Seleção para buscar a medalha de ouro.
Créditos: Cristiane Brum/Divulgação |
A estreia será na quarta-feira contra a China, no Engenhão, às 16h (de Brasília). Os outros adversários da primeira fase serão Suécia e África do Sul.
Confira o bate-papo feito no dia 7 de agosto de 2015:
Nesta sexta-feira, o FutNet traz um bate-papo com a meio-campista Andressinha medalha de ouro no Pan-Americano de Toronto pela Seleção Brasileira.
Em cinco jogos disputados, as brasileiras venceram todos, anotando 20 gols e sofrendo apenas três.
“O título do Pan veio em um bom momento. Antes havíamos disputado o Mundial, também no Canadá, onde sofremos apenas um gol nos quatro jogos que disputamos e justo este gol foi o que nos eliminou nas oitavas de final (contra a Austrália).Jogamos bem o Mundial e perdemos por uma ‘fatalidade’. Vimos que se continuássemos jogando bem no Pan, como foi no Mundial, poderíamos ser campeãs. Foi o que ocorreu. Ganhamos a medalha de ouro”, disse a atleta natural de Roque Gonzales/RS.
Andressa Cavalari Marchy ainda disse que a partida mais difícil foi contra as mexicanas na semifinal (vitória por 4 a 2) e na primeira fase, atuar contra as canadenses (2 a 0) foi muito marcante.
“Eu achei o jogo contra o México, muito difícil. Um time bem qualificado. As atletas são bem raçudas, não desistem. A número 10 mexicana nos deu muito trabalho. Na final, esperávamos o jogo mais difícil contra a Colômbia, pois já tínhamos enfrentado-as na Copa América. Mas fizemos um gol no início e isso desestabilizou elas. A final é sempre o mais marcante, por ser decisão. Na primeira fase, jogamos contra o Canadá, que era o anfitrião do evento. O estádio estava lotado e havia muita pressão. A torcida nos vaiava e sentíamos tremer o estádio. Vencer os donos da casa com estádio cheio é sempre muito bom”, relembrou a jovem de 20 anos, que comentou sobre o trabalho do técnico Vadão.
“O Vadão é muito calmo. Então ele passa muita tranquilidade para gente. É como se fosse um paizão. Não grita, não se exalta. Todo mundo gosta dele. O diferencial dele e da comissão técnica é que nós evoluímos muito na questão física. O futebol vem evoluindo bastante, em todos os setores, e essa comissão técnica vem acompanhando isso”, emendou a futebolista.
Andressinha iniciou a carreira no Pelotas/Phoenix aos 13 anos, quando foi descoberta em um peneira para a Seleção Brasileira de base, em uma cidade próxima de onde vivia. O treinador das peneiras era Marcos Planela Barbosa, que trabalha até hoje na equipe pelotense, a convidou para ir ao sul do Rio Grande do Sul.
No início, Andressinha saia de Roque Gonzales e ia até Pelotas (em torno de 448 km) participar dos jogos. Um ano depois foi convidada para jogar no Kindermann/SC. Na equipe de Caçador/SC fatuou cinco títulos estaduais e foi vice-campeã brasileira em 2014, perdendo a final para a Ferroviária/SP.
“ A estrutura que o Kindermann nos oferece é muito boa. Viviamos nos alojamentos do estádio, onde tinhamos bons dormintórios, banheiros e comida não nos faltava. As meninas que atuavam ainda ganhavam bolsa em uma faculdade de lá. Quando íamos jogar fora da cidade, uma van sempre nos levava. A cidade sempre apoiou o time. Quando tinha torneios estaduais e nacionais, as rádios e jornais sempre nos procuravam para fazer entrevistas e a população ia aos jogos”, explicou.
Após as competições no Canadá, Andressinha se transferiu para o Houston Dash-EUA, onde está tendo sua primeira experiência em um clube do exterior. No momento, a equipe do Texas disputa a NWSL (National Women Soccer League). São nove equipes que disputam 4 vagas para os play-offs. Andressinha atuou em 2 dos 5 jogos, onde venceu um (Kansas City) e perdeu outro (Washington Spirit).
Em sua equipe, estão no elenco, Morgan Braian, Meghan Klingenberg e Carli Lloyd. Todas campeãs do mundo pelos EUA. Lloyd eleita a melhor do torneio e tido como um grande ídolo local.
“Eu convivi com a Klingenberg e a Morgan, porque a Lloyd estava fazendo muitas propagandas. Elas são muito simpáticas e engraçadas. Bem queridas no grupo.Hoje(quinta-feira) foi o primeiro treino da Lloyd, que vai ficar em definitivo. Como a Lloyd faz muita propaganda e está sempre na mídia, ela se ausentou de vários treinos”, afirmou a brasileira.
“A estrutura que temos aqui é muito boa. Um CT que tem tudo de bom. Jogamos no mesmo estádio do Diamond (time masculino de Houston). O técnico é o Randy Waldrum, e ele dá muita ênfase na parte tática. Nos passa muitos vídeos, e fazemos bastantes treinos com marcação. O auxiliar-técnico é brasileiro (Marcelo Galvão) e quando não compreendo algo, ele traduz para o português. Até o momento, não tivemos nenhum treino coletivo. Creio que seja pelo fato da liga feminina permitir no máximo 20 atletas por equipe. Ou seja, são poucas jogadoras. Então, os treinos com bola são mais em campo reduzido. Também há treinos com bola parada, como escanteios e cobrança de falta. Isso fazemos muito”, revelou.
“Até o momento, atuei em dois jogos e sempre como titular. Jogo mais como segundo volante aqui. Aqui tenho que marcar mais. O bom foi que o meu treinador Randy me elogiou após os jogos. Disse que fui bem. Isso me dá força para seguir ”, emendou.
O contrato com a equipe do sul dos Estados Unidos será de dois meses. Após o término do vínculo Andressinha pretende retornar ao Brasil e jogar o campeonato nacional. Para 2015, o grande objetivo é participar da Seleção Brasileira que vai à Olimpíada do Rio de Janeiro.
Obs: Andressinha ainda atuou em 2015 pelo Tiradentes/PI chegando até a semifinal do Campeonato Brasileiro. Em 2016 retornou ao Houston Dash-EUA.
Obs: Andressinha ainda atuou em 2015 pelo Tiradentes/PI chegando até a semifinal do Campeonato Brasileiro. Em 2016 retornou ao Houston Dash-EUA.
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