sábado, 20 de agosto de 2016

Arquivo! Meia Revson fala sobre carreira no Grêmio, Avaí e exterior!

Bastidores: Nesta entrevista, feita em 2013 para o FutNet, me chamou a atenção o fato de Revson, natural do Paraná, deixar Marechal Rondon/PR e sua família, com apenas 7 anos de vida e se mudar para Porto Alegre/RS e treinar no Grêmio. Inicialmente, viveu com uma família e depois na concentração do Olímpico.


Revson quando atuava no Avaí. Crédito: Diego Madruga


"Foi um período difícil. Naquela época meus pais haviam acabado de se separar, minha mãe estava mal no hospital e eu recebi este convite. No entanto, meus pais deixaram eu ir. Minha mãe mesmo mal, falou que era para eu ir, porque se eu não fosse eu iria culpa-la no futuro, por ter me proibido. Acabei indo. No começo morei com uma família,  mas pouco tempo depois passei a viver na concentração do Grêmio", recordou o jogador.

Nessa época, qualquer criança estaria brincando e vendo futebol como uma atividade lúdica. Não como uma profissão e viver longe da família.

Enfim, em 2013 Révson estava atuando na Bulgária. Em 2014, retornou ao Brasil onde atuou pelo Avaí (onde teve uma boa passagem em 2010), Luverdense/MT, Inter de Lages/SC e recentemente foi contratado pelo Anápolis/GO para a disputa da Série D do Brasileiro.

Confira:

Nesta sexta-feira, o FutNet segue seu especial com atletas brasileiros que atuam em mercados 'periféricos'. Esta reportagem traz agora a trajetória do meio-campista Révson, atualmente no CSKA, da Bulgária.

O atleta de 26 anos é natural de Cascavel/PR, mas ainda criança se mudou para Marechal Rondon/PR, onde viveu até aos 7 anos. Nesse período, jogando bola , um olheiro do Grêmio o viu atuar e o convidou para ir morar em Porto Alegre/RS. O jogador, aos 7 anos, acabou indo viver no Olímpico, deixando sua família.

"Foi um período difícil. Naquela época meus pais haviam acabado de se separar, minha mãe estava mal no hospital e eu recebi este convite. No entanto, meus pais deixaram eu ir. Minha mãe mesmo mal, falou que era para eu ir, porque se eu não fosse eu iria culpa-la no futuro, por ter me proibido. Acabei indo. No começo morei com uma família,  mas pouco tempo depois passei a viver na concentração do Grêmio", afirmou o atleta.

Révson morou nas concentrações do Olímpico durante 13 anos e nesse período atuou como volante, meia-esquerda e lateral-esquerdo. Ele se diz polivalente e em um período já profissional, fez a função de terceiro zagueiro no Avaí.

Nas categorias de base do Imortal Tricolor, Révson afirma que só tem boas lembranças, onde ganhou vários títulos, fez grandes amigos, jogou ao lado de promessas que vingaram no futebol, além de ter amadurecido como pessoa e profissionalmente.

"No Grêmio tenho ótimas lembranças. É muito bom você atuar ao lado de vários jogadores e ver que hoje vingaram no futebol. Atuei com os goleiros Cássio (atualmente no Corinthians) e Marcelo Grohe ( reserva no Grêmio), os meio-campistas Lucas Leiva (Liverpool-ING), Carlos Eduardo (Flamengo), W. Magrão (Figueirense), o zagueiro Léo (Cruzeiro) dentre outros. Ao lado desses caras ganhei muitos títulos. Ganhei três gauchões seguidos, uma Copa FGF em 2007, montado só com pratas da casa. Creio que para mim só faltou ganhar um Brasileirão sub-20, onde perdemos a decisão para o Inter. O Inter naquela ocasião tinha Muriel, Luiz Adriano (Shaktar Donetsk) e Alexandre Pato (Corinthians)", contou o jogador, que mesmo pouco aproveitado no time principal diz não ter mágoa do clube gaúcho.

Seu primeira equipe profissional foi o Brasil de Pelotas em 2007. Na ocasião, o GFPA o emprestou ao Xavante para ganhar experiência e no primeiro semestre disputou o estadual. Por lá, acredita que fez uma boa participação, onde anotou seus dois primeiros gols como profissional e afirmou que sua relação com a fanática torcida do Brasil é boa. Segundo, o paranaense, até hoje ele tem contato com alguns adeptos.

No segundo semestre de 2007 atuou no time principal do Grêmio, mas como já citado, pela equipe B que disputou a Copa FGF onde foi campeão. Em 2008,  estava no plantel do Imortal, mas no segundo semestre foi emprestado ao Caxias, onde participou da Copa FGF.

Com o término do contrato com a agremiação que o formou como futebolista, Révson  voltou ao seu estado natal e foi contratado pelo Pato Branco. Lá ele guarda boas recordações.

" Em 2009 só tenho boas recordações de ter defendido o Pato Branco. O time não tinha muita estrutura é verdade, no entanto 'abracei' o projeto do time. Com a cidade apoiando o clube fomos campeões da 3ª divisão do Campeonato Paranaenses, eu fui artilheiro do time, eleito o melhor jogador e a revelação da competição", explicou.

Em 2010, o personagem desta reportagem se transferiu para o Avaí/SC, onde pode jogar além do estadual, a Copa do Brasil e a Série A do Brasileiro.  Após esta temporada, onde ele diz guardar boas recordações, ele se transferiu para o São Caetano. No Azulão, ele sentiu a diferença entre atuar em um clube com torcida e um sem.

" É diferente do que estava acostumado a lidar. Realmente lá no São Caetano, a pressão mesmo fica sendo internamente, da diretoria e da comissão técnica. Torcida era pouca lá", revelou.

Com o contrato com a equipe paulista perto do fim, Révson recebeu uma oferta do Nacional-POR e pela primeira vez foi defender um clube fora do Brasil. No time da Ilha da Madeira, ganhou o Troféu Ramón Carranza-ESP, onde fez um dos gols.

"No último dia do meu contrato com o São Caetano me apareceu o Nacional-POR interessado no meu trabalho. Analisei o que eles me propuseram e aceitei. Foi muito legal viver em Portugal e especificamente na Ilha da Madeira um lugar lindo. No Nacional, fui campeão do Troféu Ramón Carranza, que ocorre na Espanha. Na ocasião vencemos o Rayo Vallecano-ESP por 3 a 1 e eu fiz o segundo gol do time. Na ocasião o duelo estava empatado em 1 a 1. Foi muito marcante", contou o brasileiro.

No Velho Continente, o sul-americano atuou pela primeira vez em um jogo com neve e afirmou que não é muito bom atuar nessas condições.

" Atuar com neve é complicado. O frio é muito intense, os pés parece que vão quebrar. Tem hora que não os sente. Se está com muita neve, a bola já não rola tão bem."

Na temporada 2013/14, o clube lusitano o emprestou para o CSKA Sofia, a equipe mais popular da Bulgária. O atleta revelado pelo Grêmio falou sobre as primeiras impressões em solos búlgaros.

"Estou gostando de atuar pelo CSKA. A torcida é muito grande e onde você vai há presença de torcedores nos estádios. É o clube mais popular da Bulgária. É muito bonito ver aquele 'mar vermelho' (se referindo a torcida e a cor do uniforme do clube). Ainda estou em adaptando a cultura local. Já sei algumas palavras em búlgaro e estou em adaptando aqui."

No momento, o CSKA passa por dificuldades financeiras, tanto que não pode disputar a Liga Europa desta temporada e cedeu a vaga para outra agremiação. No campeonato nacional, a meta é fazer uma boa campanha e se puder brigar pelo título. Atualmente está na 7ª colocação.

Com relação ao futuro, Révson afirma que pretende ainda jogar uma competição europeia e depois voltar para o Brasil.

" Ainda quero jogar uma Liga Europa, uma Liga dos Campeões da Europa e mais na frente voltar ao Brasil, pode atuar em uma grande equipe. Pode ser Grêmio, Inter, São Paulo ou qualquer outra. Não tenho preferência. Quero ganhar títulos no Brasil, jogar uma Libertadores. Mas vou fazendo aos poucos, sem pressa. Com o tempo vou alcançando meu objetivo", finalizou.

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