quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Arquivo! Um bate-papo com o ex-jogador Edu

Bastidores: Esta entrevista ocorreu em janeiro de 2014. Na ocasião, Edu estava voltando de lesão e ainda tinha expectativa de retornar aos gramados. Não dava sua carreira como encerrada. O que ocorreu meses depois.

Neste encontro, me chamou a atenção a humildade de Edu, que mesmo atuando por grandes clubes do Brasil e Espanha e passagem pela Seleção Brasileira não se comportava como uma estrela.

Encontrei o mesmo alguns tempo depois e este veio conversar comigo e me chamou pelo nome. Algo não muito comum nesse meio (exceção feita aos jornalistas renomados).  

Atualmente Edu é sócio-proprietário na empresa NG Soccer, que administra carreira de jogadores de futebol.




crédito da foto: divulgação

Confira: Nesta segunda-feira, o FutNet traz uma reportagem com o atacante Edu, revelado no São Paulo e conta com passagens pela Seleção Brasileira, Celta e Bétis, ambos da Espanha, Internacional/RS, Vitória/BA e Colorado Rapid-EUA.

Em 2013 o atleta de 35 anos ficou fazendo fisioterapia no CT do Corinthians para se recuperar de uma grave lesão no quadril. Em março o jogador oriundo de Jaú/SP passará por exames para saber se estará recuperado do problema e caso esteja, vai tentar arrumar um clube nesta temporada.

“ No início de 2013 senti uma lesão grave no quadril em um treinamento. Não conseguia nem dormir direito de tanta dor. Fiz exames no Corinthians e detectaram que o problema era muito mais grave que eu imaginava. O Joaquim Grava disse que era a segunda vez que analisava um caso desse. O fisioterapeuta Bruno Mazziotti disse que o meu problema era global. Isso significa que eu tenho descompensações físicas que ocorreram durante a carreira, não foram corrigidas e resultou nessa dor. Pequenos problemas físicos que não foram corrigidos corretamente. Passei todo o ano passado me recuperando dessa lesão e já estou bem melhor. O Mazziotti ainda fará um exame comigo provavelmente em março e se eu estiver bem, tentarei retornar aos gramados”, explicou Luis Eduardo Schimidt.

Além dessa declaração, Edu relembrou seu início de carreira no XV de Jaú, os tempos de São Paulo e Seleção Brasileira Olímpica, seu auge na Espanha e as passagens por Inter, Vitória e EUA.

Confira
1)Comece falando sobre sua infância, como era a vida da sua família e seus primeiros contatos com bola.


Nasci em Jaú/SP e morei em uma fazenda próxima à cidade. Meus pais trabalhavam lá. Meu pai carregava cana -de-açúcar para uma usina e minha mãe trabalhava na lavoura. Quando eu tinha 9 anos o dono da fazendo faliu e minha família teve que se mudar para a cidade de Jaú. Lá eu comecei a ter mais contato com o futebol e me destacava nos campeonatos da cidade. Até que me indicaram para o goleiro Celso que atuava no XV de Jaú para fazer um teste e passei. No mesmo período em que fui aprovado, uma loja de calçados me chamou para trabalhar lá, pois havia me inscrito para trabalhar. Mas minha família disse que eu deveria investir no futebol pois teria futuro. Esse apoio da família foi muito importante para que eu tentasse a careira de jogador.

2)Nessa época mesmo você já atuava como segundo atacante?
Sim, em toda a minha carreira atuei de forma ofensiva. Comecei como segundo atacante, mas na Seleção Brasileira o Vanderlei Luxemburgo pediu para eu atuar de meia e na Espanha atuei tanto como meia direita, central e esquerda. Uma vez no Celta atuei até de centroavante, mas tinha liberdade para sair da área.

3)Como foi seu período no XV de Jaú e como foi para o São Paulo?
Meus dois primeiros anos no XV de Jaú foram muito bons. Meu treinador era Fernando Pirulito, um ex-jogador famoso do XV. Os jogadores gostavam muito dele pois sabia lidar com adolescentes, situação que falta hoje em dia em muitos clubes do Brasil. Em 1994 antes de um jogo do XV de Jáu pelo Estadual teve uma preliminar com dos juniores. O José Poy, ex-goleiro lendário do São Paulo, estava na arquibancada e me viu jogar. A priori o XV em uma negociação com o Mogi Mirim me envolveu nela e eu me transferi. Pelo Mogi Mirim em um torneio em Limeira, de categoria de base eu me destaquei fazendo vários gols.Pouco depois eu estava treinando no elenco profissional do Mogi, até que o Poy veio atrás de mim e falou que era para eu voltar para o XV e que queria me levar depois para o São Paulo. O Poy disse que eu era muito franzino e precisava ficar mais forte fisicamente. Fiquei mais um tempo atuando pelo time da minha cidade natal e depois fui para o Tricolor Paulista.Fui para o São Paulo emprestado um ano e caso fosse bem, eles teriam o direito de compra.O Poy para mim foi um pai no futebol.Agradeço demais pelo que ele fez por mim.

4)Naquele tempo o São Paulo não tinha o CT de Cotia. O que lembra de sua época na categorias de base do São Paulo? 
Não existia CT de Cotia e era bem diferente a situação das categorias de base. Vivíamos embaixo do Morumbi. Os meninos do juvenil dormiam todos em um quarto e com beliches. Os juniores posteriormente dividiam quarto com 3 ou 4 atletas. Na época do frio sofríamos demais (a região do Morumbi faz muito frio). Atualmente os jogadores da base do São Paulo tem quartos melhores, tem aula de inglês, eles vão para a escola com um ônibus do clube que os traz e os leva. 

Me recordo que quando havia testes no São Paulo, os inscritos dividiam quarto com o pessoal que vivia no Morumbi. Minha mãe uma vez me deu um tênis bom e caro e dias depois ele sumiu. Com certeza foi alguém que foi fazer teste e levou embora. Tempos depois o clube me ressarciu. Acredito que essas coisas no São Paulo não ocorram mais.

Com relação a minha chegada a São Paulo, foi boa e um choque ao mesmo tempo. Choque, pois sair de uma cidade como Jaú e ir para a capital do estado tem uma diferença muito grande. Além de estar longe da família. Mas foi legal, pois estava indo para o clube que eu torcia na infãncia. Vi aquela equip bicampeã da Libertadores e do Mundo em 1992/93 e os tinha como referência. De repente eu estava lá. Gostava muito de ver o Raí jogar e tempos depois ainda atuei com ele no profissional do São Paulo. Isso foi muito gratificante.

5)Que títulos ganhou pelas categorias de base do São Paulo?
Na verdade tudo aconteceu muito rápido na minha vida. Meu primeiro torneio pelo São Paulo foi nos Emirados Árabes Unidos e não fomos bem. Fiquei super chateado. No entanto, quando retornamos ao Brasil, mudou algumas pessoas no comando da base. O novo treinador era o Guto Ferreira. Quando ele veio conversar comigo ele me disse o seguinte: ‘Não precisa se apresentar. Te conheço de um torneio em Limeira que você jogou pelo Mogi Mirim e foi muito bem’.
O Guto me passou uma segurança muito grande. Pouco depois fomos à Alemanha disputar um outro campeonato. Fomos campeões e fui artilheiro e eleito o melhor jogador da competição. Recebi o troféu de artilheiro do ex-atacante Paulo Sérgio que na época defendia o Bayern Munique.

Esse meu desempenho chamou a atenção do técnico da Seleção Brasileira de base, Toninho Barroso. Teve um amistoso dos juniores do São Paulo e o Toninho foi ao CT assistir. O Guto Ferreira me disse que o comandante da Seleção estava de olho em mim. Fui bem na partida, anotei dois gols e fui convocado para o Mundial do Equador em 1995. Fomos vice-campeões. A partir disso eu passei a ser convocado com frequência para defender o Brasil. 
No São Paulo eu ainda fui duas vezes campeão paulista juvenil e ganhei a Taça BH em 1997, sendo o artilheiro do torneio. Queria mencionar também que um treinador que me ajudou muito naquele período foi Dario Pereyra. Ele disse que eu precisava aprimorar o cabeceio e eu passei a fazer isso ao término dos treinamentos.

6)Chegou a jogar a Copa São Paulo de Juniores?
Eu estava no elenco do São Paulo em 2000 e joguei apenas um jogo.Em janeiro daquele ano teve o Pré-Olímpico e eu inicialmente não estava na lista de convocados. Mas me disseram em ‘off’ que caso alguém fosse cortado eu seria chamado. O Bétis acabou não liberando o Denílson e eu entrei no lugar.Nos primeiros jogos eu fui reserva, mas pouco antes da última rodada da primeira fase, o Vanderlei Luxemburgo foi até o meu quarto no hotel e disse que era para eu me preparar que ia enfrentar a Colômbia. A Colômbia para muitos era tida como a seleção mais forte daquele torneio. Vencemos por 9 a 0 e eu fiz dois gols. Nos dias seguintes a imprensa questionava se eu já merecia ser titular. E foi o que aconteceu. Luxemburgo sacou Mozart e pôs mais ofensivo comigo, Alex, Ronaldinho Gaúcho e na frente Lucas (com passagens pelo Atletico/PR e futebol japonês). 
Na final, enfrentamos a Argentina do técnico José Peckermann (atualmente treinador da Seleção da Colômbia) e que tinha no elenco, Riquelme, Savíola e Aimar. Vencemos por 4 a 2 e fomos campeões.

7)No entanto, nas Olimpíadas em Sydney-AUS, o Brasil acabou decepcionando e foi eliminado por Camarões nas quartas de final com 2 jogadores a mais em campo...

O Vanderlei Luxemburgo chegou muito pressionado por conta dos maus resultados pela Seleção Principal e pelo fato de não levar nenhum atleta acima dos 23 anos para a Austrália. Além disso, saiu na imprensa alguns problemas pessoais do treinador. Eu fui bem na primeira fase, onde fiz dois gols e dei duas assistências, mas tomei um cartão amarelo contra o Japão na última rodada e fiquei suspenso. Já era o meu segundo na competição. Por conta disso não pude atuar contra o Camarões. Atuou Athirson e Alex de meias e depois entrou o Roger. Não deu certo e o Brasil perdeu aquele jogo. Depois disso, o Luxemburgo saiu, entrou Emerson Leão e eu nunca mais fui convocado para a Seleção Brasileira.

Obs: Pela Seleção Principal Edu atuou em um amistoso contra a Tailândia e foi convocado para um jogo pelas Eliminatórias para a Copa de 2002. Ambos sob o comando de Luxemburgo

8)Com todos esses problemas envolvendo o Luxemburgo, o clima estava pesado na concentração?
Entre os jogadores não. O clima era bom como foi no Pré-Olímpico. Mas com o Luxemburgo se notava que ele não estava bem psicologicamente. Não era o mesmo do Pré-Olímpico.

9)2000 foi seu primeiro ano como profissional e logo foi vendido ao Celta-ESP. Como surgiu o interesse do time de Vigo?
Em 2000, após o título do Pré-Olímpico eu me firmei no time profissional do São Paulo.Fiz parte do elenco que foi campeão paulista e vice da Copa do Brasil (se mostra chateado ao lembrar da derrota para o Cruzeiro na final, com gol sofrido nos últimos minutos).
Após a Olimpíada de Sydney não houve acerto para a renovação de contrato com o Tricolor e apareceu uma proposta do Borussia Dortmund. Estava praticamente certo que eu ia para a Alemanha, mas ai apareceu o Celta na negociação e acabei indo para a Espanha.

O Celta na época vivia um bom momento no futebol. Sempre ficava entre os primeiros do Campeonato Espanhol e jogava a Copa da Uefa (atual Liga Europa). Em 2002/03 conseguimos classificação à Champions League. Naquele período La Liga não era polarizada como atualmente. Me recordo de chegar na última rodada e o Celta já classificado à Champions League e iríamos enfrentar o Barcelona, em casa. O Barcelona na época precisava vencer o Celta para se garantir na Copa da Uefa!

Obs: Em 2003/04, o Celta jogou a Champions League e caiu no grupo H, ao lado de Milan, Ajax e Club Brugge-BEL. Avançou às oitavas de final e foi eliminado pelo Arsenal.

10) O outro time espanhol que você atuou foi o Bétis. O que lembra de seu período no clube de Sevilla?
Em 2004 eu fui negociado para o Bétis. No elenco, já havia outros brasileiros como Marcos Assunção, Denílson e Ricardo Oliveira. A temporada 2004/05 foi a melhor do clube em termos de resultados. Vencemos a Copa do Rey e nos classificamos à Champions League. Eu e o Ricardo Oliveira formamos uma boa dupla de ataque. Fizemos bastante gols.

O problema foi que o Bétis não cresceu como clube e teve temporadas difíceis A diretoria tinha um pensamento muito pequeno.Apesar da boa campanha na Champions League, o clube foi mal no Campeonato Espanhol e lutou para não cair. Time sem muito investimento, prioriza sempre os campeonatos nacionais. Me lembro ainda na temporada 2006/07 escapamos do descenso na última rodada, onde fiz os gols salvadores. Por conta disso a torcida começou a me chamar de San Edu.

Em 2008/09 entrou um novo presidente no Bétis e que era muito difícil de lidar. Meu contrato estava terminando e ele complicava a renovação. Fazia de pirraça. 

Um exemplo foi quando eu estava operado e com uma perna engessada, ele me ligou e disse que havia conversado com o médico do clube e este informou que a perna que não havia sido engessada estava tão ruim quando a que estava engessada. Era mentira dele. Tanto que liguei para o médico e ele afirmou que jamais havia falado aquilo. O presidente fez isso para me desvalorizar e se dar bem numa possível renovação de contrato.

Eu queria ficar mais tempo no Bétis, mas por conta desse cara eu acabei saindo. 

Obs: Pela Champions League, o Bétis enfrentou na primeira fase, Chelsea, Liverpool e Anderlecht-BEL. Ficou na terceira colocação com 9 pontos e não avançou às oitavas de final

11)Em questão de torcida, como são a do Bétis e a do Celta?
Em Sevilla, há uma rivalidade forte entre Sevilla e Bétis. Muito parecida com Grêmio e Inter. Lá ou o cara é Sevilla ou é Bétis. A população de Sevilla adora futebol e eles apoiam intensamente seus clubes. O clima da cidade é agradável e a população muito hospitaleira e alegre. Tem muita semelhança com o Brasil.

Já em Vigo, a torcida apoia o clube, mas se vê que é um povo mais frio. Lá no inverno, faz frio e chove todos os dias. Vi isso durante os seis primeiros meses que passei lá. Era literalmente chuva todos os dias. Eles não tem a mesma euforia que o pessoal de Sevilla.

12)Após o Bétis, retornou ao Internacional onde não foi bem. Por quê escolheu o Inter e o que não deu certo?
Quando meu contrato estava terminando no Bétis, recebi proposta do Villarreal, Sevilla e houve sondagens do Tottenham. Depois o Inter me procurou e eu aceitei. Preferi atuar em um clube de ponta no Brasil, do que jogar em clubes médios da Europa. 

No entanto, não estava preparado para voltar ao Brasil como tinha imaginado. Não conhecia o Inter nem o sul do Brasil. Eu voltava de férias da Espanha e precisei me readaptar ao futebol brasileiro. No primeiro mês fiquei treinando só a parte física para entrar em forma. Mas o Inter perdeu seus dois atacantes, Taisson e Alecsandro e minha estreia foi antecipada. Fui bem nos dois primeiros jogos, depois fiquei no banco, por não estar bem fisicamente e entrava aos poucos. No entanto, tive um edema muscular e perdi o final da temporada 2009.

Em 2010, o Jorge Fossatti assumiu o Inter. Foi um cara que eu gostei muito de trabalhar e me dei bem com ele. No entanto, na fase final da Libertadores eu tive um problema nas costas e não pude atuar. O Fossatti acabou demitido na semifinal e entrou Celso Roth e fomos campeões da Libertadores.

No entanto, com a chegada de Celso Roth eu perdi espaço no time e não fui aproveitado por ele. No início de 2011, por ter jogado muito pouco rescindi meu contrato com o Inter.

Fui para o Vitória, por indicação do técnico Geninho. Atuei em alguns jogos da Série B, mas devido algumas derrotas do Vitória, o Geninho foi demitido. Junto com ele, foi demitido o diretor de futebol Oscar Yamato. Não achei legal aquilo e pedi para sair.

13) Depois de Inter e Vitória, você atuou nos EUA. Como apareceu esta oportunidade e ficou pouco tempo lá. Por quê?
Apareceu através de um dirigente americano que conhecia o Sylvinho (ex-jogador de futebol e que atuou com Edu no Celta-ESP) e fui para o Colorado Rapids. Fiz um contrato de sete meses. Aceitei pois queria voltar a jogar futebol. Fui sozinho e minhas filhas e esposa ficaram no Brasil. Pensei que se tudo desse certo por lá, elas viriam depois. Atuei em torno de 10 jogos ai fraturei o pé e não renovaram meu contrato.

14)O que achou de atuar nos EUA, um país onde o futebol não é o esporte principal?
Não é o esporte principal, mas está progredindo. Os americanos sabem organizar eventos.Me lembro que os estádios estavam sempre cheios. Iam famílias aos jogos. Nos intervalos das partida sempre tinham cantores. Alguma apresentação. Isso era bem legal.

Já tem muitos jogadores que estão indo atuar lá, como foi o caso do Beckham e Thierry Henry. Penso que eles ainda precisam de treinadores mais de renome e peso para evoluir o esporte por lá.

15)No momento você se recupera de uma lesão no quadril. Conte como ela ocorreu e ainda pretende atuar em 2014?
No início de 2013 senti uma lesão grave no quadril em um treinamento. Não conseguia nem dormir direito de tanta dor. Fiz exames no Corinthians e detectaram que o problema era muito mais grave que eu imaginava. O Joaquim Grava disse que era a segunda vez que analisava um caso desse. Já o fisioterapeuta, Bruno Mazziotti, disse que o meu problema era global. Isso signifca que eu tenho descompensações físicas que ocorreram durante a carreira, não foram corrigidas e resultou nessa dor. Pequenos problemas físicos que não foram corrigidos corretamente. Passei todo o ano passado me recuperando dessa lesão e já estou bem melhor. O Mazziotti ainda fará um exame comigo em março e se eu estiver bem, estarei apto a voltar a jogar bola.
Ainda não penso em parar. Mas caso me aposente, tentarei fazer algo ligado ao futebol. Ainda não sei o que exatamente. Já me disseram que eu poderia virar técnico. No momento, não penso nisso, quem sabe mais a frente.


16) Por fim, de todos os times que atuou, qual que mais gostou?
Difícil escolher um só. O XV de Jaú foi onde tudo começou. O São Paulo foi o sonho de poder atuar no time que torcia na infância e que me projetou para o futebol profissional. O Celta de Vigo foi quem me projetou para a Europa e o Bétis foi onde eu consegui ter uma identificação com um clube e uma torcida. É um objetivo que todo atleta mira e este eu alcancei. No Inter, Vitória e nos EUA infelizmente foram passagens curtas.

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