segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Arquivo! Volante Pecka fala sobre carreira no Flamengo e nos EUA!

Bastidores: Essa foi mais uma entrevista marcante que fiz para o FutNet em 2013. O volante Wellington Pecka já havia dado entrevistas esporádicas quando estava nas categorias de base do Flamengo. Mas abordar detalhadamente sua carreira incluindo sua estadia nos Estados Unidos eu fui o primeiro.

Pecka no Strikers. Credito: divulgação

O atleta, atualmente com 27 anos, foi revelado no Flamengo, onde não teve chances como profissional e em 2011 para o Fort Lauderdale Strikers dos Estados Unidos. A equipe da Flórida disputava a North American Soccer League (NASL). Uma espécia de Série B dos EUA.

Nesta temporada, o meio-campista está defendendo o Rayo Oklahoma City, também da NASL.

Confira:
Nesta reportagem, o FutNet traz uma matéria com o volante Pecka revelado no Flamengo e que atualmente está no Fort Lauderdale Strikers dos Estados Unidos.

O jogador de 24 anos é natural de Nova Friburgo/RJ e seu primeiro time foi o Friburgo Futebol Clube aos 9 anos e na sequência se transferiu para o Flamengo.

"O Flamengo fez um amistoso contra o Friburgo F.C. e após o jogo fui contratado. Não fiz teste no Rubro-Negro. Já me federaram. No início segui morando em Nova Friburgo/RJ e ia às terças e quintas-feiras para a capital fluminense.Fazia a baldeação Friburgo-Cachoeira-Itaboraí-Rio de Janeiro. Aos 12 anos passei a morar na concentração do Flamengo", afirmou Wellington de Jorge Estanislau Paeckart.

Inicialmente, o friburguense atuava como atacante. Depois passou a atuar como meia, até chegar a ser segundo volante, posição em que se fixou.

Quando atuava pelos juniores do C.R.F foi campeão carioca invicto e em 2007 foi convocado (única vez na carreira) para a Seleção Brasileira onde disputou a Copa Sendai no Japão, sendo vice-campeão.

Dois anos depois foi integrado ao elenco principal do Flamengo que foi campeão brasileiro. Mesmo sem entrar em campo, Pecka enaltece a importância de treinar com os profissionais e fala da mudança que há entre atuar nas categorias de base e no profissional.

" Em 2009 fui promovido ao profissional e treinava com o elenco que depois seria campeão brasileiro. Foi muito bom trabalhar com jogadores como Leonardo Moura, Adriano, Vagner Love, Petkovic, Ronaldo Angelim, dentre outros. Uma experiência gratificante. Me ajudaram muito . A diferença que havia era a mídia. Era comum meus amigos e familiares comentarem comigo que apareci na TV em uma reportagem abordando algum treino do Flamengo. Falavam que eu aparecia batendo bola com Vagner Love, por exemplo", relembrou o futebolista.

Em 2010, o clube de maior torcida do Brasil fez uma parceria com o CFZ/RJ para a disputa da Série B do Carioca. Um dos atletas emprestados foi Wellington Pecka. Pelo time do Zico, o meio-campista atuou como titular. No entanto, a equipe não conseguiu o acesso à elite do carioca e Pecka retornou ao Flamengo. Sem chances no elenco principal, seu vínculo com o time fundado em 1895 não foi renovado, o que o deixou muito chateado.

"Após voltar do CFZ/RJ onde não conseguimos o acesso, o Flamengo não quis renovar meu contrato. Havia muitos atletas na minha posição (Airton, Kleberson, Willians, Maldonado) e a concorrência era muito grande. Fiquei treinando separado do elenco por volta de 4 meses até que o contrato vencesse. Me senti triste por não ter tido a chance no time principal. Fiquei 11 anos no Flamengo. Passei mais tempo no Rubro-Negro do que com a minha família. Conhecia todo mundo que trabalhava na concentração.Não queria que a minha história no clube encerrasse dessa forma", lamentou o atleta que pelo time principal do Mengão não entrou em campo, ficando apenas um jogo no banco de reservas (contra o Vasco pelo Campeonato Carioca).

Durante o período que ficou afastado surgiu a oportunidade de atuar no Fort Lauderdale Strikers na NASL (North American Soccer League), uma espécie de Série B dos Estados Unidos.

No clube da Flórida Pecka se firmou entre os titulares e se diz adaptado a Fort Lauderdale (onde vive), pois tem um clima parecido com o Rio de Janeiro/RJ.

" Quando cheguei o Strikers estava mal na NASL e aos poucos fomos melhorando a campanha. Joguei todas as partidas como titular e chegamos até a final.Foi muito bom para ganhar experiência. A adaptação foi tranquila, pois Forth Lauderdale lembra um pouco o Rio de Janeiro. Muito calor. Aqui também foi importante, pois aprendi a falar inglês e espanhol. Curioso que aqui na cidade se pratica mais o espanhol do que o inglês (risos).", disse o brasileiro que nesses dois anos pelo Strikers  chegou a ser capitão do time.


O bom rendimento fez com que o DC United (equipe da MLS) chamasse o volante para participar de seus treinos e fazer um pré-contrato.No entanto, Pecka segue sendo atleta do Strikers.

Em tempo:  Pecka  não atuou pelo DC United. Entretanto foi contratado pelo Real Salt Lake, um dos principais times da MLS. Em 2015, passou um período no Madureira e retornou ao EUA, onde agora, como mencionado acima atua no Rayo Oklahoma City.



sexta-feira, 23 de setembro de 2016

História! Quando conheci o Estádio Luiz Franzini pertencente ao Defensor-URU

Bastidores: Uma das grandes histórias minhas pelo Uruguai. Assistir um jogo de Libertadores em um estádio com 'cara de interior'. Uma 'cancha bem simples, um time humilde de Montevidéu no torneio mais importante das Américas.

Vale ressaltar que foi a primeira vez que vi o Cruzeiro em campo. Nunca imaginei que a primeira vez que fosse ver o clube mineiro em um estádio fosse no Uruguai. Inesquecível.

O Defensor venceu o Cruzeiro por 2 a 0 e chegou até a semifinal da edição de 2014 da Libertadores.

A matéria abaixo foi escrita em 2015 para o portal São Carlos Agora. Na ocasião, o Danúbio (que não é o dono do Estádio Luiz Franzini) enfrentaria o Corinthians pela fase de grupo da Libertadores. Os paulistas venceram por 2 a 1.

Confira:
Na próxima terça-feira, o Corinthians enfrentará o Danúbio, no Estádio Luiz Franzini, em Montevidéu, Uruguai.

Em 2014 eu estive na capital uruguaia por um mês e visitei a cancha que abrigará o próximo compromisso do Timão.

O local pertence ao Defensor Sporting Club . No ano passado, no hostel em que fiquei hospedado o dono era torcedor fanático dos Violetas e me convidou para ir ver o confronto contra o Cruzeiro pela Taça Libertadores da América.

Para quem gosta de futebol e conhecer estádio é um hobby, vai se encantar com Montevidéu.

Há um grande estádio, que é o histórico Centenário e ao longo da cidade há outros mais simples, como a casa do D.S.C.

O Luiz Franzini fica próximo à Rambla, uma larga avenida de Montevidéu que dá com vista para o Rio de la Plata.

A cancha é bem simples e lembra muito os estádios do interior do Brasil. Sem luxo, mas bonito pelo tom roxo do local que combina com as cores do Defensor.

As arquibancadas ficam bem próximas do campo e dá para ter uma excelente visão de jogo e se a torcida fizer uma pressão forte os jogadores podem  ficar intimidados.

Na ocasião, o Cruzeiro era o grande favorito diante dos anfitriões. Mas os mandantes da peleja, tinham Felipe Gedoz, até então um brasileiro desconhecido (atualmente no Clube Brugge, da Bélgica) e que anotou os dois gols da vitória uruguaia e fez com que a pequena torcida fizesse uma grande festa. Naquele time ainda tinha o meia De Arrascaeta, que este ano se transferiu para o Cruzeiro.


Voltando para 2015, o Timão entra como grande favorito contra los Dilúvios, que é uma equipe bem fraca e sem grandes recursos técnicos. Mas em um estádio pequeno e jogando como mandante, quem sabe os uruguaios não conseguem um empate? Para estes, já terá sabor de vitória.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

História! Meus dois encontros com o San Lorenzo

Bastidores: Nesta publicação relato minha ida ao Nuevo Gasómetro em 2011, quando estive de férias em Buenos Aires. Este foi o meu primeiro encontro com o San Lorenzo. O C.A.S.L.A estava mal e lutava contra o rebaixamento. O clima era tenso.

Três anos depois, já conhecido com o time do Papa Francisco, vi os portenhos eliminando o Grêmio em Porto Alegre/RS, pelas oitavas de final da Libertadores. Nesta ocasião estava como jornalista trabalhando para o FutNet.

Confira os dois episódios:

Em outubro de 2011 tirei férias e passei uma semana na capital da Argentina. Como bom apreciador de futebol, tinha que assistir uma partida.

Há hotéis que possuem convênios com empresas que fazem excursões para as canchas dos cinco clubes grandes daquela nação (Boca Júniors, River Plate, Independiente , Racing e San Lorenzo).
Na época em que estava no país vizinho haveria no dia 14, uma sexta-feira, o duelo entre San Lorenzo e Banfield, válido pela 11ª jornada do Apertura.

Naquela ocasião, El Ciclón vivia uma situação terrível e estava ameaçado pelo rebaixamento. Já tinha algumas temporadas que os Corvos não faziam boas campanhas. Como o descenso era a média dos três últimos rendimentos de cada torneio, a situação do C.A.S.L.A era perigosa.
Caso o clube de Almagro perdesse para o Alviverde iria para o Z-3.

Me recordo que no dia da peleja os jornais esportivos falavam apenas deste compromisso. Dava a impressão que se o azuis-grenás não ganhassem o mundo ia acabar. Era muita tensão no pré-jogo.

Ingressos para o jogo entre San Lorenzo x Almagro

Eu estava hospedado no centro de Buenos Aires e me disseram que o Nuevo Gasómetro era longe. Realmente era. Mas não imaginava que fosse tanto!

Lembro da van andando por toda a cidade e não chegava nunca no local. E curioso que cada vez que fosse ficando próximo do destino os bairros ficavam mais humildes. Até que chegamos à cancha.
Eu olhei para um lado, estava o local da peleja e do outro uma favela! Isso mesmo o estádio ficava ao lado de uma favela! Ou Vila Miséria como eles chamam.

O guia que estava na excursão ainda nos avisou: ‘Estão vendo que há uma favela ali. Por favor, não atravessem a rua’. Ok!

O estádio é bem bonito e organizado. Era decorado com as cores do clube o que o deixava mais bonito e atraente. O curioso é que até o banheiro era limpo!

Já a estrutura me lembra um pouco a do Pacaembu. O estádio brasileiro que me vem a mente que mais se parece com o descrito neste blog.

Àquela altura, o San Lorenzo passava por uma crise de bastidores. Na entrada, recebi um jornalzinho que era da oposição fazendo críticas ferozes a administração atual e o momento do clube em campo.
Mais alguns metros, quase dentro do estádio, recebi um folhetim. Era da situação enaltecendo os feitos dos atuais mandatários.

O que me chamou a atenção naquele dia foi a festa e o apoio que os torcedores davam ao time, mesmo sabendo da tensão e o péssimo momento em campo. Os mandantes estavam sendo dominados pelo Banfield.

Em geral, como percebi naquela viagem (indo a outro estádio também, mas ai já é uma outra história), os argentinos apoiam mais o time e vaiam menos os seus jogadores. Vi poucas ofensas aos árbitros também.

Enfim, o Banfield pressionou muito, mas como em muitos roteiros de filmes dramáticos, o San Lorenzo em um único contra-ataque acabou fazendo o gol e se segurou como pode até o fim do jogo.

Sentimento de alívio para quem fez uma partida ruim, mas venceu e não foi para a zona de rebaixamento!

Ao término daquela temporada, o San Lorenzo ainda jogou a repescagem (não me recordo contra quem) para evitar o rebaixamento. E conseguiu escapar! Depois, o clube deu a reviravolta e todos sabem o que houve!

Meu reencontro com o San Lorenzo:
A segunda vez que eu vi o agora time do Papa Francisco em campo foi no dia 30 de abril de 2014. Estava trabalhando na cobertura de Grêmio x San Lorenzo, na Arena, em Porto Alegre/RS, pelo jogo de volta das oitavas de final da Taça Libertadores.

Na ida, os portenhos venceram por 1 a 0. No retorno, duelo onde estive presente, os gaúchos venceram por 1 a 0, em um confronto muito complicado.

Nos pênaltis, os visitantes levaram a melhor e venceram por 4 a 2. Depois da Copa do Mundo, no Nuevo Gasómetro, o C.A.S.L.A. faturou sua inédita Libertadores e tirou a sina de ser o único argentino sem ter conquistado o torneio mais importante das Américas.

O que me recordo deste jogo também é que da cabine ao lado onde trabalhei ficou a rádio do San Lorenzo, onde os jornalistas narravam as partidas para os seus adeptos.
Era curioso ver o quanto eles torciam e berravam no jogo! Pareciam que iam morrer de tanto esgoelar, principalmente na hora dos pênaltis.

Eles chegaram a ir aonde estava eu e outros jornalistas. Pediram a escalação do Grêmio e também conversaram com a gente. Bem simpáticos, diziam o quanto queriam a vitória para o San Lorenzo. Ficaram alguns minutos ali, torcendo, cornetando.

Por fim, um fato cômico ocorrido foi quando saiu o gol do Imortal no segundo tempo. Dudu (hoje no Palmeiras) balançou as redes aos 38 minutos e após a validação do tento parte da torcida gremista se voltou para a cabine onde estava eu e mais um jornalista e começou a nos provocar. Ficamos sem reação. Poucos minutos depois, os adeptos perceberam que estavam provocando as pessoas erradas e acharam o local onde estavam os jornalistas argentinos da rádio San Lorenzo e foram lá corrigir a "injustiça cometida".


sexta-feira, 9 de setembro de 2016

História! Rebaixamento do G-12! Relembre todos!

Bastidores:  Fiz essa matéria no final de 2013 por dois motivos: o primeiro foi o descenso de Fluminense e Vasco. Dois grandes cariocas. Na ocasião, quando publicado, o caso Héverton ainda não tinha vindo à tona.O segundo foi pelo fato de não ter praticamente matérias sobre o descenso dos 12 principais clubes brasileiros.

A reportagem rendeu bastante retorno ao FutNet com muitas curtidas e compartilhadas nas redes sociais, outros portais republicando-a e até leitor me adicionando no Facebook. Foi bem interessante.

Em 2014, publiquei novamente e com atualizações sobre o rebaixamento do Botafogo e falando do caso Héverton.

Agora em 2016, trago novamente esta reportagem atualizada e editada, também pensando que poderemos ter mais um grande entre os quatro últimos do Brasileirão. Curiosamente os candidatos são três que nunca caíram: Internacional, São Paulo e Cruzeiro.

Os mineiros estão em ascensão e não creio que sentirão esse gosto amargo. Os paulistas estão em decadência, jogando mal e tem tudo para irem à Série B. Por fim, os gaúchos que já lideraram esta edição, só não estão no Z-4 por causa de saldo de gols, são os mais ameaçados neste momento, dentre os grandes, a não frequentar a elite em 2017.

Vale mencionar que o Botafogo ficou várias rodadas no 'inferno', mas, assim como a equipe celeste, vem crescendo de produção e já está na 10ª colocação.

Agora é esperar o dia 4 de dezembro e descobrir  se teremos ou não outro clube do G-12 na Série B de 2017.

Confira:
O Campeonato Brasileiro foi disputado pela primeira vez em 1971. Mas apenas em 1986 tentaram por em prática o acesso e descenso (o critério anterior para ver quem iria jogar as Séries A e B era a campanha em seus respectivos estaduais). Naquela edição, de acordo com o regulamento, os times desclassificados na primeira e segunda fase disputariam a Série B em 1987. Dois desses eliminados foram Botafogo e Vasco. Mas o Gigante da Colina fez manobras fora de campo para seguir na competição, inclusive apelando à Justiça Comum.
Eurico Miranda e sua promessa de ir à Sibéria caso o Vasco fosse rebaixado. Não cumpriu.
crédito: reprodução

Devido aos problemas nos tribunais ,o Brasileirão de 1987 foi suspenso e houve a Copa União. Com isso, o regulamento anterior foi desconsiderado e todos os grandes participaram da elite. Em 1988, de fato começou o ‘sobre e desce’ no Brasil e o drama das principais agremiações desta nação.
Fluminense sofrendo na Série C!

Em 1991, com 20 times, o Grêmio ficou em penúltimo lugar e acabou rebaixado à Série B. Foi, de fato, o primeiro clube grande a jogar a Série B. Mas para beneficiar os gaúchos, a CBF alterou o regulamento e das 32 equipes, as 12 primeiras subiriam à A. O Tricolor ficou em nono lugar.

Já em 1996, com 24 clubes, os dois últimos cairiam para a segunda divisão. Um deles foi o Fluminense. Mas devido a uma denúncia (nunca provada) sobre um esquema de favorecimento a Corinthians e Atlético/PR naquele ano, a CBF resolveu beneficiar o clube carioca o colocando na A em 1997. O Bragantino foi outro beneficiado com essa 'virada de mesa'. Fazendo uma campanha pior que em 1996, o Fluminense foi rebaixado de novo (desta vez caíam 4).

Com o intuito de beneficiar os principais clubes do Brasil, foi instalado na Série A o mesmo sistema que existe na Argentina. A média de rebaixamento. Uma equipe só seria rebaixada, através de uma média de pontos dos dois últimos campeonatos. O atual e o antecessor.

Em 1999, o atacante Sandro Hiroshi estava com sua inscrição irregular no São Paulo. O Botafogo foi beneficiado com os pontos perdidos na derrota para os paulistas por 6 a 1. O Gama, rebaixado, viu que se o Alvinegro não tivesse levado aqueles pontos, se livraria do descenso. A equipe do Distrito Federal entrou na Justiça Comum e o Brasileirão foi paralisado novamente.

Com isso em 2000 houve a Copa João Havelange. No Módulo Azul, participaram 25 equipes. Gama e Botafogo estavam lá. Fluminense que estava na Série C em 1999, foi disputar a elite do torneio. Outros beneficiados com a ‘virada’ foram Bahia, América/MG e Juventude. Naquela edição, o Corinthians ficou em penúltimo lugar. Mas como não havia descenso disputou a A em 2001.

Em 2002, último torneio antes da era dos pontos corridos, Palmeiras e Botafogo foram rebaixados à Série B. Sem ‘virada de mesa’ e favorecimentos, ambos atuaram na B. A partir de então, as grandes equipes passaram a respeitar o regulamento e a competição (exceção ao ano de 2013).

Dois anos depois, foi a vez do Grêmio ser rebaixado, terminando na última colocação. Diferente de 1991, o Imortal não teve privilégios e foi campeão da B em 2005. Temporada esta, que viu o Atlético/MG cair pela primeira vez em sua história. Dois anos depois, foi a vez do Corinthians ser rebaixado. Na edição seguinte, o Vasco esteve entre os quatro últimos.

Em 2012, o Palmeiras caiu pela segunda vez em sua história. Dez anos após a sua primeira queda.

Em 2013, foi a vez de Vasco e Fluminense retornarem à Série B. No entanto, com o atacante Héverton escalado na última rodada de forma irregular pela Portuguesa no empate com o Grêmio, a Lusa perdeu 4 pontos e o Tricolor das Laranjeiras foi o beneficiado, permanecendo na primeira divisão. Até hoje ninguém sabe ao certo o que houve nos bastidores rubro-verde para colocarem um atleta suspenso em campo.Vale ressaltar que o Flamengo também escalou o lateral-esquerdo André Santos de forma irregular e perdeu 4 pontos. Mas como tinha uma melhor colocação que a equipe paulista, o time da Gávea se safou do descenso.

Em 2014, foi a vez do Botafogo, com dívidas acumuladas e receitas bloqueadas pelo Governo Federal, ficar na penúltima colocação e ir à Série B pela segunda vez em sua história.

O Vasco que subiu em terceiro lugar para a Série A (2014), fez uma campanha péssima no seu retorno (2015), principalmente no primeiro turno e acumulou seu terceiro rebaixamento em sete anos.

Em 2016, foi a vez do Internacional ser rebaixado pela primeira vez em sua história. Em um campeonato que deu tudo errado para o clube gaúcho. No ano seguinte, disputou à Série B e retornou à elite. Situação parecia aconteceu com o Cruzeiro em 2019.

Flamengo, São Paulo e Santos são as equipes que nunca foram rebaixadas no Brasileirão.

Confira o rebaixamento dos grandes
1-Fluminense-(1996,97 e 2013. Em 1998 foi rebaixado à Série C)
2-Vasco-(2008,2013 e 15)
3-Grêmio -(1991 e 2004)
4-Palmeiras -(2002 e 2012)
5-Botafogo- (2002 e 14)
6-Atlético/MG -(2005)
7-Corinthians- (2007)
8-Internacional-(2016)
9- Cruzeiro-(2019)

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Exclusivo! Goleiro Sidão fala sobre carreira, Botafogo e projeta clássico contra o Flu


A primeira vez a gente não esquece. Mesmo com pouco tempo de blog já consegui a minha primeira matéria 100% exclusiva e é com um atleta de um time grande! Trata-se do goleiro Sidão, vice-campeão paulista pelo Audax e que defende o Botafogo.

O futebolista  de 33 anos chegou ao clube carioca após a contusão de Jéfferson e as seguidas falhas de Hélton Leite.

Crédito da foto:Vitor Silva/ss press/Botafogo FR

O paulistano já fez 19 jogos pelo Alvinegro (Brasileirão e Copa do Brasil) e se diz tranquilo caso volte para a reserva quando Jéfferson se recuperar da lesão no braço esquerdo.

"Fico feliz em ver um companheiro de profissão voltar a fazer o que mais gosta.Sei que com o seu retorno é possível que eu saia do time. Mas deixo nas mãos de Deus. Não quero que isso atrapalhe o meu rendimento em campo.Quando o Jéfferson voltar, vou estar em paz sabendo que dei o meu melhor no Botafogo", afirmou Sidney Aparecido Ramos da Silva.

No momento, o clube de General Severiano é o 11º colocado com 29 pontos e volta a campo nesta quarta-feira diante do Fluminense, na Ilha do Governador, às 16h (de Brasília).

Com todo respeito que o clássico merece, precisamos pontuar em casa para subirmos na tabela e poder pensar em outras metas na competição", disse o arqueiro em entrevista exclusiva ao Arquivos e histórias F.C.

Por fim, Sidão atuou nas categorias de base do São Paulo e do Corinthians, mas não teve chance como profissional. Em seu currículo contam também passagens por Taboão da Serra/SP, Juventus/SP, Sampaio Corrêa/MA, União Mogi/SP, Rio Claro/SP, Luverdense/MT, Grêmio Barueri/SP, Guaratinguetá/SP, Icasa/CE e os já citados Audax/SP e Botafogo/RJ.

Crédito da foto:Vitor Silva/ss press/Botafogo FR
Confira:

1)Após passagens por vários clubes pequenos do Brasil, está tendo a chance de atuar em uma equipe grande. Acredita que vive o melhor momento de sua carreira ?
Com toda certeza é o meu melhor momento.Já disputei esse campeonato antes (Grêmio Barueri em 2010), mas vestindo uma camisa de tamanha importância como a do Botafogo é muito diferente, sem dúvida é o melhor momento da carreira até aqui.

2)Qual foi a importância da campanha do vice-campeonato do Audax para a sua carreira?
O Campeonato Paulista é considerado o estadual mais difícil do país. Ser vice-campeão abriu as portas pra mim e para todos que participaram dessa campanha. O Audax entrou pra história do futebol paulista e foi uma honra fazer parte dessa campanha.  

3)Como foi trabalhar com Ricardo Gomes e como é  com Jair Ventura (filho de Jairzinho, campeão com a Seleção Brasileira em 1970)?
Foi um prazer e uma honra trabalhar com Ricardo Gomes, pois foi ele quem me deu a oportunidade de jogar pelo Botafogo, pois poderia ter seguido na reserva.Sou grato a ele por isso. O Jair vai ser um grande nome no futebol, tenho certeza disso. Ele é extremamente profissional e tem gana por vitória e evolução. Deu a cara dele pro time.

4)Acredita que o Botafogo pode ambicionar algo maior no Brasileirão, além da luta contra o rebaixamento?
Estamos tentando algo maior já faz um tempo.Sabemos que perdemos pontos que não deveríamos, mas nossa luta é para estar na parte de cima da tabela.

5)Como vê a possível volta de Jéfferson ao gol do Botafogo?
Fico feliz em ver um companheiro de profissão voltar a fazer o que mais gosta.Sei que com o seu retorno é possível que eu saia do time. Mas deixo nas mãos de Deus. Não quero que isso atrapalhe o meu rendimento em campo.Quando o Jéfferson voltar, vou estar em paz sabendo que dei o meu melhor no Botafogo.

6) Tem alguma situação curiosa da sua carreira que queria contar e pouca gente sabe?
Quando joguei no sub-12 e 13 do São Paulo não tinha espaço para atuar no gol.O técnico Paulo Nani pediu para eu jogar na linha. Atuei por uma semana e depois pedi para voltar ao gol. Logo depois fui dispensado do clube.

7)O próximo compromisso do Glorioso é nesta quarta-feira, no Luso-Brasileiro diante do Fluminense, pela 23ª rodada do Brasileirão. Qual a expectativa e o objetivo para este clássico?
Com todo respeito que o clássico merece, precisamos pontuar em casa para subirmos na tabela e poder pensar em outras metas na competição.



sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Exclusivo! Goleiro Lee fala sobre sua adaptação no Irã

Bastidores: Nesta postagem trago duas matérias. Uma de 2015 e uma inédita e publicada somente neste blog.
Na entrevista feita em 2015 para o FutNet, o goleiro Lee falava sobre sua vida em Portugal e no Académica de Coimbra.Após duas temporadas em terras lusitanas e 16 jogos pelos Estudantes, o arqueiro revelado pelo Vitória/BA se transferiu para o Sepahan do Irã. É sobre sua nova vida em terras asiáticas que o jogador de 28 anos fala na segunda entrevista e exclusiva ao Arquivos e Histórias F.C.

O futebolista, que integrou o elenco do Atlético/MG campeão da Libertadores de 2013, se diz adaptado ao Irã e que o campeonato local tem um bom nível, não só pelos nativos como a presença de vários estrangeiros.

O Sepahan é um clube da cidade de Isfahan e está a 340 Km ao sul da capital Terrã.

Até o momento, o Campeonato Iraniano 2016/17 teve quatro rodadas e o Sepahan soma duas vitórias e duas derrotas.É o quarto colocado. O líder é o Perspolis com 10 pontos.



Lee em sua nova equipe
Confira a primeira entrevista:
1) Esta é a sua segunda temporada no Académica-POR. O que achou do clube, em termos de estrutura de trabalho, questão de salário e diretoria? Como foi a adaptação em Coimbra? O que acha da cidade?

O Académica é um clube tradicional do futebol português, com uma história muito rica. É uma pressão defender um clube tão importante. Nós contamos aqui com uma excelente estrutura de trabalho, não só profissional, mas física também. Temos tudo para desempenhar nosso papel com tranquilidade.

Minha adaptação à cidade foi rápida. É um lugar tranquilo, que oferece muita coisa às pessoas que vêm de fora. Temos tudo. Minha família está gostando bastante e totalmente adaptada ao estilo de vida local.

2) No momento, o Académica é o 14º colocado com 27 pontos ganhos e corre um pequeno risco de rebaixamento. Quais eram as metas do clube no início da temporada e quais os objetivos agora?

Nós tínhamos em mente fazer uma grande temporada, buscando até mesmo uma vaga na Liga Europa, mas ficou complicado. Algumas coisas não encaixaram e isso faz parte do futebol. É normal, mas contamos com um elenco forte. Queremos agora encerrar essa temporada com vitórias para tentar ficar entre os dez primeiros colocados.

3) Como é a torcida do Académica? São fanáticos, vão aos jogos?

Fantástica. Torcida muito apaixonada pelo clube e comparece em todos os jogos da gente, seja dentro ou fora de casa. O português ama futebol. Eles participam ativamente da vida do clube e isso é importante, pois ajuda na evolução.

4) Já tem 11 jogos pelo Académica, sendo um deles eleito pela torcida como melhor em campo, no empate com o Belenenses em 0 a 0 pela 15ª rodada. O que recorda daquele jogo e como vê a briga por uma vaga entre os titulares?

Na verdade, precisei de um pouco de tempo para me adaptar ao futebol local e treinos. É sempre complicada essa mudança, ainda mais para um goleiro. Até você pegar o ritmo demora um pouco, mas quando me adaptei as coisas começaram a acontecer de uma forma mais natural. Neste jogo contra o Belenenses pude mostrar um pouco disso. Naquele momento já estava vivendo um bom momento.

Aqui temos grandes goleiros e todos podem ser titulares. Estou trabalhando muito para recuperar a titularidade. A qualidade dos jogadores na posição é grande.  
  
5) Como é trabalhar com o técnico José Viterbo? O que ele tem de diferente comparado aos treinadores que você teve no Brasil?

O treinador José Viterbo tem muita experiência e tem tentando passar confiança ao grupo desde que assumiu o comando. É importante isso, até porque nosso início de campeonato não foi bom. Estamos em uma sequência positiva agora e queremos encerrar a competição desta forma, vencendo.

6) O próximo compromisso é contra o Porto, fora de casa. No último final de semana foram derrotados por 5 a 1 pelo Benfica? Como está o trabalho para se recuperar desta derrota e enfrentar o outro grande de Portugal?

É uma sequência de jogos contra grandes adversários. Não fizemos uma boa apresentação contra o Benfica e sofremos por isso, mas temos que mudar o quadro agora contra o Porto para buscarmos uma vitória, que seria muito importante para nosso grupo. Estamos trabalhando bastante para tentar buscar os três pontos neste jogo de sábado.

7) Por fim, quais planos ainda almeja para a sua carreira?

Quero fazer história no futebol português. O Académica me abriu as portas aqui e quero retribuir. Tenho muita vontade de deixar meu nome marcado no país.

Lee (camisa branca) em sua apresentação no Sepahan 


Entrevista sobre a ida ao Irã:

1)Por qual motivo deixou Portugal e foi se aventurar no Irã? O que tem achado de viver no país asiático?
Tinha mais um ano de contrato em Portugal, mas, infelizmente, a equipe havia sido rebaixada para a segunda liga no país. Conversamos e decidimos pela rescisão. Foi quando apareceu a oportunidade de atuar no Sepahan, um dos maiores clubes do Irã. Estou muito feliz aqui e bem adaptado já. É um país fantástico.

2)O que tem achado do futebol do Irã e das primeiras partidas do campeonato local?
O nível do futebol é muito alto aqui. Os jogadores iranianos tem muita qualidade e tem muitos estrangeiros na liga. Cada país tem sua caraterística. Estou gostando bastante do que tenho visto aqui nestas primeiras rodadas.


3) Dá para notar que o povo iraniano gosta de futebol?como é essa relação?
O iraniano é apaixonado pelo futebol e isso motiva muito. Eles comparecem bastante aos estádios e incentivam sempre. Há uma relação de muito respeito entre jogadores e torcida.

4)Como se comunica ai no Irã? Já fala algo em Persa?
A língua do futebol é universal. Nos entendemos bem, mesmo sem falar a língua local. Ainda não falo a língua deles, mas tenho procurado aprender o básico para facilitar dentro e fora de campo.

5) Por fim, qual a grandeza do Sepahan para o futebol local?e como são as estruturas de trabalho?
O Sepahan é um dos maiores clubes no Irã e oferece uma ótima estrutura de trabalho. Eles são muito organizados no esporte e isso é muito bom para todos.  


Crédito das fotos: Sepahan I.F.C

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Arquivo! Futebol é coisa de mulher também!

Bastidores: Este texto meu possivelmente foi o mais divulgado na Internet. Quando escrevo algo, seja opinativo ou entrevista, gosto de ler, reler, às vezes demoro dois ou três dias antes de publicar. Já este eu fiz em torno de 15, 20 minutos. Era 2012 e queria falar algo sobre futebol feminino no dia 8 de março para o meu blog Futebol-Arte no São Carlos Agora. No início não deu `Ibope`. Mas a médio e longo prazo, comecei a receber comentários.  Todos positivos e elogiando a minha postagem. Fui pesquisar o motivo e vi esse texto em alguns sites (pequenos, é verdade)  e em algumas páginas no Facebook, a maioria voltada para futebol feminino. Todas me dando crédito. Os comentários só pararam quando o meu espaço no SCA foi removido. A divulgação também extinguiu.

Fui resgatá-lo apenas em um notebook antigo, onde tinha salvo o texto. Agora republico aqui.

Por fim, também tenho um grande carinho por esse texto, pois até hoje foi o único que fiz e recebi apenas comentários de mulheres. No mínimo curioso.


Confira:
Neste dia 8 de março,resolvi fazer um post para tentar entender sobre o porquê que o futebol feminino é tão difícil de engrenar tanto no Brasil quanto no mundo. Por que relutamos em aceitar que uma mulher pratique futebol?
Antes de virem os clichês de que não tem patrocínio, apoio, incentivo e blá, blá, blá…é bom saber que isso tudo é um preconceito embutido na sociedade. Temos aquelas duas frases que crescemos ouvindo: Futebol é coisa de homem e mulher não joga futebol.
Quando criança, menino ganha uma bola de futebol, enquanto menina recebe uma boneca. Em aulas de Educação Física nas escolas, raramente as meninas praticam futebol. Quando praticam, muitos acham um absurdo por não ser esporte do sexo feminino.
Enfim, por esse grande preconceito é que o futebol feminino não deslancha no mundo . No entanto, como em muitas situações em que elas superaram e quebraram tabus ao longo da história da humanidade, no futebol já houve também muita evolução.Ainda falta o ‘entrar em campo’.

Antigamente, as mulheres não frequentavam estádios (em alguns lugares do mundo isso ainda é proibido), hoje elas não só frequentam como torcem fanaticamente para seus times e sabem a escalação. Tempos depois elas foram inseridas nas mídias esportivas. Seja como repórter em campo, seja como comentarista (não vi nenhuma narrando ainda!). Para deixarem elas mais próximas do campo e atrair mais espectadores aos estádios, nós brasileiros implantamos uma cultura dos EUA que ao meu ver não deu certo por aqui, as cheerleaders. Ok, na Terra do Tio Sam, as meninas com aqueles pom poms fazem sucesso. Aqui a ideia não colou. Ninguém repara nelas. Se tirarem elas de cena acredito que 90% das pessoas não sentirão falta e a mídia daria no máximo uma nota de rodapé falando sobre o assunto. Outra ideia implantada foi a Miss Equipe A, a Miss Equipe B. Cada time do Campeonato Brasileiro tem uma Miss que participa de um concurso em um programa de televisão para ver a campeã. Não pegou também. Eu não assisto, não dou a mínima e normalmente isso vira chacota dos torcedores adversários dizendo que isso é prêmio de consolação. No entanto, outra implantação desta vez muito boa, foram colocá-las para apitar e bandeirar os jogos. Muito legal isso. Mas o fator elas em campo com bola rolando ainda não pegou…
No Brasil, nação que se considera o país do futebol (não somos!) não há uma mínima estrutura para a prática deste esporte para as mulheres. Isso que estamos em 2012 (para muitos o último ano do planeta). Não há campeonatos chamativos. Não há times de expressão e nem incetivo para as pessoas irem aos estádios. Também não tem campeonatos de longa datas e que durem anos. Muitos começam e por falta de incentivo não tem continuidade. A mídia não divulga. Ninguém tem o mínimo interesse.
Voltando ao tópico  do começo do texto, crescemos em uma sociedade que quando se fala de mulher querendo jogador futebol, sempre pensamos em um monte de lésbica querendo pagar de machão (desculpem o preconceito da frase, mas é assim que pensamos mesmo). Ver futebol feminino? Para que? Só tem jogos ruins! É uma várzea!
Isso dito acima faz com que a ‘coisa não ande para frente’.
E olha que nós brasileiros já produzimos grandes jogadoras de futebol. Temos hoje a Marta, que já foi considerada a melhor do mundo e para muitos ainda é (se os homens não são os melhores, pelo menos as mulheres colocam o nosso País no topo), e já falaram até que é o ‘Messi de saia’. Pela diferença técnica perante as suas adversárias a comparação não é exagerada. Temos também a Cristiane, mais antigamente a Pretinha e por ai vai…
Infelizmente as brasileiras vão ao exterior (EUA, Europa e até Ásia) tentar a vida, porque por aqui não tem como. No entanto, descobrem que nesses lugares citados, há também os mesmo problemas enfrentado no Brasil, de uma maneira mais amenizada. Se vê por exemplo as europeias de vez em quando reclamando da falta de apoio, por exemplo. Em outros lugares, os campeonatos não tem muita duração. Apesar de eu focar no Brasil, o problema é mundial.
O que fazer para mudar essa situação? Bom, cada um pode tentar fazer a sua parte. Eu por exemplo sou uma pessoa que gosto de tudo que é futebol. Quem acompanha meu blog deve perceber isso. Falo aqui do nosso São Carlos, dos quatro grandes de São Paulo, dos outros clubes brasileiros, sul-americanos, europeus…por que eu não iria gostar de futebol feminino? Qual problema em ver a mulherada jogando bola?
Óbvio que não sou espectador assíduo de futebol feminino até porque não há tantas opções assim. Mas por exemplo, ano passado assisti alguns jogos da Copa do Mundo Feminina disputada na Alemanha. Não tem a mesma qualidade que a dos homens, mas se vê grandes jogadas, boas jogadoras, times bem montados. Vale a pena acompanhar.
Acho que se perdêssemos este preconceito de assistir, já ajudaria muito. É claro, preconceito não se perde da noite para o dia, é uma coisa enraizada em nossa mente. Crescemos com aquelas ideias. Não é fácil tirar da cabeça. Por exemplo: Ninguém acorda e pensa :hoje não sou mais homofóbico!
A pessoa tenta não ter preconceito com homossexuais, mas por exemplo, em uma briga de trânsito este mesmo cidadão vai proferir palavras de baixo calão ao outro motorista e uma delas de repente é: seu viado! (está é uma prova de que isto está enraizado na mente de qualquer pessoa).
É claro que com esforço e força de vontade tudo se supera. Hoje eu já aceito bem melhor a ideia de que futebol é para mulheres sim.


Meia Gaetane Thiney: bela e boleira

Finalizando este texto, queria dizer aos homens que é possível sim uma mulher ser bonita e boa futebolista. Quem viu o mundial de 2011, percebeu o time da França que além de ser muito bom tinha muitas gatas em campo. Então, aos homens, não tem coisa melhor que assistir uma partida do melhor esporte do mundo com um monte de gata em campo!

Crédito das fotos: divulgação