quinta-feira, 21 de maio de 2020

Ex-lateral Maurinho fala sobre títulos por Santos, Cruzeiro e muito mais!

No início do século XXI houve vários bons laterais-direito brasileiros. Naquele período, Cafu tomava conta da posição na Seleção Brasileira. Havia também Belletti e Cicinho, brigando pela reserva imediata. Depois surgiram Maicon e Daniel Alves. Outro que teve destaque, mas foi atrapalhado pelas várias lesões no joelho, foi Maurinho, campeão brasileiro com Santos e Cruzeiro.

Como muitos que dão os primeiros pontapés na bola, Mauro Sérgio Viriato Mendes, tentou atuar como meia ou atacante. No caso dele, um meia que atuava pelo lado direito. Foi assim no Fernandópolis/SP (time da sua cidade-natal) e Ituano/SP. No Rio Preto/SP, um treinador o colocou para atuar em algumas partidas como lateral. Assim variou entre as duas funções no campo.  Em 2001, ao ser contratado pelo Etti Jundiaí (atual Paulista), acabou se fixando na ala destra.

"Quando cheguei ao Etti, ainda era visto como um meio-campista. Um dia, o finado técnico Giba, me perguntou se eu fazia a função de lateral. Disse que já havia jogado, sim. Aí, ele me escalou e não saí mais do time", relembrou o ex-atleta em entrevista exclusiva à este blog.

Foi no clube jundiaiense que Maurinho iniciou a sua trajetória vitoriosa. Em 1998, a equipe tricolor havia sido comprada pela empresa italiana Parmalat e houve alto investimento financeiro.

Em 2001, o Etti se sagrou campeão paulista da Série A-2 e Brasileiro da Série C.

"Nosso time era muito acima da média em relação aos concorrentes. A estrutura que tínhamos era de um time grande do Brasil. Na Série C, os clubes sempre viajam de ônibus de um lado para o outro. Nós íamos de avião. Isso fazia diferença, pois, chegávamos bem mais descansados para atuar. Sabia de clubes da Bahia, por exemplo, que iam de ônibus até São Paulo. O jogador chegava muito cansado", contou Maurinho.

2002 foi um ano em que os clubes grandes não deram importância aos estaduais e realizaram torneios regionais, visando criar competições mais forte e atraentes. Um deles foi o Rio-SP, com 16 clubes, sendo 9 paulistas e 7 cariocas. Um desses participantes foi o Etti.

A agremiação do interior paulista ficou na oitava colocação da primeira fase, com 23 pontos em 15 jogos disputados e por pouco não foi à semifinal. Teve um ponto a menos que o São Caetano, quarto posicionado.

Entretanto, Maurinho foi um dos destaques, sendo eleito o melhor lateral-direito do torneio. O que rendeu-lhe em seguida uma transferência, por empréstimo, ao Santos.

"Pelo Rio-SP, enfrentamos o Santos na Vila Belmiro e vencemos por 2 a 1. Fui eleito o melhor jogador da partida. Ao terminar o torneio, o Giba me ligou e disse que o técnico Émerson Leão havia o contatado para saber da minha situação no Etti. Leão disse ao Giba que me queria no Santos. Em seguida, se concretizou a transferência por empréstimo", relembrou.

"Naquela época, o Santos tinha vários problemas com a lateral-direita. Quando cheguei, o Leão já me deu confiança e me colocou entre os titulares. Embora, o Santos fosse o meu primeiro clube grande, eu não estranhei tanto o ambiente, pois o Etti já proporcionava boas condições, havia grandes jogadores naquele elenco como o Márcio Santos (titular no tetra da Seleção em 1994), o ex-volante Jackson (ex-Palmeiras), o ex-meio-campista Vágner Mancini e o meia Nenê (com boas passagens pelo futebol brasileiro e europeu) , por exemplo. Além disso, o Rio-SP, fez com que pudesse enfrentar bons times do Brasil e ganhar mais rodagem", continuou.

O Alvinegro Praiano não vivia um bom momento e acumulava um jejum de títulos grandes desde 1984. Na década de 90, montou grandes elencos que acabaram não vingando.  Em 2002, a diretoria investiu em jogadores desconhecidos e jovem promessas. Os mais experientes eram o goleiro Fábio Costa (que não atuou na primeira fase por estar lesionado), o lateral-esquerdo Léo e o meia Robert (ídolo da torcida).
Maurinho em seu período pelo Santos. Imagem: Lance!


Aquele foi o último ano do Brasileirão antes da era dos pontos corridos. Logo, as 26 equipes jogaram entre si e os oito melhores avançaram às quartas de final. O Santos chegou na última jornada lutando para seguir vivo na competição. Era o sexto colocado com 39 pontos. Acabou perdendo para o São Caetano, no Anacleto Campanella, por 3 a 2.

Aliado ao revés santista, o Grêmio bateu o Atlético/MG por 1 a 0, passou o Alvinegro na tabela e terminou na quinta colocação com 41 pontos. O Galo ficou em sexto com 40. O Fluminense em sétimo com 40 também.

Na briga pela oitava posição, Santos e Cruzeiro ficaram com 39, entretanto os paulistas fizeram mais gols (46 a 40) e um saldo melhor (10 a 1).

Outro que lutava pela classificação era o Coritiba que foi ao Distrito Federal enfrentar o já rebaixado Gama e surpreendentemente foi goleado por 4 a 0, ficando na décima primeira posição com 36 pontos.

"Quando acabou o jogo, estavam todos cabisbaixos no vestiário. O Elano até chorou. Entretanto, começamos a saber dos resultados dos outros jogos e de repente descobrimos que estávamos classificados. O improvável aconteceu", recordou.

O adversário do mata-mata seria o São Paulo. O Tricolor Paulista havia terminado na liderança e contava com Ricardinho, Kaka, Reinaldo e Luis Fabiano em ótima fase. Eram favoritos ao título.

"O nosso time era muito forte na Vila Belmiro. Sabíamos que íamos sempre decidir em casa e vimos que precisávamos fazer um bom resultado em nossos domínios, para depois, administrar como visitante. O São Paulo tinha um bom time, mas no primeiro jogo, fizemos 1 a 0, tomamos o empate, depois fizemos dois gols e ganhamos por 3 a 1. Aí no Morumbi, fomos confiantes e mesmo querendo só administrar a vantagem vencemos por 2 a 1", relembrou.

Na semifinal, o destino reservava o Grêmio. No primeiro jogo, na Baixada, os anfitriões venceram por 3 a 0 e depois, em Porto Alegre/RS, o Imortal venceu apenas por a 1 a 0.

" Nesse jogo no Olímpico, eu acabei expulso e não pude jogar o primeiro jogo de ida da final. O Grêmio tinha um lado direito muito poderoso, com Gilberto, Rodrigo Mendes e Rodrigo Fabri. Tinha momento que parava só com falta e acabei levando o cartão vermelho, faz parte (risos)", disse o ex-atleta.

"É sempre muito tenso assistir uma final nas tribunas. Pois, em alguns momentos eu queria estar em campo para ajudar e não tinha como.  Felizmente, o Santos ganhou por 2 a 0", continuou.

A decisão final foi no Morumbi no dia 15 de dezembro e o Alvinegro Praiano sacramentou o título ao vencer os paulistanos por 3 a 2.

"O que recordo mais nesse jogo foi o meu passe para o Robinho, que pedalou na frente do Rogério várias vezes, indo até a área e acabou sofrendo pênalti. O Robinho não era o batedor oficial, mas ele estava tão confiante que pegou a bola, foi lá e anotou o gol", contou, para depois, falar sobre como viu o surgimento de um dos grandes astros daquele Santos.

" O Robinho inicialmente era reserva, mas teve um amistoso antes do Brasileirão, contra o Corinthians, que ganhamos, ele foi o destaque e não saiu mais do time. Era impressionante vê-lo nos treinos e jogos. Ele dava dribles imprevisíveis. Ninguém sabia que jogada ele ia fazer. Os adversários ficavam  louco atrás dele", emendou.

" Aquele título de 2002 foi muito importante, pois, fazia anos que o Santos não era campeão de um torneio tão importante. Até hoje muitos torcedores me cumprimentam pela conquista. Em 2002, os títulos brasileiros anteriores a 1971 não eram considerados brasileiros, logo, para muitos naquela época, este foi o primeiro título brasileiro do Santos. Foi assim que comemoraram", seguiu.

Após o término da temporada, o contrato do ala com o Santos se encerrou e apareceu uma proposta do Cruzeiro. A indicação veio de Vanderlei Luxemburgo e a equipe mineira comprou parte do passe do futebolista.

Maurinho faria parte de um dos maiores esquadrões da história da Raposa. Naquela temporada, a equipe celeste faturou a tríplice coroa (Mineiro, Copa do Brasil e Brasileirão).

O regulamento do estadual era bem simples. 13 times se enfrentando em turno único e quem somasse mais pontos era campeão. O Cruzeiro ficou em primeiro com 32 pontos, sendo 10 vitórias e 2 empates.

" Daquele estadual, ficou na minha memória o clássico contra o Atlético/MG. Pude sentir o quão intenso é essa rivalidade. Era o meu primeiro clássico e naquele tempo podia ter as duas torcidas no estádio, o que o deixava mais bonito. Colorido. Aquele jogo, estávamos praticamente disputando ponto a ponto a liderança e seria o único embate. Logo, quem vencesse praticamente se consagraria campeão. Aí, ganhamos por 4 a 2 e disparamos na liderança", contou.

Maurinho em visita ao Cruzeiro e vendo seu nome na história. Imagem:Alisson Guimarães/Cruzeiro


A base daquele time era Gomes; Maurinho, Cris, Edu Dracena e Leandro; Maldonado, Augusto Recife, Wendell, Alex, Aristizábal e Deivid (depois Mota). Menção honrosa ao zagueiro Luisão, o lateral-direito Maicon, os meio-campistas Felipe Mello, Zinho, Martinez e Márcio Nobre.

No Brasileirão, os belo-horizontinos somaram 100 pontos em 46 jogos disputados. Foram 31 vitórias, 7 empates e 8 derrotas. 102 gols a favor e apenas 47 sofridos.

"Foi o melhor time que atuei na carreira. Era um elenco em que os titulares e os reservas se equivaliam em qualidade. Os jogadores que estavam na reserva seriam titulares em qualquer time daquele Brasileirão. Não havia vaidades. O Alex era a estrela e não se comportava como tal. Na defesa não dávamos espaço e éramos muito fortes no contra-ataque. Muito do futebol jogado hoje, nós já fazíamos em 2003, mas sem a mesma intensidade. O Luxemburgo foi o melhor treinador que trabalhei. A parte tática dele era acima da média. A leitura de jogo também e ele não demorava para fazer alterações. Se tinha algum problema no time, ele não esperava o intervalo para mexer. Fazia na hora. Ele também sabe motivar o jogador. Sabe a hora de elogiar e a hora de dar bronca", explicou, para depois rememorar dois jogos importantes daquela campanha.

" O nosso concorrente pelo título era o Santos. Então, a gente sabia se vencêssemos eles (pela 31ª rodada), praticamente seríamos campeões. Ganhamos por 3 a 0 e aumentos a diferença para 9 pontos. Ou seja, teríamos uma reta final bem tranquila. Ali, simbolicamente, foi onde fomos campeões", emendou.

Como curiosidade, o Alvinegro Praiano foi vice-campeão com 87 pontos. 13 a menos que os mineiros.

A oficialização da conquista veio na antepenúltima rodada, em um triunfo, no Mineirão, sobre o Paysandu por 2 a 1.

Na jornada de encerramento, o Cruzeiro enfrentou o Bahia, em Salvador/BA. Os soteropolitanos ainda tinham esperanças de se livrar do rebaixamento.  O placar foi um 7 a 0 culminando na ótima campanha mineira e no péssimo retrospecto dos nordestinos.

"Era o último jogo do campeonato e já éramos campeões. Os jogadores já estavam relaxados e pensando apenas nas férias. A viagem foi tranquila e o clima bem ameno. No entanto, no vestiário, antes de entrarmos em campo, o Luxemburgo falou que queria a vitória, para atingir a marca inédita dos 100 pontos e queria que o Alex anotasse 3 gols e entrasse na história do Cruzeiro como o maior artilheiro em uma edição de Brasileiros.  Vencemos o confronto e o Alex anotou cinco dos 7 gols", revelou.

 O ano de 2003 ainda seria inesquecível para o lateral, pois seria Bola de Ouro do Brasileirão pela Revista Placar e faria parte do elenco da Seleção Brasileira que disputou a Copa das Confederações na França.

"Quando cheguei ao Etti em 2001, eu tinha 22 para 23 anos. Já havia rodado um pouco o interior de São Paulo. Não é fácil, pois, atuei em clubes com pouca estrutura e campeonatos que pouca gente acompanha.  Tem hora que bate o desânimo. Os familiares começam a questionar se vale a pena seguir jogando futebol. Aconselham a iniciar uma faculdade. Mas era futebol mesmo que eu sabia fazer e quando cheguei no Etti a minha carreira mudou. Dois anos depois, eu estava na Seleção Brasileira e com jogadores renomados como Dida e Ronaldinho. Jogadores que eu só via pela TV, de repente estavam no mesmo time que eu", relembrou.

Nesse torneio, o Brasil acabou eliminado na primeira fase. Dos 3 jogos, Maurinho atuou em 2. Na vitória sobre os EUA por 1 a 0 e no empate contra a Turquia por 2 a 2. Se ausentou da derrota por Camarões por 1 a 0.

Em 2004, viria o calvário que acompanharia o atleta desde então: as lesões no joelho. Infelizmente, a temporada não foi boa pelo Cruzeiro, que acabou perdendo a Libertadores e via os seus principais jogadores indo para o exterior.  Maurinho tinha proposta de clubes europeus e, segundo o próprio, era certo que teria uma transferência.

"Em um jogo contra o Paysandu pelo Brasileirão, fui girar o joelho e dei mal jeito. Sozinho. Cai e me lesionei. Não joguei mais aquela temporada. Eu tinha proposta do Espanyol/ESP, Monaco/FRA e Sporting/POR. Era certo que iria à Europa, só faltava definir qual clube. A lesão fez com que isso não ocorresse", contou, acrescentando que a lesão foi no ligamento cruzado anterior e nos dois meniscos.

A volta aos gramados ocorreu no final de janeiro de 2005. Pelo final do ano, o futebolista voltou a ser dores e incômodos e acabou desfalcando a equipe.

Em 2006, Maurinho acertou sua transferência ao São Paulo.Na época, o Tricolor Paulista havia faturado a tríplice coroa: Estadual, Libertadores e Mundial. Era a referência no Brasil. No entanto,  o ala pouco atuou no time do Morumbi, devido as lesões.

"Quando fui fazer os exames médicos para acertar a contratação, descobriram que o meu joelho estava estourado. Que o problema da lesão de 2004 não tinha sido de fato resolvido. Então, quando lesionei lá atrás, passei por uma cirurgia. Tive que passar por outra em 2006. Fiquei um ano e meio parado. Ao retornar não consegui meu espaço no time, pois, eles vinham de dois bicampeonatos brasileiros e com o meu histórico de lesões, aliado ao time entrosado, fica difícil ser titular", relembrou o fernandopolense.

"Foi uma época muito difícil. Eu vivia só fazendo fisioterapia. Desanimava muito. Tive muito apoio de amigos e familiares para seguir em frente. Agradeço também ao São Paulo que mesmo sabendo da minha situação, me contratou e me deu todo o suporte necessário", emendou.

Ainda em 2007, o lateral teve uma rápida passagem pelo Goiás e em 2008 ao voltar ao clube paulistano, foi emprestado ao Cruzeiro. No início de 2009,  voltou a sentir dores no joelho e pouco atuou pela Raposa.

Lateral em partida da Seleção Brasileira contra a Turquia. Imagem:Reuters


Em 2010,  recebeu o convite para atuar no Pelotas/RS e mostrou ter gostado da experiência, ao ver o fanatismo da torcida e por ter sido vice-campeão do segundo turno do Gauchão. Perderam a decisão para o Inter.

"O Luisinho, dirigente que havia trabalhado comigo na época do Santos, estava no Pelotas e me chamou para jogar. Fui eu e o Alex Dias. Os jogos eram praticamente aos finais de semana, logo, dava para o joelho se recuperar e ter uma sequência maior de partidas", recordou o paulista.

"Eu achei bem legal a torcida, pois, eram muito fanáticos e a maioria só Pelotas. Diferente da maioria dos estados, onde as pessoas torcem para o time local e para um grande. Eu lembro quando vencemos o Grêmio, pelas quartas de final do segundo turno, no Olímpico, por 2 a 1, ao voltar à cidade, fomos recebidos com muita festa e uma torcida muito numerosa. Nunca tinha visto isso em time do Interior.
Era muito diferente", continuou.

Depois, Maurinho ainda teve uma rápida passagem pelo Uberaba/MG, mas pouco ficou devido as más condições de trabalho oferecidas pelo clube e também pela falta de pagamento.

Em 2015, já aposentado do futebol, ele recebeu um convite de seu amigo, Jerry Falcão, para trabalhar no Fernandópolis. Inicialmente, seria apenas na direção, mas o mandatário o convenceu a entrar em campo.

" O Fernandópolis iria disputar a Série B do Campeonato Paulista (o equivalente a Quarta Divisão) e eu era amigo do Jerry Falcão, que havia assumido a presidência do clube. Ele me chamou e achei legal trabalhar no time da minha cidade-natal. Depois, me falou para atuar como atleta, o que relutei de início, mas acabei aceitando. Em seguida, ele me falou que ia chamar o Muller para jogar! Eu não acreditei naquilo e não é que veio mesmo! Ainda na sequência, trouxe o Alex Dias também", recordou.

Como curiosidade, Muller atuou apenas na primeira rodada da competição, ao marcar o gol do Fernandópolis, na derrota por 2 a 1 para o Grêmio Prudente. Alex Dias atuou pouco e Maurinho, como o próprio afirmou, entra em campo nas partidas que eram disputadas no Estádio Cláudio Rodante.

O Fefecê acabou fazendo uma boa campanha, conseguindo o acesso à Série A-3. Terminou na vice-liderança da 'Bezinha'.

" Foi muito legal aquela campanha. Ver o time da minha cidade chegar até a Série A-3. Eu joguei alguns jogos e em casa apenas. O time fez uma campanha irregular, mas conseguiu ir até a decisão. O confronto foi contra o São Carlos que tinha um bom time e acabaram vencendo. Claro, que queríamos ganhar, mas só de conseguir o acesso já foi muito importante. Uma pena no ano seguinte a equipe ter sido rebaixada",  relembrou, para dizer depois que se mostra satisfeito com a carreira que teve como jogador.

"Sou muito feliz com a minha carreira e com tudo o que conquistei. De onde saí e o que alcancei. Penso que poderia ter tido uma chance no exterior, mas não houve. Mesmo assim sou muito feliz com a minha história em campo", finalizou.

No momento, aos 41 anos de idade, Maurinho, vive em São Paulo/SP, onde cursa Publicidade e Propaganda na Universidade São Judas Tadeu. Ele e sua irmã possuem uma clínica de fisioterapia em Santos/SP.

Bônus:
Pontos corridos ou mata-mata?
"Mata-mata é mais emocionante , mas entendo que pontos corridos é o mais correto."

Clube com mais identificação:
"Cruzeiro. Tenho uma ligação forte com o clube e com a torcida. Entretanto, jogar na Vila Belmiro e sentir aquele alçapão é algo único e envolvente.É místico. Principalmente ao saber que ali foi a casa do Pelé durante muitos anos."

Situação dos clubes do interior:
"Falta um trabalho mais sério nos clubes e de responsabilidade com os gastos. Muitas pessoas se apropriam apenas para fins pessoais e acabam endividando o clube. A pessoa não fica como responsável pela dívida e a gestão seguinte acaba tendo que arcar com os prejuízos.

Penso também que é necessário um trabalho de base mais sério e a longo prazo. Se nota muitos clubes não pensando no futuro. Fazem algo no presente e não há um legado. Só ver como estão clubes tradicionais do interior  de São Paulo, por exemplo, como o  Paulista de Jundiaí. "


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