quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Exclusivo! Volante Roger Bernardo fala sobre Palmeiras, Bundesliga e muito mais!

Nesta quinta-feira, trago uma matéria falando sobre a carreira do volante Roger Bernardo que atuou profissionalmente pelo Palmeiras e desde 2009 está no futebol alemão. No momento defende o Ingolstadt.
Roger em seu atual clube. Crédito: FC Ingolstadt



O atleta de 31 anos iniciou sua carreira no União São João. Fez praticamente toda a sua categoria de base no clube de Araras, exceção a uma breve passagem pelo Santo André, por empréstimo. Em 2005, após disputar uma Taça São Paulo de Juniores pela Ararinha, chamou a atenção do Palmeiras e foi contratado. Naquela ocasião, o clube do interior eliminou o time da capital nas quartas de final vencendo por 3 a 2.

No momento, a equipe fundada em 1981 está licenciada desde 2015, por conta de dívidas. O volante lamenta atual situação do União São João, que já atuou na Série A do Brasileiro, e espera poder no futuro ajudar de alguma forma o clube.

"Para mim é muito triste você ver uma equipe onde cresceu como atleta, por onde passei minha base chegar a esse ponto. É muito triste, pois é uma equipe grandiosa que não merece passar por isso. Espero no futuro poder fazer alguma coisa para ajudar, pois lá para mim foi onde tudo começou", disse o futebolista natural de Rio Claro/SP em entrevista exclusiva ao Arquivos e Histórias F.C.

Sua primeira atuação como profissional no Palestra Itália foi em 2005 com o técnico Emerson Leão. Roger de Oliveira Bernardo se mostra muito grato ao ex-goleiro e relembra o quão difícil era atuar no Verdão pelo momento ruim que atravessava.

"Quando chegou o Professor Emerson Leão consegui mostrar meu futebol e ele graças a Deus fez com que o Palmeiras renovasse meu contrato por  mais três anos.Trabalhar com ele pra mim foi um privilégio. Agradeço a Deus e ao Professor Emerson Leão por terem me proporcionado essa oportunidade de defender as cores do Palmeiras", afirmou o meio-campista, que entrou em campo em 25 jogos pela agremiação paulistana.
Uma recordação de seu período no Palmeiras. Crédito: divulgação


" Minha recordação é sempre lembrar pelo clube grande que pude fazer parte, pelos amigos que fiz e pelos profissionais que conheci. Não foi o melhor tempo porque em 2002 tinha caído para série B, mas mesmo assim não deixou de ser um time grande. Lembro que os torcedores sempre cobravam muito, às vezes em excesso,mas situação normal do futebol (risos)", emendou.

Após atuar emprestado por Ponte Preta, Juventude, Guarani e Figueirense, apareceu uma proposta do Ennergie Cottbus da Alemanha em 2009 e o brasileiro se foi. No país europeu, o paulista conseguiu regularidade e nas temporadas 2009/10 e 2010/11 atuou em 32 e 27 partidas respectivamente da 2.Bundesliga. 

" Acho que foi aqui que consegui ter uma boa sequência, me adaptei bem a cultura e ao estilo de jogo. Consegui me firmar e ter uma carreira abençoada aqui na Alemanha. Não só no Cottbus, mas também aqui no Ingolstadt (seu atual time)", afirmou para depois dizer as diferenças dentro e fora de campo de Brasil e Alemanha.

"A diferença é que aqui na Alemanha é muita disciplina tática. Os treinos também são mais intensos e jogos de muita força, muita tática e muito frio no inverno também (risos).Viver aqui apesar de ser muito longe do Brasil é muito bom pela segurança. É outro nível. Povo muito rico culturalmente. Aqui nós vivemos muito bem", contou, para depois dizer da torcida do Cottbus e viver nesta cidade de 103 mil habitantes.

"Apoiam sim. Foi muito bom como experiência viver em Cottbus. É uma cidade pequena e antiga mas que fica a uma hora da capital Berlim, então tinha muitas coisas para fazer", continuou.

Em 2013, o sul-americano se transferiu para o Ingolstadt, que também estava na segunda divisão alemã e na temporada 2014/15 se sagrou campeão. O meio-campista diz que foi o melhor momento de sua carreira.

"Foi o melhor momento na minha carreira. Ser campeão em um campeonato muito difícil e disputado como a 2.Bundesliga é muito gratificante. Me lembro bem do jogo do título e do acesso a 1.Bundesliga", afirmou.

Em sua primeira participação na elite da Alemanha, a equipe da Baviera ficou na 10ª colocação com 40 pontos e nesta temporada a situação é ruim, pois divide a lanterna com o Hamburgo, ambos com apenas 1 ponto em seis rodadas ocorridas.

" Sem dúvidas precisamos ter os pés no chão. Na temporada passada por 5 pontos não conseguimos nos classificar para a Liga Europa, mas agora nessa temporada começamos mal e precisamos de uma reação o mais rápido possível. Temos que pensar em nós manter primeiramente na Bundesliga. Mas o que importa agora é reagir no torneio", afirmou Roger.

Por fim, Roger ainda falou sobre a derrota do Brasil para a Alemanha por 7 a 1 na Copa do Mundo de 2014 e afirmou que apesar do resultado histórico, os alemães ainda respeitam muito o futebol tupiniquim.

"Não foi fácil ver o time do país que você nasceu perder para o país em que você vive e trabalha (risos). Mas tirando isso foi tranquilo. Apesar deles terem ganhado por 7 a 1, há ainda um respeito muito grande pelo futebol brasileiro", finalizou.

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