quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Goleiro Batista fala sobre vida em Macau, jogos na Coreia do Norte e futebol nordestino

 Macau é uma região administrativa especial da China desde 1999. Anteriormente, o local ficou sob o domínio português, por mais de 400 anos.

Macau é conhecido como Las Vegas da Ásia, devido ao grande número de cassinos que movimenta a sua economia. Isso faz com que tenha alguma autonomia em relação a China, onde os jogos de azar são proibidos. Em troca, os chineses, sem precisar mexer em suas leis, têm lucro com o turismo de jogatina macaense.

Os esportes mais populares em Macau são o tênis de mesa e o badminton. O futebol ainda não tem a preferência dos 538 mil habitantes daquela região.

Com o intuito de desenvolver a modalidade praticada com os pés, muitos clubes resolveram trazer estrangeiros, principalmente portugueses e brasileiros. Um deles foi o goleiro Batista, que desde 2015 mora em Macau. Além de atuar no Benfica de Macau, o arqueiro de 33 anos também trabalha em uma escola , na parte de educação física.

                                                    Brasileiro atua no Benfica de Macau.

"O futebol em Macau é semi-profissional. Logo, os atletas daqui, possuem outra profissão. Geralmente  são bombeiros, policiais ou funcionários de cassinos. Então, os treinos aqui acontecem só a noite. Os estrangeiros recebem salário de atleta profissional, por conta disso, não precisam ter outro emprego.O problema é que quando cheguei aqui, eu ficava o dia todo sem fazer nada. Esperava chegar a noite para ter uma hora de treino e voltava para a casa. Isso me entediou. O técnico do meu primeiro clube aqui (Windsor Arch Ka I) era dono de uma escola para crianças e um dia ele me convidou para ajudar nos trabalhos em relação ao esporte. Financeiramente eu não precisava e iria ganhar um salário simbólico, mas aceitei para ter uma rotina mais agitada", disse o alagoano em entrevista exclusiva ao Arquivos e Histórias F.C.

Entretanto, antes de atravessar o mundo, Jhonata Ladislau Batista da Fonseca, atuou por clubes do Nordeste e de Minas Gerais.

Suas atividades futebolísticas iniciaram em Arapiraca/AL, sua cidade-natal. Mais precisamente na Escolinha do Ivanildo, uma das principais do município. Inicialmente, Batista tentou ser zagueiro, por conta de seu pai, que jogava na mesma posição. Entretanto, a sorte como defensor não veio. Até que um dia em uma partida, o goleiro da equipe não compareceu e o próprio assumiu a meta, de onde não saiu mais.

" Eu fui para o gol, não pela minha qualidade técnica, mas por ser muito ruim na linha. Eu era o pior do time e naquele tempo, ia para o gol, quem não tinha qualidade para jogar na linha, logo, eu não tive muita escolha (risos). Entretanto, eu me sai bem e defendi dois pênaltis. Me empolguei. O jogo havia sido em um sábado e na segunda-feira, no treino, eu já estava fardado de goleiro e me sentindo um herói. Eu mal sabia que o goleiro no futebol é mais vilão que herói (risos),", relembrou o nordestino.

Pouco tempo depois, Ivanildo fez uma parceira com o ASA e transformou sua escola em um núcleo do Alvinegro do Agreste.  Por conta da proximidade dos estados de Alagoas e Pernambuco, diversos olheiros de Sport, Náutico e Santa Cruz assistem jogos dos times alagoanos. Em uma dessas observadas, Batista chamou a atenção de representantes do Sport, que o convidaram a fazer testes em Recife/PE. O arqueiro aceitou e a partir de 2002 integrou as categorias de base do Rubro-Negro.

Batista fez toda a sua base no Sport e a partir de 2005 acabou integrando o elenco profissional. Entretanto, atuou apenas duas vezes na equipe principal e acabou saindo em 2007.

Batista em seus tempos de Sport Recife.

"Fiquei 6 anos no Sport e isso mostra o valor que eu tinha como goleiro. Entretanto, eu não cresci muito na minha adolescência e sou considerado baixo para atuar como goleiro (1,83 m). Isso me prejudicou. Eu não era um perfil que o Sport estava procurando", explicou, para depois falar que tinha desafetos dentro do clube.

"Eu tive problema de relacionamento com o técnico do sub-20, o Neco. Eu alternava entre o profissional e a base. Quando eu descia ele me colocava no banco e nem conversava comigo. Ele me ignorava e isso se dava pelo fato dele empresariar jogadores por fora e preferir sempre esses em detrimento do mérito esportivo. Ele é mau-caráter e isso eu falei na cara dele. Saí para buscar o meu espaço no futebol", continuou.

A partir daí, Batista iniciou sua peregrinação por equipes nordestinas. Em 2010 chegou a atuar em cinco clubes!

" Em 2010, eu comecei no Penedense/AL. Inicialmente, eu havia recusado, pois, na minha primeira passagem, eles atrasaram salário e não cumpriram com as suas obrigações. Mas os diretores me convenceram que dessa vez iria ser diferente, pois, havia um empresário por trás bancando o clube. Aceitei, mas os mesmos problemas apareceram e aí recebi uma proposta do União dos Palmares/AL e fui. Terminou o alagoano, o Nereu Pinheiro (técnico) que havia me lançado no futebol do Sport, me chamou para jogar a segunda divisão de Pernambuco pelo Olinda. Eu fui pela amizade que tenho com ele e pela retribuição de tudo que ele fez por mim. Joguei metade do campeonato e apareceu uma proposta do JV Lideral/MA para disputar a Série D do Brasileiro, aceitei, pelo bom salário que me ofereceram e pelo fato de poder disputar uma competição nacional. Quando fomos eliminados, eu recebi uma proposta do Imperatiz/MA para jogar a segunda divisão do Maranhão, e como já estava ambientado na cidade, fui defender as cores do clube", rememorou o jogador nascido no dia 08/07/1987.

Em 2011, Batista teve a sua primeira experiência fora do Nordeste: atuou pelo Patrocinense, que na época, estava na segunda divisão de Minas Gerais. No segundo semestre atuou pelo Coruripe/AL e em 2012 retornou ao clube de Patrocínio/MG, na mesma segunda divisão. No semestre seguinte, jogou pelo Minas Boca, que estava na terceira divisão mineira. 

Em 2013, defendeu o Santa Cruz/RN e no ano seguinte, seu último no Brasil, teve uma participação especial pelo Coruripe/AL, onde surpreendentemente foi campeão alagoano.

"Aquele campeonato nós não começamos bem. Oscilávamos demais. Jogávamos bem uma partida e na outra perdíamos. O nosso técnico Jaelson Marcelino se afastou do cargo por problemas de saúde e sentimos muito, pois, os jogadores gostavam muito dele. Lembro que no segundo turno iríamos enfrentar o CSE. No primeiro encontro, perdemos por 4x0  e achávamos que íamos tomar outra goleada. Mas nos unimos, e falamos que íamos até o fim pelo Jaelson, pois, ele merecia. E isso tudo nos deu força para o vencer o CSE por 3x1 e foi a nossa arrancada pelo título. Nos classificamos para as fases finais e na decisão superamos o CRB, que estava com o Estádio Rei Pelé lotado", comemorou Batista, que não disputou os jogos da final, por conta de uma lesão na coxa.

Em 2015, após renovar com o Coruripe, o arqueiro informou ao clube que através de um empresário, recebeu uma oferta para atuar em Macau. Ele já havia recebido uma proposta em 2011, para ir a Hong Kong, que foi negada e agora não queria perder a oportunidade.

"Toda vez que um jogador assina com um time pequeno, é comum pedir um adiamento, para evitar problemas, caso haja atraso no pagamento e não ficar sem nada. Geralmente é descontado aos poucos, no mês a mês, ou no último mês de contrato. Eu já havia assinado com o Coruripe e recebido uma pequena parte. Na hora que fui falar da proposta, o presidente do clube, Alfredo Raildo, aceitou, me liberou e me desejou boa sorte. Ao tocar no assunto sobre devolver o que já tinha ganho, ele me falou que fica como um presente para mim, por todos os serviços prestados ao Coruripe. Eu o agradeci muito e fiquei feliz pelo reconhecimento", emendou.

A primeira equipe do brasileiro foi o Windsord Arch Ka I, um clube poliesportivo. Sobre o seu primeiro contato com o futebol, Batista afirmou que levou um 'choque' ao ver a discrepância de nível entre os profissionais e alguns semi-profissionais.

"O futebol aqui ainda engatinha para o profissional. Os estrangeiros têm a missão de ajudar no desenvolvimento na modalidade local. E cheguei a atuar com alguns atletas que não tinham noção de jogo. Mal sabiam dominar uma bola. E não é exagero meu," relembrou.

"Entretanto, o modo como me receberam aqui foi muito legal e isso me motivou a jogar. Eles adoram o Brasil e é incrível como eles adoram o Roberto Carlos (ex-lateral), por conta da 'bomba' que ele soltava. Isso ficou famoso aqui no gol que ele fez contra a China na Copa de 2002. O chinês é fascinado pelo chute forte e potente. Você pode fazer firula, driblar vários jogadores que eles não vibram igual quando você dá um chute forte. É surreal", emendou o sul-americano.

Em Macau, os idiomas falados são o cantonês, o mandarim e com os estrangeiros, o inglês. Os mais velhos falam português. Já os mais novos não dominam tanto o idioma, embora o governo local incentive o estudo da língua de seus antigos colonizadores. Nessa 'Torre de Babel', o brasileiro passou por um aviso cômico e uma situação curiosa.

"Quando cheguei aqui me disseram que era para eu tomar cuidado ao falar em português, pois, as pessoas podiam não praticar no dia a dia, mas elas entendiam. Então me disseram: ' cuidado ao falar algum palavrão ou xingamento em português, pois, vão entender' (risos). Nos meus primeiros treinos, havia um lateral-direito no meu time chamado Mabel e eu via potencial nele. Tentava me comunicar em inglês, pois, ainda não dominava os outros idiomas. E meu inglês era ruim. E eu me esforçava para ajudá-lo e orientá-lo. Até que depois de uns 5 meses, após um treino, eu disse 'bye, bye' e ele respondeu com um 'tchau'. Eu me assustei e perguntei se ele falava português e a resposta foi afirmativa. E eu quase fiquei louco. Como ele não tinha me avisado antes (risos)!?", continuou.

Nas duas primeiras temporadas pelo KA I, Batista foi campeão da Copa de Macau e  bi-vice-campeão do Campeonato de Macau. Este último, em ambas edições  foi superado apenas pelo Benfica. A Águia de Macau seria o seu destino em 2017.

"Fomos vice-campeões, sendo em uma das temporadas por apenas 1 ponto de diferença perante o Benfica. Chegamos a fazer jogos memoráveis contra eles e inclusive, vencemo-os uma vez. Aqui todo ano ocorre um torneio amistoso de futebol de 7 e o Benfica chegou a me convidar para jogar por eles. Eu aceitei e em seguida foi feito o convite para eu atuar na equipe principal. Eu aceitei, pois, o Benfica é um clube de futebol e possui parceria com o seu homônimo de Portugal. O KA I, como clube poliesportivo, não tinha a mesma atenção ao futebol. Por isso aceitei a troca", explicou.

Nos dois anos seguintes, Batista faturaria os dois títulos nacionais e 1 Copa de Macau. Isto fez com que em 2018, disputasse a Copa da Liga da Ásia (AFC Cup), o equivalente à Copa Sul-Americana.

Os adversários na fase de grupo foram 2 times da Coreia do Norte (Hwaebul S.C. e o 4.25 Cheyuk Dan), além do taiwanês Hang Yuen F.C. A competição fez com que o alagoano de Arapiraca visitasse a Coreia do Norte, um país extremamente fechado ao resto do mundo. Por lá passou maus bocados tanto dentro como fora de campo.

"O país vive uma tensão muito grande. Uma opressão que se via na face das pessoas. Todos andando de cabeça baixa e pouco conversavam com as pessoas. Ali, eu vi o quão importante é ter liberdade. Lembro que ao chegar no aeroporto, pegaram os nossos celulares e olhavam tudo. Me disseram que eles escaneavam os telefones. Depois, tínhamos que preencher um formulário em coreano. Eu não sabia ler nem escrever em coreano. Ficamos um tentando ajudar o outro a decifrar o que perguntavam. Até que fui pedir ajudar para um funcionário que estava próximo da delegação. Demorei para tomar tal atitude, pois, ele tinha um jeito de mau-encarado (risos). Ele pediu meu passaporte, viu que eu era brasileiro, pegou a tal ficha para preencher, rasgou e disse que por eu ser brasileiro não precisava preencher", contou.

"Em seguida, andamos pelo país e parecia uma visão do passado. Algo, como da década de 50 e 60. Falo por conta das ruas, casas e roupas que as pessoas usavam. Eram atenciosos, mas em geral, pareciam bem submissos", emendou, para depois, relatar um fato inusitado que passou no hotel.

"China e Coreia do Norte têm proximidade, logo, há chineses trabalhando na Coreia do Norte  e norte-coreanos que sabem falar mandarim. O nosso guia no hotel, dominava o mandarim. Ao falar com cada um, ele virou para mim e disse: 'Brasil? Lembra a Copa de 2010? Ganhamos por 1x0.' Eu achei estranho aquilo e apenas sorri. Depois, vi que lá eles só passam e reprisam o gol deles diante do Brasil na Copa do Mundo de 2010. Eles acreditam que venceram o Brasil por 1x0. É muito bizarro. Eu não quis estragar a alegria deles", explicou.

Outro fator curioso é o culto ao ditador Kin Jong-Un. Em todo lugar que se anda no país, há uma referência ao mandatário. No estádio, aonde aconteceram as partidas, havia uma estátua dele e os jogadores do Benfica de Macau foram tirar fotos, até que em um dado momento um guarda apareceu repreendendo-os.

"Nós estávamos tirando fotos e os jogadores faziam caretas em frente ao monumento. Até que apareceu um guarda gritando. Lembrou muito meus tempos de criança em Arapiraca quando subia no pomar para roubar frutas (risos). Ele disse que a gente poderia tirar fotos, desde que não fizesse caretas ou deboches em relação à autoridade máxima deles. Ou seja, tinha que ser algo mais comportado",  revelou.

Sobre as partidas, houve vitória sobre o Hang Yuen por 3 a 2 e derrota para o 4.25 Cheyuk Dan por 8 a 0.

" O Cheyuk Dan reúne os melhores jogadores da Coreia do Norte. É a base da seleção deles.Tomamos um massacre. Eles atacavam em bando e faziam a gente acreditar que iam à direita e de repente, eles estavam indo para a esquerda.Os laterais pareciam que tinham rolamento nas chuteiras, tamanha facilidade que iam e voltavam.  O primeiro tempo terminou 2x0, mas era pra ter sido uns 10x0. Fomos moídos para o vestiário. O curioso foi o nosso técnico que era português virar para um zagueiro nosso , que era patrício dele e falar:' O que está acontecendo, pá?' 'Nós somos o Benfica de Macau, temos que ir para cima dos gajos.' Esse zagueiro disse a mim que ia falar para ele que isso não era possível. E eu olhei pro zagueiro, que estava com os dois joelhos inchados, de tanto cair no gramado por perder na corrida para eles, e falei que era melhor deixar quieto. Enfim, seguimos o que o treinador falou, partimos para cima e em cinco minutos eles anotaram 5 gols! Eu já estava querendo me comunicar com o time deles e pedir para que eles parassem, que desacelerassem. Acabou 8x0. Não conseguimos nem chutar para o gol", explicou o brasileiro.

"No vestiário, ao término do jogo, o técnico ainda me elogiou dizendo que eu tinha feito uma grande partida. Eu achei um absurdo aquilo, pois, havia levado 8 gols. Ele até poderia ter enfatizado o fato de eu ter feito, creio, que umas 15 defesas e evitado um placar elástico, mas dizer que joguei bem, não", continuou.

"Para acabar com esse clima ruim, eu cheguei no hotel e havia um barzinho e enchi a cara de cerveja. Só bebendo mesmo para curar esse pesadelo. E a cerveja deles é boa, bem levezinha, eu gostei", prosseguiu.

No geral, o Benfica de Macau, somou 4 vitórias e 2 derrotas (para o mesmo time e na volta o placar foi 2x0) e terminou na vice-liderança com 12 pontos. Entretanto, apenas o primeiro colocado de cada chave avançava ao mata-mata.

Batista recebendo o prêmio de melhor goleiro do ano de 2019.


No momento, Batista tem atuado mais no futebol de 7 do Benfica e aos poucos vai se preparando para se tornar treinador. Inicialmente quer ser preparador de goleiros, para depois ser comandante e não pretende voltar ao Brasil.

"Ainda quero jogar mais dois anos e depois de fato iniciar a minha carreira como técnico. Quero seguir em Macau. Aqui onde moro a região é muito boa e foi onde consegui me encontrar no futebol. Quem vem a Macau, não terá glamour e nem fama, mas conseguirá ganhar dinheiro e terá uma boa qualidade de vida", explicou.

"Quero ser treinador, mas não para ser somente um vencedor em campo. Quero passar ensinamento e mudar a realidade das pessoas que convivo. Por onde passei sempre me disseram que o meu forte foi o vestiário, pois, sempre passei alegria e amizade para o elenco. Aqui em Macau eu percebo uma cultura muito individualista deles. Falta mais empatia ao próximo e isso tento demonstrar no dia a dia", emendou, para depois dizer o que gosta do pais em que vive.

"Por outro lado, eu vejo que aqui as pessoas vivem bem. Na região onde vivo, todo mundo tem uma vida digna. Mesmo os mais pobres. É muito raro ver um morador de rua, por exemplo. Aqui, os pais sempre colocam as crianças em atividades esportivas e musicais. Então, elas estão sempre em atividade e aprendendo alguma coisa. As crianças também têm aula de economia e me impressiona, pois, desde pequenos eles pesquisam preço em lojas, algo que não se vê no Brasil", revelou.

Batista, afirmou que ainda segue acompanhando o futebol brasileiro e explica o que precisa mudar no futebol alagoano e deu pitacos sobre a Copa Nordeste.

" Eu penso que o problema dos clubes alagoanos são os dirigentes. Todos entram com o intuito de ficarem famosos e se candidatarem a algum cargo político. Se alguém entra com o intuito de desenvolver o futebol local, certamente já é demitido. Clube de futebol lá é palanque político e enquanto isso não mudar, não vejo como os clubes evoluírem. Sobre a Copa Nordeste, eu acho que é um ótimo campeonato, mas, imagino que tenha que haver outras divisões, para que os clubes pequenos possam crescer, senão, fica uma competição com um seleto grupo", finalizou.

Bônus:

Ídolos no gol:

"Rogério Ceni e Iker Casillas. O Rogério pelo fato de ter marcado história no futebol brasileiro e penso que é uma referência para quase todos da minha geração que gostam de futebol. Já o Casillas me identificava pela baixa estatura para um goleiro e pelo estilo de jogo."

Melhores goleiros atualmente:

"Gosto muito do Manuel Neuer e do Marc-André Ter Stegen, além dos brasileiros Alisson e Ederson. Para a Seleção Brasileira, o ideal é a qualidade do Alisson aliado ao jogo com os pés do Ederson (risos)"

Time com passagem mais marcante no Brasil:

"Cito 4:

-O Coruripe pelo título estadual ganho e pelo entendimento do presidente, quando recebi a proposta de Macau. 

-O Patrocinense, pois, a qualidade de vida em Patrocínio/MG era muito boa. 

-O Santa Cruz/RN, que possuía, uma estrutura de treino acima da média no Nordeste.

-Por fim, o JV Lideral/MA, que me marcou, pois, não havia preconceito e segregação entre dirigentes, funcionários e jogadores. Tanto o presidente quanto o faxineiro almoçavam juntos. Não havia discriminação no dia a dia Isso foi muito bom para o meu aprendizado como ser humano".

Crédito das fotos: Arquivo pessoal/Batista






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