Roger em seu atual clube. Crédito: FC Ingolstadt |
O atleta de 31 anos iniciou sua carreira no União São João. Fez
praticamente toda a sua categoria de base no clube de Araras, exceção a uma breve
passagem pelo Santo André, por empréstimo. Em 2005, após disputar uma Taça São
Paulo de Juniores pela Ararinha, chamou a atenção do Palmeiras e foi
contratado. Naquela ocasião, o clube do interior eliminou o time da capital nas quartas de final vencendo por 3 a 2.
No momento, a equipe fundada em 1981 está licenciada desde 2015,
por conta de dívidas. O volante lamenta atual situação do União São João, que
já atuou na Série A do Brasileiro, e espera poder no futuro ajudar de alguma
forma o clube.
"Para mim é muito triste você ver uma equipe onde cresceu
como atleta, por onde passei minha base chegar a esse ponto. É muito triste,
pois é uma equipe grandiosa que não merece passar por isso. Espero no futuro
poder fazer alguma coisa para ajudar, pois lá para mim foi onde tudo
começou", disse o futebolista natural de Rio Claro/SP em entrevista exclusiva ao Arquivos e
Histórias F.C.
Sua primeira atuação como profissional no Palestra Itália foi em
2005 com o técnico Emerson Leão. Roger de Oliveira Bernardo se mostra muito
grato ao ex-goleiro e relembra o quão difícil era atuar no Verdão pelo momento
ruim que atravessava.
"Quando chegou o Professor Emerson Leão
consegui mostrar meu futebol e ele graças a Deus fez com que o Palmeiras
renovasse meu contrato por mais três anos.Trabalhar com ele pra mim foi
um privilégio. Agradeço a Deus e ao Professor Emerson Leão por terem me
proporcionado essa oportunidade de defender as cores do Palmeiras",
afirmou o meio-campista, que entrou em campo em 25 jogos pela agremiação paulistana.
" Minha recordação é sempre lembrar
pelo clube grande que pude fazer parte, pelos amigos que fiz e pelos
profissionais que conheci. Não foi o melhor tempo porque em 2002 tinha caído
para série B, mas mesmo assim não deixou de ser um time grande. Lembro que os
torcedores sempre cobravam muito, às vezes em excesso,mas situação normal do
futebol (risos)", emendou.
Após atuar emprestado por Ponte Preta, Juventude,
Guarani e Figueirense, apareceu uma proposta do Ennergie Cottbus da Alemanha em
2009 e o brasileiro se foi. No país europeu, o paulista conseguiu regularidade
e nas temporadas 2009/10 e 2010/11 atuou em 32 e 27 partidas respectivamente da
2.Bundesliga.
" Acho que foi aqui que consegui ter
uma boa sequência, me adaptei bem a cultura e ao estilo de jogo. Consegui me
firmar e ter uma carreira abençoada aqui na Alemanha. Não só no Cottbus, mas
também aqui no Ingolstadt (seu atual time)", afirmou para depois dizer as
diferenças dentro e fora de campo de Brasil e Alemanha.
"A diferença é que aqui na Alemanha é muita disciplina
tática. Os treinos também são mais intensos e jogos de muita força, muita
tática e muito frio no inverno também (risos).Viver aqui apesar de ser muito
longe do Brasil é muito bom pela segurança. É outro nível. Povo muito rico culturalmente. Aqui nós vivemos muito bem", contou, para depois dizer da
torcida do Cottbus e viver nesta cidade de 103 mil habitantes.
"Apoiam sim. Foi muito bom como experiência viver
em Cottbus. É uma cidade pequena e antiga mas que fica a uma hora da capital
Berlim, então tinha muitas coisas para fazer", continuou.
Em 2013, o sul-americano se transferiu para o Ingolstadt, que também estava na segunda divisão alemã e na temporada 2014/15 se sagrou campeão. O meio-campista diz que foi o melhor momento de sua carreira.
"Foi
o melhor momento na minha carreira. Ser campeão em um campeonato muito difícil
e disputado como a 2.Bundesliga é muito gratificante. Me lembro bem do jogo do título e do acesso a 1.Bundesliga", afirmou.
Em sua primeira participação na elite da Alemanha, a equipe da Baviera ficou na 10ª colocação com 40 pontos e nesta temporada a situação é ruim, pois divide a lanterna com o Hamburgo, ambos com apenas 1 ponto em seis rodadas ocorridas.
" Sem dúvidas precisamos ter os pés no chão. Na temporada
passada por 5 pontos não conseguimos nos classificar para a Liga Europa, mas
agora nessa temporada começamos mal e precisamos de uma reação o mais rápido
possível. Temos que pensar em nós manter primeiramente na Bundesliga. Mas o
que importa agora é reagir no torneio", afirmou Roger.
Por fim, Roger ainda falou sobre a derrota do
Brasil para a Alemanha por 7 a 1 na Copa do Mundo de 2014 e afirmou que apesar
do resultado histórico, os alemães ainda respeitam muito o futebol tupiniquim.
"Não foi fácil ver o time do país que
você nasceu perder para o país em que você vive e trabalha (risos). Mas tirando isso foi
tranquilo. Apesar deles terem ganhado por 7 a 1, há ainda um respeito muito grande pelo
futebol brasileiro", finalizou.
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