Entretanto,
nem sempre o destino nos reserva o que planejamos. Mas, muitas vezes, os
caminhos imprevisíveis podem trazer bons frutos e histórias ricas em títulos,
aprendizado e cultura.
Um desses
vários exemplos, é o técnico Leonardo Martins Neiva, com passagem em mercados
emergentes de três continentes.
Léo Neiva
jogou profissionalmente em equipes de menor expressão até os 23 anos. O carioca
atuou como meia-atacante em clubes do estado do Rio de Janeiro. Chegou a se
aventurar em Portugal (Vilanovense FC), porém não obteve sucesso.
Em 2002 se
formou em educação física pela Universidade Castelo Branco. Entretanto,
preferiu inicialmente, não seguir no futebol, pois, queria desvincular o
pensamento de atleta, uma vez que começou aos 8 anos de idade no antigo Futebol
de Salão do Sírio Libanês tendo ainda jogado no Fluminense FC até os 12.
"Joguei até 2001, mas sabemos das dificuldades do futebol. Nesse período também
cursava a faculdade de educação física. Logo, tinha uma rotina pesada de
treinos e estudos. Era muito sacrificante e nos clubes não tinha o retorno que
esperava. Via que não iria chegar no nível de excelência desejado e resolvi
focar nos estudos. Depois de formado, ainda fiz um MBA em gestão esportiva
na FGV e cheguei a trabalhar em academias no Rio de Janeiro", relembrou
o técnico de 42 anos, em entrevista exclusiva a este blog.
Léo Neiva como jogador em sua passagem pelo E.C. Nova Cidade de Nilópolis/RJ |
Em 2005, Neiva decidiu deixar o Rio de Janeiro e ir passar uma temporada nos Estados Unidos. O intuito era aprender e falar fluentemente o inglês. Viveu em Miami e New Orleans.
“Fiquei por 6
meses e como tinha que me manter, além do futebol trabalhei em outras áreas.
Foram 6 meses atípicos e marcantes com certeza", afirmou o carioca.
Ao regressar ao Brasil, decidiu retornar o trabalho com o futebol. Já havia desligado
a “cabeça” de atleta. Em seguida, começou a dar treinos em um núcleo do
Flamengo no bairro Recreio dos Bandeirantes, na capital fluminense.
No ano
seguinte, através do ex-lateral-esquerdo Maciel (ex-Vasco e Juventude) veio a indicação
para ser auxiliar-técnico de Carlos Roberto (campeão carioca em 2006 com o Botafogo) no América/RJ na disputa da Série C
do Brasileiro. O objetivo do Diabo da Tijuca era conseguir o acesso à Série
B e quase conseguiu.
Léo Neiva conheceu
Maciel quando teve uma breve passagem nos juniores do Juventude/RS tendo sido
comandado por Mano Menezes. Mais de duas décadas depois, Neiva iria reencontrar Mano novamente,
mas, como colega de curso na Licença Pró (CBF).
Mano Menezes e Léo Neiva em curso na Licença Pró (CBF). |
"O
América tinha um bom time e um treinador vitorioso e experiente. Em 2006 havia sido vice-campeão do
primeiro turno do Carioca e em 2007 também do primeiro turno havia sido
semifinalista. Tinha jogadores experientes como o ex-volante Válber, os ex-laterais
Bruno Carvalho e Maciel, e o atacante Fernandão (atualmente no Bahia) ainda em
início de carreira. Era um elenco bom e confiante. Eu era um dos auxiliares. Chegamos
até a terceira fase”, relembrou Neiva.
Em 2008
apareceu uma oportunidade para trabalhar na África do Sul e ali iniciou suas
andanças pelo mundo. Neiva soube que estavam procurando brasileiros para
trabalharem nas categorias de base de uma equipe.
"Eu
lembro que a entrevista para conseguir esse emprego foi em um hotel do Rio de
Janeiro e feita por um irlandês. A conversa foi em inglês, ou seja, aquela temporada
nos Estados Unidos foi fundamental para eu conseguir meu trabalho na África do
Sul", rememorou o brasileiro.
O clube que o
contratou foi Platinum Stars F.C., que ficava no noroeste do País. A
região é rica em Platina, um metal químico com pouca reatividade e difícil de
ser encontrado. A África do Sul está entre os maiores produtores, tendo 80% da
reserva mundial. Logo, quem administrava a equipe era uma empresa que
detinha também o poder sobre a Platina. A Nação Royal Bafokeng, é quem manda
na região e por consequência, da empresa.
Técnico brasileiro na reinauguração do Royal Bafokeng Stadium. Palco da Copa do Mundo de 2010. |
"Eu
morei em Rustemburg, uma cidade fundada por holandeses. Havia muito clima de
interior, com bastantes animais, montanhas e estradas. Um clima tranquilo. O
povo sul-africano é bem simpático e acolhedor. O futebol lá é muito popular
entre os negros e em 2010 a África do Sul sediaria a Copa do Mundo. Acompanhei
de perto toda a estruturação para receber a Copa e o processo de solidificação
da Premier Soccer League", recordou, para depois falar sobre a sua função
no clube.
"O meu
trabalho e de outros brasileiros era na base do clube. Tínhamos que captar
talentos pela região e depois formarmos as equipes entre sub-13 e 20. Trabalhei
em todas as categorias. O time tinha condições e havia muito investimento da
Royal Bafokeng Sports Holdings que havia comprado o clube. Logo, não havia do
que reclamar das condições de trabalho", continuou.
Rustemburg
foi uma das sedes da Copa do Mundo de 2010 e para a reinauguração do estádio
Royal Bafokeng houve um amistoso entre a nação anfitriã diante da Noruega. Os
africanos venceram por 2 a 1. No entanto, antes disso, o Platinum Stars F.C.
entrou em campo e venceu dois torneios, sub-13 e sub-17 da Nelson Mandela Cup.
"A Nelson
Mandela Cup é uma espécie de Taça BH ou Copinha SP da África do Sul. Reúne os
principais clubes do país e também times da Europa. Em várias categorias. É uma
competição internacional. A nossas equipes sub-13 e sub-17 foram a campo e
venceram seus respectivos jogos, sendo campeãs. Depois, teve o jogo da seleção
principal sul-africana diante da Noruega. Este jogo ficou marcado como a
reinauguração do estádio, mas o que foi de fato o pontapé inicial, foi o Royal
Bafokeng SC (Base do Platinum Stars FC) e com dois títulos da molecada",
recordou o sul-americano.
Ao final de
2009, o contrato com a equipe africana foi encerrado e Léo Neiva
retornou ao Rio de Janeiro. Acreditou que era o momento de novos desafios. No
primeiro semestre de 2010 teve uma passagem no sub-20 do Bonsucesso na disputa
do Campeonato Carioca. Porém, o comandante recebeu uma proposta inusitada: formatar a base e ser técnico do Yadanarbon FC de Mianmar!
Mianmar se
chamou Birmânia até 1989 e a seleção daquela nação teve bons resultados nas décadas
de 1960 e 70. A equipe foi cinco vezes campeã de forma consecutiva dos Jogos do
Sudeste da Ásia e uma vez vice-campeã da Copa da Ásia. Participou das
Olimpíadas de 1972.
Entretanto, o
sucesso ficou no passado e o futebol foi usado pelo atual governo para reabrir
as fronteiras com o mercado estrangeiro, após anos reclusos e sob uma ditadura
militar.
"Eu
nunca tinha ouvido falar de Mianmar. Conhecia por Birmânia! Não sabia que o país havia mudado de nome. Decidi ir mesmo sem ter informações. Mianmar ainda
era muito fechado e muito diferente do eu estava acostumado como
sociedade. Eu lembro que cartões de crédito e débito ainda não existiam.
Nem cheque. Via situações curiosas, como alguém indo comprar um apartamento,
por exemplo, e todo o dinheiro estar em sacos de batata sendo transportados sem
risco algum (risos)", revelou.
"Lembro
também que havia muitos guardas pela rua. Se eles vissem aglomerações com 4 ou
5 pessoas, eles já interviam e iriam querer saber o motivo da reunião. Nas
ruas, caso precisasse usar o telefone público, tinha que pedir autorização para
um guarda, que ficava ao lado escutando a conversa. O mesmo aparelho era
desconectado e recolhido às 18h. A Internet praticamente não existia! Cheguei a
ficar 1 mês sem ter contato com meus familiares em 2011", continuou.
Neiva sendo destaque em jornal de Myanmar. O que está escrito? |
"O povo
de Mianmar adora futebol. É muito popular . A intenção deles
era criar uma liga profissional e trazer estrangeiros para trabalhar no
desenvolvimento e abertura do futebol local. Era uma forma do governo mostrar
ao mundo que havia uma política nova e isso seria feito através do
futebol", seguiu.
Embora, o país
sendo subdesenvolvido, Neiva disse que tinha boas condições de trabalho além de
excelente infraestrutura de moradia.
No Yadanarbon
FC, o carioca ficou 15 meses. O grande destaque foi em uma excursão à Tailândia
para uma série de amistosos e venceu os
principais clubes, inclusive o Muangthong United FC. Os tailandeses possuem uma
economia muito mais forte e já havia mais investimento nas equipes.
"Fizemos
8 jogos na Tailândia, vencendo 4, empatando 2 e perdendo os outros 2.
Ganhamos do Muangthong FC, um dos gigantes da Tailândia. Esse bom desempenho
chamou atenção, pois, ninguém esperava por isso. Era como se um time do
Paraguai ganhasse de um clube do Brasil, por exemplo", recordou o treinador.
O bom
desempenho fez com que recebesse a proposta para trabalhar no Rakhine United
FC, mas no profissional, no final de 2011 para disputar o quarto ano da Myanmar
National League (MNL) em 2012. Neiva foi
o primeiro brasileiro a comandar uma equipe profissional em Mianmar.
“Pude usar os
15 meses na base do Yadanarbon FC como ‘laboratório’ e logo após pude assumir a
minha primeira equipe profissional aos 33 anos”, explicou o sul-americano.
A intenção da
equipe comandada pelo brasileiro era não ser rebaixada. No entanto, no meio do
campeonato, Léo Neiva, deixou o clube alegando problemas internos.
“Estávamos em
sexto lugar. Expectativa acima da média. Porém, tivemos problemas e ficou um
ambiente ruim. logo, tive que sair. Entretanto, foi um período bem legal. Eram
14 equipes. A maioria dos técnicos eram europeus. Treinadores da França, Reino
Unido e Sérvia, por exemplo. Logo, houve um intercâmbio muito bom entre
'escolas do futebol'. Muito do que se fazia na Europa, tentava se aplicar em Mianmar,
então tive contato direto com o estilo europeu de jogo," explicou, para
depois falar sobre os atletas estrangeiros naquela nação.
"Já
entre os jogadores, a maioria eram brasileiros e africanos, dentre os
estrangeiros. Em 2012, cada time poderia ter até 3 estrangeiros. No meu clube,
havia 2 brasileiros e 1 liberiano. Os brasileiros, eram o meia Andrey Coutinho,
que trabalhou comigo na base do Bonsucesso, e passou pelo Paysandu e o volante Alexandre
Alves ex-Botafogo e Bangu", continuou.
Ao retornar
ao seu país de origem, Neiva passou o final de ano junto com a família e
recebeu uma proposta para trabalhar na Francana que disputaria a Série A-3 do
Campeonato Paulista, onde ficou por somente 3 meses.
O próximo
destino foi um retorno à África: mais especificamente no Young Africans SC da
Tanzânia. Na temporada 2014/15, a equipe foi campeã nacional e da Supercopa da
Tanzânia.
"A
Tanzânia surpreendeu muito pelo bom nível dos atletas. É um mercado ainda pouco
explorado, mas que compensa muito trabalhar, pois, há jogadores com muito
potencial. Muita força agregada a habilidade. Só precisavam de mais
disciplina tática. Eu se trabalhasse em um clube brasileiro, traria facilmente
jogadores africanos de seleção (acessíveis ao nosso mercado). Se assumo um clube
de Série B ou C de Brasileiro,por exemplo peço para contratarem 2 atletas, meias e
atacantes, e garanto que brigaria pelo acesso. Tem muito clube brasileiro
que paga caro por jogadores medianos e que por um salário menor pode se trazer
um jogador africano de seleção tendo um ótimo retorno”, continuou.
Já em 2015,
Léo Neiva foi se aventurar no Caribe. Comandando o Montego Bay United FC, o
brasileiro foi campeão do segundo turno jamaicano, mas acabou sendo demitido após o término da temporada.
Léo Neiva em sua passagem pela Jamaica. |
"A
Jamaica é um país que tem muito da cultura africana. Logo, não foi difícil se
adaptar ao lugar e ao futebol, que tem muita similaridade. Eu fiquei 3
meses e em 11 jogos que comandei o Montego Bay foram 7 vitórias, 3 empates e 1
derrota. O revés foi na última rodada, ou seja, fiquei 10 jornadas invicto. O
grande problema foi a divergência de conceitos e ideias e fui mandado embora,
mesmo ganhando o segundo turno", relembrou.
"No entanto, foi bem legal conhecer melhor o futebol do Caribe. Ali há muitos jogadores com potencial. Mas a maioria sabe que não tem condições de ir para um mercado maior ou disputar uma Copa por suas seleções e acabam usando o talento futebolístico para ir estudar em uma universidade nos Estados Unidos. Ganham bolsa de estudos. O futebol local acaba não se desenvolvendo por isso", continuou.
"No entanto, foi bem legal conhecer melhor o futebol do Caribe. Ali há muitos jogadores com potencial. Mas a maioria sabe que não tem condições de ir para um mercado maior ou disputar uma Copa por suas seleções e acabam usando o talento futebolístico para ir estudar em uma universidade nos Estados Unidos. Ganham bolsa de estudos. O futebol local acaba não se desenvolvendo por isso", continuou.
Após retornar
ao Brasil em janeiro de 2016, resolveu dar um tempo e curtir o nascimento de
sua filha. Voltou ao trabalho apenas em outubro de 2016, quando recebeu o
convite do Yadanarbon F.C., de Mianmar, clube que trabalhou em 2010/11 na base.
Desta vez para o profissional.
"Foi
muito legal receber a proposta de um clube que havia trabalhado anteriormente.
Sinal que deixei um bom legado. A maioria dos jogadores que havia trabalhado na base estavam representando a seleção principal de Mianmar. Encontrei
um país bem mais desenvolvido. Crianças brincando nas ruas, as pessoas
andando com roupas da atualidade e uso bem amplo da internet. O futebol também
já estava mais desenvolvido. Por lá, eu estava indo bem. Fiquei até abril de
2017 e me apareceu uma proposta do Thai Honda da Tailândia. Era um país com um
futebol melhor e um mercado emergente. O país estava investindo e contratando
bons nomes. Aceitei. A equipe era patrocinada pela empresa japonesa Honda e no
elenco havia os atacantes brasileiros Ricardo Jesus (ex-Inter e Ponte Preta), Rafinha
(ex-Flamengo e Bahia) e o meio-campista Gustavo Silva (ex Bangu e Yuen Long)”, comentou o
brasileiro que foi eleito o melhor treinador da semana da Thai Premier League,
após o triunfo inédito do clube sobre o Muangthong United FC.
Entretanto,
enquanto estava dirigindo a equipe tailandesa, houve em 2017 uma fiscalização
da AFC (Asian Football Confederation) das licenças que cada treinador tinha.
Para evitar uma punição, Léo Neiva voltou ao Brasil e tirou a licença ‘A’ de
Treinador, que faltava para poder seguir em seu trabalho e foi uma exigência do clube em qual ele trabalhava.
Neiva em sua passagem pela Tailândia. |
"Eu
fiquei 6 meses no Thai Honda e aí AFC informou que teria que fazer uma
fiscalização nas licenças de treinadores. Eu não tinha a licença ‘A’ da CBF. A
minha última licença havia sido feita em 2007 e eu precisava renovar. Logo,
tive que voltar ao Brasil. Fiquei no total 24 dias ausente do clube, ou seja,
deixei a equipe no meio do campeonato. Me ausentei de 4 jogos. Quando retornei
as coisas no clube haviam sido mudadas sem o meu conhecimento e não estavam
boas. Logo, 2 meses após o meu retorno acabei saindo", revelou.
Ao vencer o Muangthong United, Léo Neiva, foi eleito o melhor treinador da semana na Tailândia e foi destaque em sites esportivos. O Thai Honda nunca havia conseguido vencer o gigante da Tailândia. |
Em 2018 e 2019,
Léo Neiva, seguiu no Rio de Janeiro e tirou a Licença-Pró de técnico em curso
organizado pela (CBF). Curso de qualificação máxima para treinadores no
momento.
“Tive a honra
de ser colega de turma dos melhores técnicos do futebol brasileiro e mundial.
Nomes consagrados como Mano Menezes, Dunga, Renato Gaúcho, Tite, Gallo entre
outros. Foi um intercâmbio de informações ímpar”, explicou Léo.
Nesse tempo
chegou a ter algumas sondagens de trabalhos. Uma delas foi para assumir a Seleção de Botswana.
Houve procura dos dirigentes e posteriormente uma conversa, mas não houve acordo.
Voltou aos
trabalhos em dezembro de 2019 no Atlético Itapemirim/ES. Fez a pré-temporada
com a equipe e dirigiu apenas nas 2 primeiras rodadas do Campeonato Capixaba de
2020. Somou 3 pontos. Saiu por problemas inerentes do Futebol.
Enquanto
aguarda proposta de alguma equipe, Neiva avalia o que faz com que o treinador
brasileiro não tenha espaço em grandes ligas da Europa.
"É uma
questão política. Manobra de reserva de mercado através da criação de Licenças
pela UEFA / FIFA visando valorizar mais os técnicos europeus. Na época em que
João Havelange era o presidente da FIFA, havia muitos brasileiros em Portugal,
na Ásia e principalmente no mundo árabe onde fomos os pioneiros e tivemos
sucesso inclusive com treinadores brasileiros classificando seleções e
disputando Copas do Mundo. Perdemos este mercado e hoje estamos reconquistando.
Pouco depois, ainda tivemos o Felipão na Seleção de Portugal e no Chelsea-ING e
o Vanderlei Luxemburgo no Real Madrid. Agora, há exigência da UEFA que se faça
os cursos dela para trabalhar na Europa. Os cursos oferecidos pela CBF estão
sendo reconhecidos aos poucos. Hoje o treinador brasileiro com experiência
mínima em 5 campeonatos nacionais já pode trabalhar na Europa. Isso prejudica
muitos os brasileiros. Eles sabem do nosso talento e os cursos deles não são
diferentes dos nossos. Claro que não é só isso. Houve uma melhora de uns 6 ou 7
anos para cá. Antes, praticamente não havia literatura a nível tático
disponível. Escrevíamos pouco! Isso nos
deixou para trás em relação aos europeus que investiram pesado neste aspecto.",
finalizou.
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