segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Exclusivo! Ex-jogadores relembram os 20 anos do tricampeonato brasileiro do Vasco!

No dia 21 de agosto de 1898 um grupo de amigos fundou um clube de remo na cidade do Rio de Janeiro. Mal sabiam eles que esta agremiação seria conhecida mundialmente pelos feitos no futebol.

Uma das grandes décadas do Clube de Regatas Vasco da Gama foi a de 90. 4 Estaduais, 1 Brasileiro e 1 Libertadores.
Edmundo, craque do Brasileirão, carregado pela torcida/ Foto:Raimundo Valentim/Agência Estado

No final deste ano se completará 20 anos da conquista do tricampeonato nacional do Gigante da Colina.

Para relembrar este grande feito, o Arquivos e Histórias F.C. ,  traz como presente de 119 anos, uma reportagem sobre aquela campanha. Os entrevistados foram o ex-volante Luisinho e o ex-atacante Mauricinho.

Por fim, esta matéria ainda contou com a colaboração de dois jornalistas e apaixonados pelo esporte mais popular do mundo: Lucia Couto e Fernando de Paulo.

Confira: 
Prólogo 1:

Fora de campo:
O Brasileiro de 1997 teve início, não-oficial, no dia 24 de novembro de 1996. Nesta data houve a última rodada do Brasileiro de 96 e o Fluminense acabou rebaixado. Naquele período os clubes grandes se negavam a jogar a Série B e sempre procuravam alguma 'brecha para virar a mesa'. Com o Tricolor a situação não foi diferente.

Paralelo a isso, em maio de 1997 o Jornal Nacional divulgou uma matéria que denunciava um esquema de corrupção do presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, Ives Mendes. O caso mostrava o mandatário, através de escutas telefônicas, pedindo dinheiro para Mario Celso Petraglia e Alberto Dualib, presidentes respectivamente de Atlético/PR e Corinthians. Em troca, os clubes seriam beneficiados em campo e apoiariam Mendes na campanha a deputado federal em 1998.

O fato em si nunca foi comprovado. As denúncias pararam por aí.

Como consequências, Ives Mendes renunciou ao cargo, o Atlético/PR foi punido com a perda de 5 pontos no Brasileiro de 1997 (supostamente teria sido beneficiado em um jogo contra o Vasco na Copa do Brasil de 1997)  e houve cancelamento do rebaixamento de 1996. O Fluminense permaneceu na Série A. O presidente do clube, Álvaro Barcellos, soltou champanhe para comemorar a permanência. O Bragantino, que também havia caído em 1996, seguiu na Série A.

Prólogo 2:
Dentro de campo: A bagunça estabelecida fora de campo afetou a competição dentro das quatro linhas. Com 26 clubes a tabela teve que ser refeita. Houve 32 rodadas. Os clubes folgavam em algumas jornadas.

O grande protagonista, Vasco, estreou apenas na quarta rodada. Derrota para o Corinthians por 2 a 1 no Pacaembu.

Entretanto, os cartolas não impediram que houvesse uma chuva de gols em campo e goleadas memoráveis.O Gigante da Colina, que teve Edmundo possivelmente no auge da carreira, aplicou um inesquecível 4 a 1 sobre o Flamengo. O Animal anotou três tentos. Maricá fez o outro. Teve também o histórico 6 a 0 sobre o União São João em São Januário. Neste confronto, Edmundo anotou os seis gols da peleja e ainda perdeu um pênalti.

A finada equipe de Araras/SP, em sua última participação na Série A do Brasileiro, ainda sofreria 7 a 1 do São Paulo. O Tricolor Paulista aplicaria um histórico 5 a 0 no Cruzeiro, em pleno Mineirão. Dodô,o artilheiro dos gols bonitos, foi o autor de todos os tentos.

Os gaúchos viram o Internacional fazer 5 a 2 no Grêmio, no Olímpico. Grenal este até hoje comentado no Rio Grande do Sul. Fabiano Cachaça anotou dois gols e foi o destaque do jogo. Muitos lembram de sua passagem pelo Colorado por conta deste confronto.

O Inter ainda aplicaria um sonoro 7 a 0 no Bragantino, em Bragança Paulista, na última rodada. O curioso foi ver ao final da partida, os jogadores do Massa Bruta se abraçando e aliviados, pois mesmo com o revés escaparam do rebaixamento. Vale ressaltar, que o Inter nunca havia vencido o clube paulista em sua história. O retrospecto até então era de 2 vitórias para o Alvinegro e cinco empates.

O Grêmio ainda sofreria duas goleadas nesta edição: 5 a 0 para o Palmeiras e 6 a 0 para o Goiás.

O Palestra Itália ainda venceria o Santos pelos mesmos 5 a 0. Placar este que entre clubes paulistas se repetiu no Canindé, onde a Portuguesa bateu o Guarani.

A nota triste fica por conta do pior público registrado na história dos Campeonatos Brasileiros: apenas 55 pessoas foram ao Olímpico ver o Juventude vencer a Portuguesa por 2 a 1 (jogo válido pela segunda fase da competição).


O Tricampeonato do Vasco: 
Mauricinho, Juninho, Edmundo e Luisinho comemorando o tri!/Foto: arquivo pessoal/Mauricinho

Após os dois longos prólogos, vamos enfim falar do grande vencedor do Brasileirão de 1997: o Clube de Regatas Vasco da Gama.

"Parece que foi ontem que ganhamos esse Brasileirão. Eu tinha 32 anos e foi o meu primeiro título de Brasileiro (o outro foi em 2000). Esse time entrou muito focado para ser campeão. Tínhamos jogadores revelados e identificados no clube como Carlos Germano, Pedrinho e Felipe e outros como o Edmundo que é torcedor do Vasco, revelado no time e que estava voltando. Vieram jogadores como Nasa e a consagração de outros como Ramon e Juninho Pernambucano, que se firmaram no futebol pelo Vasco. Era um time forte e que foi ganhando confiança ao longo da competição", relembrou o ex-volante Luisinho, em entrevista exclusiva ao Arquivos e Histórias F.C. 

"Eu estava no elenco vice-campeão brasileiro de 1984 que acabou sendo derrotado pelo Fluminense na final.  Então, esse título de 1997 foi importante, pois fui campeão por um time que representa muito para a minha carreira e onde pude atuar em vários jogos", lembrou o ex-atacante Mauricinho, em entrevista exclusiva ao Arquivos e Histórias F.C.

"O nosso time era muito bom. Mesclava juventude (Pedrinho, Felipe, Ramón e Juninho Pernambucano) com veteranos (Eu,  Mauro Galvão, Luisinho e Edmundo) e um treinador que tinha o grupo na mão que era o Antônio Lopes. Eu já havia trabalhado com ele em outra passagem pelo Vasco e vi que ele tinha mudado. Ele era delegado de polícia e na primeira passagem dele, houve momentos que agia como um delegado com a gente. Gritava e xingava muito os jogadores. Era muito grosseiro. Em 1997 ele deu uma amenizada e isso fez com que o elenco gostasse mais dele", continuou Mauricinho.

Como já mencionado, a estreia foi só na quarta rodada e houve um revés diante do Corinthians por 2 a 1. Na sequência acumulou sete jogos sem derrotas (cinco vitórias e dois empates) e iniciou a briga pelo G-8. Destaque para os triunfos sobre os rivais Flamengo e Fluminense (1 a 0 e 3 a 1 respectivamente).

"Lógico que é ruim estrear perdendo. Mas depois, nós ajustamos a equipe e quando nos entrosamos deu tudo certo. Sabíamos que as vitórias viriam e fomos campeões", continuou Mauricinho.

A invencibilidade foi quebrada por uma derrota para o Santos, na Vila Belmiro, por 3 a 1. Mesmo assim, os Cruz-maltinos seguiram rumo a classificação à próxima fase e na busca pela liderança. A primeira colocação foi alcançada, de forma isolada, na 25ª  rodada em um triunfo sobre o Coritiba, no Couto Pereira, por 3 a 1. Deste duelo diante do Alviverde até a penúltima jornada foram cinco vitórias consecutivas (Botafogo, Criciúma, Atlético Mineiro e Bahia). No encerramento, derrota para o Guarani por 3 a 2, mas nada que tirasse a liderança dos vascaínos. Os comandados de Antônio Lopes tiveram 17 vitórias, 3 empates e 5 derrotas. Nenhum dos reveses ocorreu com mando do Vasco. No total, somaram 54 pontos em 25 jogos.

Na segunda fase, as oito equipes classificadas se dividiram em dois grupos de 4. A chave A contou com Vasco, Flamengo, Portuguesa e Juventude. Já o agrupamento B teve Palmeiras, Internacional, Atlético Mineiro e Santos. O primeiro de cada grupo se classificava para decidir o título.

O Vasco se garantiu em sua chave anotando 14 pontos em seis jogos. Foram 4 vitórias e 2 empates.

"Desses jogos, o que me recordo mais foram os triunfos sobre o Flamengo por 4 a 1, em que o Edmundo anotou três gols e a vitória por 3 a 0 sobre o Juventude (Olímpico) em que o Juninho Pernambucano anotou um belo gol de falta. Essas vitórias, nos atuamos muito bem e ali percebi que seríamos campeões. Jogamos com autoridade", recordou Luisinho.

A decisão seria contra o Palmeiras. Os cariocas por terem melhor campanha tinham a vantagem de jogar por dois empates.

O embate de ida ocorreu no Morumbi no dia 14 de dezembro de 1997. Os comandados de Felipão foram a campo com Veloso; Pimentel, Cléber,Roque Júnior e Júnior; Rogério, Zinho, Marquinhos e Alex;  Viola e Euller.

Já o time sediado na antiga capital federal entrou com Carlos Germano; Válber, Mauro Galvão, Odvan e Felipe; Luisinho, Nasa, Juninho Pernambucano e Ramon; Edmundo e Evair.

A partida foi movimentada. Com os dois times procurando o ataque. Houve bola na trave, na rede pelo lado de fora e boas defesas tanto do arqueiro alviverde como do cruz-maltino. Mas o placar foi 0 a 0.

O que ficou marcado foram duas atitudes do Edmundo. A primeira aos 9 minutos do segundo tempo, quando sofreu falta de um defensor palmeirense e como resposta atirou a bola no rosto dele. O árbitro Antônio Pereira da Silva deu cartão amarelo. O terceiro do Animal, que não poderia disputar o jogo da volta.

Entretanto aos 36 minutos, Edmundo tentou agredir Cléber em uma disputa de bola e acabou expulso.

"Depois que tomou o cartão amarelo, o Eurico Miranda pediu para o Edmundo forçar uma expulsão. Pedia isso durante o jogo. Ninguém em campo entendia o motivo . Edmundo cumpriu a ordem e levou o cartão vermelho. Para nós, ele estaria fora de jogo. Durante a semana, eu e o Pedrinho treinamos entre os titulares. Depois, veio uma liminar que dava garantia do Edmundo entrar em campo. Aí entendemos, que com o terceiro cartão amarelo ele automaticamente estaria fora da grande final. Não tinha o que fazer. Se ele fosse expulso, teria que ter um julgamento no Tribunal e a diretoria do Vasco poderia achar brecha na lei para absolve-lo e que ele pudesse estar em campo. Foi o que aconteceu",contou Mauricinho, que no confronto no Morumbi entrou no segundo tempo no lugar de Juninho Pernambucano.

"O Edmundo vivia um momento excepcional na carreira. Tinha uma liderança muito grande no grupo.Nós confiávamos muito nele. Era muito dedicado e nunca se escondia em um jogo. Sempre chamava a responsabilidade para si", relembrou Luisinho.

"O Edmundo era um 'cavalo'em campo.Se dedicava muito nos treinos. Corria os 90 minutos de jogo.Houve reuniões entre os jogadores para que deixássemos o Edmundo a vontade, fazer o que ele bem entendia, pois ele vinha decidindo os jogos. Tivemos alguns pequenos problemas, como o Edmundo chegar atrasado em concentrações e não aparecer para embarcar no ônibus. No entanto, nós relativizávamos esses probleminhas, afinal ele estava resolvendo. Evitávamos criar atrito por conta disso. Protegíamos, pois sabia que ele decidia, como decidiu", revelou Mauricinho.

Edmundo e Mauricinho comemorando a vitória sobre o Criciúma por 4x3/Foto: arquivo pessoal/Mauricinho


No dia 21 de dezembro, o Maracanã recebeu um público de 89.900 pessoas para a grande decisão. Antônio Lopes foi a campo com Carlos Germano; Válber, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Luisinho, Nasa, Juninho Pernambucano e Ramon; Edmundo e Evair.

Já Felipão escalou Veloso; Pimentel, Roque Júnior, Cléber e Júnior; Rogério, Galeano,Alex e Zinho; Euller e Viola.

O cotejo foi muito similar ao que aconteceu em terras paulistanas. Os dois times partiram para o ataque e proporcionaram um jogo tenso e emocionante.

Edmundo quase anotou o dele em uma bola salva na linha pela zaga palmeirense. Possivelmente o lance mais perigoso dos anfitriões.

Já o Palestra Itália teve 3 chances boas e nas 3 Carlos Germano salvou, fazendo grandes defesas. Uma delas aos 45 minutos do segundo tempo. O arqueiro é tido como um dos heróis do título.

O placar acabou igual o do Morumbi: 0x0. Por ter a melhor campanha, o C.R.V.G. se sagrou tricampeão brasileiro (as outras conquistas foram em 1974 e 1989).

"Foram dois jogos muito difíceis. Tivemos chances de vencer tanto em São Paulo como no Rio, mas o Palmeiras era um adversário duro de ser batido. Como tivemos uma melhor campanha acabamos ficando com o título", afirmou o ex-meio-campista Luisinho.

"Com dois empates fomos campeões. É lógico que queríamos ao menos ter vencido um dos jogos.Fazer dois jogos e não anotar gols, fica uma sensação de que faltou algo. No entanto, com dois empates o título ficou a gente. Isso foi excelente. Depois foi só comemorar. Festa, bebedeira, churrasco, torcida, família, dirigente. Todos juntos comemorando. Só festa. Ainda tinha o bônus de conseguir a vaga na Libertadores", contou Mauricinho.

Vale ressaltar que o artilheiro da competição foi Edmundo com 29 gols em 28 jogos disputados. O atleta até então com 25 anos se tornou o maior artilheiro da história do torneio, superando Reinaldo que na edição de 1977 anotou 28 tentos com a camisa do Atlético/MG. No momento, o feito de maior artilheiro pertence a Washington que em 2004 pelo Atlético/PR balançou as redes 34 vezes.

1998-2000
A base campeã brasileira de 1997 ainda se sagraria campeã da Libertadores em 1998. No Mundial de Clubes acabou derrotado para o Real Madrid por 2 a 1.

Em 2000, com algum resquício do time de 1997, conquistaria o título da Copa João Havelange (Brasileiro da época) e se sagraria tetracampeão. Venceria ainda de forma heroica a extinta Copa Mercosul diante do Palmeiras.

2001-17 
O ano de 2000 foi possivelmente o último grande ano do Vasco. Em 2001, com más administrações o clube carioca começou a viver um pesadelo dentro e fora de campo.  Com atraso de salários vários jogadores foram à Justiça e deixaram o clube. A equipe cruz-maltina acumularia três rebaixamentos nesse período. O primeiro foi em 2008. Depois 2013 e 15. O único momento positivo foi em 2011 com a conquista da Copa do Brasil e a ida à semifinal da Copa Sul-Americana do mesmo ano.

"Acredito que o Vasco não acompanhou a mudança que houve no futebol. Ficou parado no tempo. Não se preparou na parte administrativa e nem na estrutura de trabalho. O clube ficou para trás.Os dois últimos mandatos (Roberto Dinamite e Eurico Miranda) não atualizaram o Vasco em relação ao futebol . Um time com a história e tradição do Vasco não pode ficar nessa situação", opinou Luisinho.

"Esses dias encontrei um torcedor na rua e ele veio falar dos meus tempos de Vasco e pediu para eu voltar a jogar. Falei que infelizmente não tenho mais condições e  estou só na torcida (risos)", emendou o ex-meio-campista que tenta a vida de auxiliar-técnico.

"O Vasco foi disparado o melhor time carioca da década de 90. Deixou os seus rivais para trás. Entretanto, em 2008 houve um rebaixamento. Acreditou que com isso fosse aprender a lição e iria vir melhores administrações.Não aconteceu e vieram mais dois rebaixamento. Isso é muito triste. Eu atuei nove anos no Vasco (somando as 3 passagens) e nunca passei perto de rebaixamento", finalizou Mauricinho.

Os heróis de 1997:

Carlos Germano: Um dos principais jogadores do Vasco na década de 90 foi o goleiro Carlos Germano. O arqueiro chegou ao clube da Colina em 1985 e por lá ficou até 1999.  Em 1990 fez sua estreia como profissional e se tornou titular em 1991. Durante o período que foi o camisa 1 de São Januário, foi tetracampeão carioca (1992,93,94 e 98), campeão Brasileiro (1997), Libertadores (1998) e Rio-SP (1998). Carlos Germano Schwambach Neto é tido como um dos principais heróis do tricampeonato brasileiro, sendo decisivo na final contra o Palmeiras. Depois que deixou a equipe carioca, o capixaba de Domingos Martins/ES passou por Santos/SP, Portuguesa/SP, Botafogo/RJ, Paysandu/PA, Penafiel-POR, dentre outras equipes menores. No entanto, até hoje é lembrado como um goleiro do Vasco da Gama.

Pela Seleção Brasileira atuou em 9 partidas e integrou o elenco campeão da Copa América de 1997 e o  vice-campeão da Copa do Mundo de 1998.

Após se aposentar, trabalhou 6 anos como preparador de goleiros no Vasco (2008/14). No momento, tenta a carreira de treinador.

Mauro Galvão: Com 36 anos, o capitão do Vasco, Mauro Galvão se sagrava tricampeão brasileiro pelo terceiro time diferente. O gaúcho de Porto Alegre/RS já havia sido campeão pelo Internacional em 1979 e pelo Grêmio em 1996. Em 1986 foi vice-brasileiro pelo Bangu em uma épica campanha. Em 2000 pelo próprio Gigante da Colina seria tetracampeão nacional.

O defensor ainda atuou pelo Botafogo, onde fez parte do time campeão carioca de 1989 que saiu da 'fila' de 21 anos sem títulos. Esteve presente no bicampeonato estadual de 90 pelo Alvinegro de General Severiano.

Na equipe cruz-maltina ainda foi campeão carioca e da Libertadores de 1998, Rio-SP 1999 e da Copa Mercosul em 2000.

No exterior atuou pelo Lugano-SUI onde faturou a Copa da Suíça em 1993.

Um dos grandes defensores do futebol nos anos 80 e 90 ainda defenderia a Seleção Brasileira nas Copas do Mundo de 1986 e 90.  Faturou a Copa América de 1989.

Encerrou a carreira no Grêmio em 2002 aos 41 anos e 22 títulos na carreira.

Depois de pendurar as chuteiras, Mauro Geraldo Galvão já trabalhou como técnico e dirigente de futebol.

Odvan: Odvan Gomes da Silva era o que se chamava de 'zagueiro-zagueiro'. Sem muita técnica, o defensor se impunha em campo através do porte físico e seu estilo mais brigador.

O atleta iniciou sua carreira no Americano de Campos/RJ (clube de sua cidade natal) e após se destacar no Campeonato Carioca de 1997 foi contratado pelo Vasco.

Em São Januário viveu o auge da sua carreira, sendo titular na equipe campeã brasileira de 1997. Ficou na equipe cruz-maltina até 2001, onde foi campeão carioca e da Libertadores de 1998, Rio-SP 1999, Mercosul e Copa João Havelange de 2000.

Em 2002 se transferiu para o Santos e de lá se tornou um andarilho no futebol. Encerrou a carreira em 2013 pelo modesto São José-TO.

Pela Seleção Brasileira integrou o elenco campeão da Copa América de 1999.

Válber: Apesar de carioca e ter iniciado a carreira no futebol do Rio de Janeiro, Válber teria destaque e ganho seus primeiros títulos importantes no São Paulo. No Tricolor Paulista fez parte da equipe mais vitoriosa da história do time, onde venceu a Libertadores de 1993 e os Mundiais de 1992 e 93.

A outra equipe em que faria história seria no Vasco da Gama, onde fez parte do elenco que ganhou o Brasileiro de 1997, o Carioca e a Libertadores de 1998.

O jogador ainda atuou por Flamengo, Fluminense, Botafogo, Santos, Coritiba, dentre outros. Encerrou a carreira no América/RJ em 2008 e atualmente é técnico de futebol.

Pela Seleção Brasileira atuou em 12 jogos.

Felipe: Felipe Jorge Loureiro é tido como um ídolo e um dos grandes jogadores surgidos no Vasco na década de 90. O atleta iniciou sua carreira no mirim do Gigante da Colina e profissionalmente  foi campeão em oito oportunidades. Em 1997, ano em que foi campeão brasileiro com a equipe de São Januário, o Maestro, como é conhecido pela 'imensa torcida bem feliz', brilhou e se consagrou como o melhor lateral-esquerdo daquela temporada. Em 1998, o ala foi campeão carioca e da Libertadores pelo Gigante da Colina. No ano seguinte faturou o Rio-SP e em 2000 venceu a Copa João Havelange (o Brasileiro da época) e a Copa Mercosul em uma final épica e histórica diante do Palmeiras.

Em 2001, o carioca nascido em 1977 atuou por Palmeiras e Atlético/MG. Entre 2002/03 defendeu o Galatasaray-TUR. Retornou ao Brasil em 2003 e para defender o Flamengo, arquirrival do Vasco. Pela Gávea faturou o Estadual de 2004. Seria campeão deste mesmo torneio pelo Fluminense em 2005. Passou cinco temporadas no Catar e voltou ao Rio de Janeiro/RS em 2010 para defender o clube que o revelou: o Vasco da Gama. Em 2011 venceu a Copa do Brasil pela equipe de São Januário. Encerrou a carreira, aos 36 anos, em 2013 no Fluminense.

Pela Seleção Brasileira foram 8 partidas e nenhum gol marcado.

No momento, o Maestro é treinador de futebol e sua última equipe foi o Tigres/RJ.

Nasa: Gesiel José de Lima foi um volante que teve fama e sucesso na carreira apenas no Vasco da Gama. Foi titular da equipe campeã brasileira de 1997 e da Libertadores de 1998. O atleta iniciou a carreira no Santa Cruz/PE e passou por Ferroviário/PE, União São João/SP,Comercial/SP, Moto Club/MA e Madureira/RJ, antes de chegar a São Januário. Na Colina ficou até 2001, onde se transferiu para o futebol japonês. Retornou ao futebol brasileiro em 2003 atuando por clubes pequenos até cair no esquecimento.

Luisinho: Luis Carlos Quintanilha, o 'Luisinho', iniciou sua carreira nas categorias de base do Botafogo/RJ. O volante esteve no histórico time campeão carioca de 89 que tirou o Alvinegro da 'fila'de 21 anos sem títulos. Participou do bi-estadual de 1990. Após esses feitos, o meio-campista acertou sua ida para o Vasco da Gama, onde conquistou competições expressivas, sendo quatro vezes campeão carioca, 1992,93,94 e 98, duas vezes Brasileiro 1997 e 2000, Rio-SP em 1998 ,a Copa Mercosul em 2000 e a Libertadores de 1998 com o Esquadrão Imortal do Gigante da Colina. O atleta teve também passagens por Corinthians (vice-brasileiro de 1995) e Celta de Vigo-ESP. Pela Seleção Brasileira foram 8 jogos e 1 gol marcado.

Aos 35 anos, devido a uma lesão no tornozelo esquerdo, encerrou a carreira e investiu em empresariar atletas de futebol. Quintanilha também atuou no cargo de treinador e foi campeão da Série A-3 do Paulista pelo Rio Branco de Americana/SP. Hoje, o ex-atleta atua como auxiliar-técnico e, ao lado de Jorginho, ex-jogador e técnico do Vasco, teve uma passagem pelo Bahia em 2017.

Juninho Pernambucano: Antonio Augusto Ribeiro Reis Júnior iniciou sua carreira no Sport/PE.Na Ilha do Retiro era conhecido apenas como Juninho. Em seus primeiros anos com a camisa rubro-negra o meia nascido em 1975 já mostrava seus diferenciais como o passe, o drible e principalmente as cobranças de falta. No quesito faltas, foi um dos principais cobradores de sua geração. Pela equipe de Recife/PE, o ex-atleta foi campeão estadual e da Copa Nordeste (ambos em 1994). Em 1995 foi vendido ao Vasco, mas foi em 1997 que conseguiu se firmar na equipe carioca e de fato vingar no futebol.  Em São Januário, foi ainda campeão da Libertadores e Carioca, ambos de  1998, Rio-SP de 1999 e da Copa João Havelange e da Mercosul em 2000. Foi em 2000 que sua alcunha aumentou para 'Juninho Pernambucano', pois no elenco havia também o Juninho Paulista. O ex-meio-campista também foi o primeiro jogador de renome no futebol a conseguir a liberação de seu passe na Justiça. Sem conseguir aumento de salário no Vasco e já buscando se beneficiar da até então extinta 'Lei do Passe', o atleta foi à Justiça buscar sua liberação e poder assinar contrato com outra equipe. O destino quis que fosse o Lyon na França.  A passagem do nordestino pelo Les Gones foi épica. Juninho é tido como o maior jogador da história do Lyon. Liderou a equipe que venceu sete vezes de forma consecutiva o Campeonato Francês (2001/02 a 07/08). Apenas em sua última temporada, o sul-americano não faturou a Ligue 1. Em 2009 se aventurou no Catar, defendendo o Al-Gharafa. Pelo clube asiático, foi campeão nacional, da Catar Prince Cup (2x) e Qatari Stars Cup.  Em 2011, o 'Reizinho' anunciou seu retorno ao Vasco, onde ficou um ano e meio. Em 2013 teve uma rápida passagem pelo Red Bull-EUA e voltou no segundo semestre à Colina. No entanto, uma lesão na coxa direita fez com que atuasse pouco e não evitou o segundo rebaixamento dos cruz-maltinos no Brasileiro.  Em seguida anunciou sua aposentadoria.

Pela Seleção Brasileira, foram 40 jogos e 6 gols marcados. Fez parte do elenco campeão da Copa das Confederações de 2005 e disputou a Copa do Mundo de 2006. Em sua única participação em Copas do Mundo, Juninho atuou em três jogos e anotou um gol (no triunfo sobre o Japão por 4 a 1).

Atualmente é comentarista de futebol na Rede Globo.

Ramon: Foi mais um meia que ficou conhecido pelas cobranças de falta e pelas boas assistências que dava para os atacantes. O mineiro de Contagem/MG foi revelado pelo Cruzeiro, onde ficou até 1993. Passou por Bahia e depois pelo Vitória. Pelo Rubro-Negro fez história em 1995, onde foi artilheiro do Campeonato Baiano e um dos principais jogadores do título estadual. Depois atuou pelo Bayer Leverkusen sem muito brilho e em 1996 foi contratado pelo Vasco. No Gigante da Colina foi onde se firmou como um grande jogador de futebol. Integrou o elenco multi-campeão entre 1997/2000, sendo  um dos principais atletas. Em 2000 deixou São Januário e virou um 'andarilho`da bola. Atuou por Atlético/MG, Fluminense, Botafogo, Vasco (mais duas passagens), Atlético/PR, Vitória novamente, futebol do Japão e Catar, Joinville, Caxias e encerrou a carreira aos 41 anos na Cabofriense. Destaque sua passagem pelo JEC, onde foi campeão brasileiro da Série C. No Rubro-Negro baiano se sagrou ainda tricampeão estadual (2008,09 e 10).

Pela Seleção Brasileira foram 6 partidas e um gol marcado.

Atualmente tenta a vida como treinador de futebol.

Evair: Um dos principais atacantes dos anos 90 atuou por vários times brasileiros, mas ficou marcado com a camisa do Palmeiras. Fez o gol do Campeonato Paulista de 1993 que tirou o Verdão da 'seca'de 16 anos sem títulos. O mineiro de Ouro Fino/MG iniciou sua carreira no Guarani/SP e fez parte do elenco vice-campeão brasileiro de 1996. Com boas atuações no Brinco de Ouro da Princesa , o atacante se transferiu para Atalanta. Poucos sabem, mas em sua passagem pela Itália, fez dupla de com o lendário atacante argentino Claudio Caniggia. Em 1992 foi contratado pelo Palmeiras e foi quando apareceu para o futebol brasileiro. Com seu faro de matador, Evair ajudou o Palestra Itália a ser campeão paulista (93 e 94) e brasileiro (93 e 94). Em 1995 se transferiu para o Japão e retornou ao Brasil em 1997 para atuar no Atlético/MG.No entanto, seu outro bom momento seria no Vasco em 1997 formando novamente uma boa dupla de ataque com Edmundo (seu companheiro dos tempos de Palmeiras), onde foi campeão brasileiro. No ano seguinte atuou na Portuguesa, voltou a ter uma breve passagem pelo Parque Antártica. Em 2000 se transferiu para o São Paulo. Como era muito identificado com a camisa do Palmeiras, a torcida tricolor não aceitou muito bem a vinda do atleta que pouco se destacou. Depois passou por Goiás, Coritiba, e Figueirense, encerrando a carreira em 2003.

Pela Seleção Brasileira foram 9 jogos e 1 gol.

Atualmente tenta a vida como treinador.

Edmundo: Edmundo Alves Souza Neto iniciou sua carreira no futsal do clube do bairro onde passou sua infância em Niterói/RJ. Aos 9 anos foi levado para o Vasco. Teve uma rápida passagem pelo Botafogo, retornando a São Januário, ondee fez sua estreia profissional em 1991. Dono de um currículo conturbado, o 'Animal', como ficou conhecido, viveu seu auge no Gigante da Colina, onde se destacou ganhando a Bola de Ouro da Revista Placar e nota 10 como o maior astro do Brasileirão de 1997. Contudo, dois anos antes, o craque se envolveu em um acidente de carro, culminando com a morte de três pessoas. Passou uma noite na cadeia. Edmundo também é ídolo no Palmeiras, onde foi campeão paulista em 1993, tirando o clube da fila de 16 anos sem título. Pelo Verdão foi campeão brasileiro do mesmo ano e estadual e nacional de 1994. Pelo Palestra Itália, o futebolista tem mais de 100 gols anotados.

Edmundo ainda atuou por Flamengo, Corinthians, Santos, Cruzeiro, Fluminense,Napoli-ITA, Fiorentina-ITA , Figueirense, Nova Iguaçu e futebol japonês.

Pela Seleção Brasileira, fez sua estreia em 1992, mas em 1997 viveu seu auge, anotando um dos gols do título da Copa América. Integrou o elenco vice-campeão da Copa do Mundo de 1998.

Encerrou a carreira em 2008 no Vasco, clube que torce desde a infância. Entretanto a despedida veio apenas em 2012 em um amistoso contra o Barcelona-EQU.

Investindo na sua carreira como apresentador, Edmundo trabalha como comentarista esportivo da Fox Sports.

Alex Pinho:  Alex Sandro Pinho foi mais um jogador revelado nas categorias de base do Vasco e que fez sucesso no profissional. Participou de 4 conquistas estaduais, ganhou 1 Brasileiro, 1 Libertadores e o Rio-SP de 1999. Em 1999 se transferiu para o Bahia e depois passou por Náutico, Santa Cruz, Sport, Paysandu, futebol árabe e depois por times menores até cair no esquecimento.

Filipe Alvim:  O lateral-direito fez sua estreia como profissional no Vasco no Brasileiro de 1997. Entrou no decorrer do jogo contra o Internacional e fez o gol que deu a vitória ao Gigante da Colina por 2 a 1.  Melhor estreia impossível. Seguiu no elenco principal, mas sem ser muito utilizado. Em 1998 foi campeão da Libertadores e Carioca pela própria equipe de São Januário. Sem se firmar como titular acabou emprestado ao Bahia, Santa Cruz e Coritiba. Em 2002 deixou a equipe cruz-maltina e foi defender o Juventude/RS. Na sequência atuou no Académica-POR e em 2004 foi para o Corinthians. No Alvinegro do Parque São Jorge descobriu que tinha problemas cardíacos e teve que encerrar a carreira aos 26 anos.

Maricá: Revelado pelo Vasco, Maricá fez sua estreia profissional em 1997 e participou do título do Brasileiro. Integrou os times que forem campeões carioca e da Libertadores em 1998 e do Rio-SP em 1999. No entanto, nunca se firmou entre os titulares e deixou São Januário em 2001 para defender o Santa Cruz. Sérgio Silva de Souza perambulou por times brasileiros e do exterior sem muito sucesso. Encerrou a carreira em 2012.

Nélson: Volante revelado no Botafogo, foi contratado pelo Vasco em 1995 e viveu o seu melhor momento da carreira. Era um meio-campista 'burucutu' e que fazia o jogo feio com a intenção de parar o adversário. Pelo Gigante da Colina faturou o Brasileiro de 1997, o Carioca e a Libertadores de 1998. Depois passou por times médios e pequenos do Brasil até cair no esquecimento.

Pedrinho: Mais um bom jogador revelado no Vasco nos anos 90. Pedro Paulo de Oliveira desde criança vestiu a camisa da equipe cruz-maltina e passou por todas as categorias de base do clube de São Januário. O meia se destacava por suas habilidades e nas finalizações. Se firmou na equipe principal durante o Campeonato Brasileiro de 97. No entanto, foi na Libertadores de 98, com boas atuações que o meio-campista virou ídolo na Colina. Em 1998, o atleta sofreu sua primeira lesão grave no joelho. Tanto o joelho direito como o esquerdo prejudicaram muito a carreira do meio-campista que não conseguia ter sequência de jogo e teve uma carreira menos badalada do que o seu potencial mostrava.  Permaneceu na equipe carioca até 2001. Se transferiu para o Palmeiras, onde em quatro anos, pouco atuou. Também passou por Santos/SP,onde foi campeão paulista, Figueirense/SC, Olaria/RJ e futebol asiático. Se aposentou dos gramados em 2013, aos 36 anos, em um amistoso do Vasco contra o Ajax da Holanda.

Pela Seleção Brasileira atuou apenas em um amistoso.

É mais um ex-futebolista que tenta a carreira de treinador.

Mauricinho: Maurício Poggi Villela fez parte de duas gerações vitoriosas do Vasco. Atuou entre 1984/88 ao lado de promessas como Romário e veterano como Roberto Dinamite. Nesse período foi bicampeão carioca. Em 1989 foi contratado pelo Palmeiras, onde pouco jogou. Contou ainda com passagens por Remo/PA, Bragantino/SP, Ponte Preta/SP, Botafogo/RJ e clubes de Espanha, Portugal e Japão. Teve uma segunda passagem pelo Vasco em 1991 e depois em 1997, onde foi campeão brasileiro. Era um reserva e já veterano no time que o mostrou para o futebol.Fez parte do elenco campeão da Libertadores de 1998. Encerrou sua carreira no Comercial de Ribeirão Preto/SP, time de sua cidade natal e que foi seu primeiro time como atleta, em 2000.

Pela Seleção Brasileira foi campeão sul-americano sub-19 e campeão mundial sub-20, ambos em 1983.

No momento é auxiliar-técnico.

César Prates: Promessa do futebol brasileiro que não vingou. O lateral-esquerdo iniciou a carreira no Internacional e chamou a atenção pelas cobranças de falta e por atuar muito bem ofensivamente. Mesmo jovem foi convocado para a Seleção Brasileira e com boas atuações se transferiu para o Real Madrid. No clube espanhol não foi aproveitado e após uma temporada foi contratado pelo Vasco. Chegou ao clube merengue para ser titular no Brasileirão de 97. No entanto, não foi muito bem e aos poucos foi perdendo espaço no clube. Saiu em 1998 e perambulou por times brasileiros e europeus, mas sem muito destaque.  Sua última equipe foi o Náutico em 2010, aos 35 anos.


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