Montagem: Flávio Diniz |
Confira:
Grupo E
Brasil
(Por Flávio Diniz)
Banhado a leste pelo oceano
atlântico com uma costa litorânea de mais de sete mil quilômetros, o Brasil é o
quinto maior país do mundo com mais de oito milhões de quilômetros quadrados.
Nossa biodiversidade é a maior do mundo. A flora é composta por mais de 55 mil
espécies de plantas, aproximadamente 22% do total de plantas de todo o planeta.
Também estamos no topo da diversidade de mamíferos e peixes de água doce.
No Brasil, o cristianismo é de
longe a maior religião, representando mais de 86% da população. Católicos tem
64% do total e evangélicos aparecem com 22%. Nossa economia já viu dias
melhores e vivemos em meio a crises políticas e sociais e mesmo no futebol,
onde sempre fomos referências, não estamos nos nossos melhores dias.
Em 2014, o Brasil sediou a Copa do
Mundo da FIFA. E talvez, nem mesmo o mais pessimista dos brasileiros poderia
imaginar um final tão trágico. O clima era festivo e todos os torcedores
esperavam exorcizar os fantasmas da copa de 1950, quando o Brasil perdeu para o
Uruguai pelo placar de 2×1 em um Maracanã com quase 200 mil pessoas. A derrota
para os irmãos sul-americanos, no entanto, perdeu os ares de “tragédia
futebolística” após o atropelamento germânico ao qual fomos submetidos pela
semifinal da copa há mais de três anos. Sete gols da seleção que se sagraria
tetra campeã após vencer a Argentina na final, o que acabou trazendo um pouco
de alívio para os brasileiros, pois levar a maior sacolada de sua história e
ainda ver seu maior rival comemorando um título em sua casa seria insano.
Com a chegada do técnico Tite e a
notável melhora de desempenho, a esperança de apagar essa terrível lembrança
reacende na mente do torcedor brasileiro. Apesar da grande goleada, o Brasil
continua sendo a única seleção a participar de todas as edições de copa do
mundo e a maior vencedora do torneio, com cinco títulos (1958, 1962, 1970, 1994
e 2002), um a mais do que Itália e Alemanha (atual campeã).
No metal, a cena brasileira é também uma das mais repletas do
mundo. E seria fácil chegar aqui e escolher nomes como Sepultura, Angra,
Krisiun ou Ratos de Porão, lendas consagradas no mundo inteiro e com uma imensa
legião de fãs. No entanto, uma banda que merece muito reconhecimento pelo longo
e honesto trabalho ao metal nacional é o Vulcano. Fundada em 1981 e com dez
álbuns de estúdio, os paulistas já transitaram pelo Black e Death Metal e hoje
são referencias consolidadas no Thrash Metal. Em 2016, a banda lançou um
documentário falando sobre sua trajetória, intitulado “Os Portais do Inferno Se
Abrem: A História do Vulcano”. Abaixo indicamos o lyric-video da música “Behind The Curtains”do
último álbum “XIV”, lançado em 2016 e muito bem recebido por
críticos e fãs.
Suíça
(Por Flávio Diniz)
Chocolates, canivetes, queijos,
relógios e estações de esqui nos Alpes são algumas das referências que remetem
imediatamente ao país vizinho de Alemanha, França, Itália e Áustria. Com
temperatura média de 10° Celsius e frequentemente abaixo de zero no inverno.
A Suíça possui quatro idiomas
oficiais, além de outros dialetos. O alemão é o idioma mais falado, seguido de
francês, italiano e o romanche, uma língua românica e descendente do latim. O
país não pertence à União Europeia e a moeda utilizada por lá é o próprio
Franco Suíço, que vale menos que o Euro, mas mais do que o Dólar. Apesar de não
ter se envolvido muito na Segunda Guerra Mundial, a Suíça preparou muito bem
sua defesa, construindo trinta mil bunkers nucleares. Esse número seria
suficiente para guardar toda a população suíça contra qualquer ataque pelo
período de um ano. O número de habitantes do país é de cerca de oito milhões e
trezentos mil, quase quatro milhões a menos que a cidade de São Paulo.
Apesar de nunca ter tido grandes
destaques no futebol mundial, a Suíça chega a sua décima copa, sendo terceira
seguida e ocupa o quarto lugar no ranking da FIFA, atrás apenas dos campeões
mundiais Brasil, Alemanha e Argentina. A sede da maior instituição de futebol
mundial, aliás, localiza-se na maior cidade do país, Zurique. Na Copa do Mundo
de 2006, na vizinha Alemanha, a seleção da Suíça deixou o torneio nas oitavas
de final. O curioso é que o país foi eliminado de forma invicta, sem perder
nenhuma partida e sem levar nenhum gol. Na fase de grupos empatou em 0x0 com a
França, e venceu Togo e Coréia do Sul, ambos pelo placar de 2×0. Classificou-se
em primeiro lugar no grupo G, com sete pontos. Nas oitavas de final viu-se de
frente à Ucrânia. O jogo terminou empatado em 0x0 e a Ucrânia venceu a disputa
de pênaltis por 3×0.
Também de Zurique vem a banda escolhida para representar o país
europeu. Com as atividades iniciadas em 2002, a linha do ELUVEITIE é o
Folk/Death Metal executado por nada menos que nove integrantes. É tanta gente
que não deve caber em muitos palcos por aí. As letras de suas músicas abordam a
cultura celta, batalhas e história helvética. O nome da banda também teve a
ideia nessa temática, ELUVEITIE segundo a própria banda, significa “O
Helvético” em gaulês. A banda possui uma extensa discografia, com EPs, singles,
álbuns ao vivo e claro, álbuns de estúdio. São sete álbuns full-length e três
ao vivo. Os suíços apoiam o movimento anti racismo no heavy metal, intitulado
Metalheads Against Racism, que conta com muitas bandas ao redor do mundo.
Abaixo, você confere o clipe muito bem produzido da faixa “The Call of The Mountains”do
álbum “Origins”,
lançado em 2014.
Nota: Vale lembrar que o grande
Celtic Frost, um dos pioneiros do Black Metal mundial foi o maior representante
do metal suíço. Seu nome e sua importância para a música extrema são bem
conhecido de grande parte dos headbangers. No entanto optamos por divulgar uma
banda ainda na ativa e com menor reconhecimento mundial.
Costa Rica
(Por Leonardo Cantarelli)
A Costa Rica é um belo país da
América Central, porém pouco conhecido. Quer belas praias? Tem! Quer escalar
montanhas e passar um bom tempo no mato? Tem! Quer ver vulcões? Tem!!
O que mais podemos esperar desse
país encravado na América Central?
Um povo acolhedor, hospitaleiro e
que ama futebol! Sim, são tão fanáticos quanto nós sul-americanos.
Por onde anda se encontra crianças
jogando futebol e os estádios sempre lotados.
Os costarriquenhos vão para a
quinta Copa do Mundo de sua história e vão querer repetir a façanha de 2014
quando chegaram até as quartas de final. Naquela ocasião, os Ticos passaram em
primeiro lugar na sua chave que tinha Inglaterra, Itália e Uruguai. Superaram a
Grécia nas oitavas de final e pararam na fase seguinte nos pênaltis pela
Holanda.
O grande destaque da equipe é o
goleiro Keylor Navas titular absoluto do Real Madrid. É tido, por aquelas
bandas, como o jogador de mais êxito da história da Costa Rica. Os
meio-campistas Bryan Ruiz e Celso Borges (este filho de pai brasileiro) são os
outros destaques.
Mas e o metal costarriquenho?
Assim, como as praias, os vulcões
e o futebol, existe Heavy Metal e dos bons. Bandas pouco conhecidas no Brasil,
mas que compensa ganhar uns minutos do dia ouvindo-as.
A que esta matéria recomenda é a
SIGHT OF EMPTINESS. Fundada em 2005 na capital San José (uma bela cidade,
diga-se de passagem), a banda lançou 3 cds e pratica um Brutal Death Metal
Melódico de deixar qualquer um com torcicolo de tanto bangear!!
Em sua trajetória, já participou
de um festival na Inglaterra, tocou no Japão com o Krisiun e em seu país abriu
shows para Slayer, Megadeth e Black Sabbath.
¡Mira la cancion y Vamos, Ticos!
Sérvia
(Por Flávio Diniz)
A Sérvia é mais um pequeno país
europeu. Localizado no sudeste do continente, faz fronteira com diversos
países, como Bósnia e Herzegovina, Croácia, Macedônia, Albânia, Romênia,
Bulgária, Hungria e Montenegro. Este último país separou-se da Sérvia em 2006.
O país Sérvia e Montenegro durou apenas três anos. Sua dissolução ocorreu
quando Montenegro declarou sua independência em 3 de junho de 2006. Dois dias
depois, a Sérvia fazia o mesmo, encerrando de vez a história de Sérvia e
Montenegro como um único país e deixando os sérvios sem praia, pois seu país
não possui saída pelo mar. Essa região pertence somente à Montenegro agora. A
Sérvia surgiu após a desintegração da antiga Iugoslávia e sua capital Belgrado
é uma das mais antigas da Europa, com sete mil anos.
A história da Seleção sérvia não é
tão rica, pois é muito curta. Participou de apenas uma copa do mundo dessa
maneira. Foi no ano de 2010, na África do Sul, quando foi eliminada ainda na
fase de grupos perdendo para Austrália e Gana, mas conquistando uma
surpreendente vitória sobre a Alemanha. No ano de 2006, a seleção
classificou-se para o torneio como Sérvia e Montenegro e estreou sob esse nome
dias após a dissolução dos dois países. A campanha foi ainda pior do que em
2010. Eliminada também na fase de grupos, não conquistou nenhum ponto. Sofreu
três derrotas em um grupo muito complicado para Costa do Marfim, Holanda e
Argentina. Para os sul-americanos, uma goleada de 6×0. A FIFA reconhece a
Sérvia como “herdeira” das campanhas da antiga Iugoslávia. O antigo país
possuía campanhas mais sólidas do que atualmente. Suas melhores campanhas foram
um terceiro lugar na Copa do Mundo do Uruguai em 1930, a primeira das copas e
um quarto lugar em 1962, no Chile.
НАДИМАЧ ou NADIMAC é o nome da banda que escolhemos para
representar os sérvios. A principal característica é que a banda canta suas
músicas em seu próprio idioma, o que dificulta até mesmo para encontrar seus
álbuns e músicas. O som é um speed thrash metal crossover na linha do Municipal
Waste e as letras abordam temas como o sarcasmo, humor negro, liberação animal
e críticas sociais. Fundada na capital Belgrado em 2003, os bangers possuem
muitos registros em sua carreira. Vários splits, além de cinco álbuns de
estúdio compõem sua discografia. Confira abaixo o videoclipe da música “Poslednji Pogled Sa Visine”
presente no álbum “Nejebanježivesile”.
Grupo F
Alemanha
(Por Leonardo Cantarelli)
Ah, os alemães, the germans,i
tedeschi, die deutschen…enfim, cada língua os chamam de um modo, mas
indubitavelmente é um povo que o mundo todo admira.
Suas escolas que revelaram vários
filósofos que influenciaram o modo de vida da nossa sociedade. Suas festas,
ricas em cerveja e chucrutes (oktoberfes).Seus filmes densos e ricos em
conteúdos.Suas belas cidades são exemplos de estrutura para todo o mundo.
O futebol e o heavy metal, claro,
jamais ficariam de fora.
Um povo apaixonado pelo esporte
mais popular e que em Copas do Mundo foi muito traiçoeiro com seleções que eram
tidas como favoritas.
Seu primeiro título do principal
torneio entre seleções veio em 1954. Um azarão diante da poderosa Hungria de
Ferenc Puskas.
Os húngaros eram a grande sensação
do futebol nos anos 50 e no Mundial realizado na Suíça tripudiavam seus
adversários sem dó nem piedade. Na primeira fase enfrentaram os alemães e
meteram 8 a 3.
O Nationalef no entanto chegou até
a final e enfrentou novamente os húngaros e venceu por 3 a 2. Para
muitos uma zebra o título alemão e até hoje os amantes do futebol lamentam o
revés dos húngaros em Berna.
20 anos depois, o grande time que
comandava o futebol era a Holanda. O carrossel holandês era liderado por Joyahn
Cruyff e deixava os adversários ‘tontos’em campo. As trocas de posição, nos
jogos, dos atletas dos países-baixos era constante (exceção ao goleiro) e os
marcadores se perdiam durante o jogo.
A Oranje chegou favorita na
decisão diante dos anfitriões do torneio, a Alemanha. No entanto, Franz
Beckenbauer e Cia, se inspiraram em Fritz Walter e Cia em 1954,e bateram os
arquirivais por 3 a 2. Festa alemã e um choque nos amantes do futebol.
Em 2014 a Copa foi realizada no
Brasil. Os organizadores eram pentacampeões do mundo e queriam buscar o hexa e
o primeiro título dentro de seus domínios.
O time de Luis Felipe Scolari era
uma porcaria. Mas aos trancos e barrancos chegou a semifinal. O adversário era
a Alemanha. O embate em Belo Horizonte/MG todos lembram. Um 7 a 1 engasgado até
hoje no orgulho tupiniquim. Na final, os europeus bateram a Argentina e
conquistaram o quarto título de sua história (o outro foi em 1990).
A Alemanha chega pronta na Rússia
para buscar a quinta estrela. Tem o melhor time, um ótimo elenco e está
entrosada. Tem plenas condições de buscar o título.
Já a música alemã sempre foi
referência para o mundo. Para o rock e o heavy metal germânico quem abriu as
portas foi o Scorpions no início dos anos 80. De lá surgiram vários grupos de
Metal.
Tanto o Power Metal, como Speed
Metal e o Thrash dos anos 80 são referências até hoje na cena headbanger.
Sem contar que o Wacken Open Air,
localizado numa pequena cidade ao norte daquele país, é o maior evento de heavy
metal do mundo. Uma meca para os fãs deste estilo que sempre querem estar lá ao
menos uma vez na vida.
Para celebrar essa boa dose de
Metal, futebol e cerveja nada como indicar o TANKARD.
O grupo faz um thrash metal old
school, bebe muita cerveja e ama futebol. O vocalista Andrea Gerre foge do
estereótipo que conhecemos dos alemães. Quem vai aos shows percebe que é um
cara descontraído, amigável, fanfarrão e que adora tirar sarro do público. Como
se fosse íntimo de todos.
Todos os membros da banda são
torcedores fanáticos do Eintracht Frankfurt, clube da cidade natal do quarteto
e são sócios-torcedores. No aniversário de 100 anos do clube, a banda compôs
uma música chamada: ‘Schwarz Weiss wie Schnee’ e que até hoje é tocada nos
estádios.
Confira neste clipe a canção :
México
(Por Flávio Diniz)
O México é conhecido por muitos
motivos. A terra dos tacos, nachos, tequila, pirâmides e, claro, do Chaves e
Chapolim. Além de ter sido neste país, mais especificamente na península de Iucatã,
que um asteroide de mais de dez quilômetros de diâmetro chocou-se contra a
superfície do planeta, criando uma cratera de 180 quilômetros de diâmetro e
posteriormente dizimou a vida dos dinossauros no planeta. O país está
localizado no anel de fogo ou círculo de fogo do pacífico. Essa região possui
mais de 450 vulcões e aproximadamente 75% dos vulcões ativos do mundo. Além do
meteoro, terremotos e vulcões, a capital mexicana, Cidade do México está
afundando cerca de 20 centímetros por ano. A cidade foi construída sobre um
lago e a informação preocupa autoridades e população, pois os riscos de
enchentes aumentam a cada ano.
O maior campeão da Copa Ouro da
CONCACAF conquista mais uma vaga para uma edição de Copa do Mundo. Os mexicanos
foram a quinta seleção a se garantir no torneio a ser disputado na Rússia e a
classificação veio com certa tranquilidade. Após vencer o Panamá pelo placar de
1×0, o país alcançou seu objetivo com três rodadas de antecedência. Será a
décima sexta copa do mundo do México de um total de 21 edições. Suas duas
melhores campanhas foram em 1970 e em 1986. Em ambos os casos, os mexicanos
eram os anfitriões do evento e foram eliminados nas quartas de final. Com
exceção dos anos em que não conquistou a classificação, os mexicanos também
ficaram de fora do torneio realizado na França em 1938, devido a um boicote
organizado pelas seleções sul-americanas ao continente europeu e em 1990 na
Itália por ter sido desclassificada por utilizar jogadores acima da idade na
disputa das eliminatórias para o Mundial sub-20 em 1988. O caso ficou conhecido
como Escândalo dos Cachirules e todas as seleções do país foram banidas pela
FIFA de competições internacionais por dois anos.
O técnico da seleção mexicana é o
colombiano Juan Carlos Osório que comandou o time do São Paulo por apenas cinco
meses em 2015, quando deixou o clube paulista justamente para assumir o comando
dos latino-americanos. Osório deve contar em seu elenco com Guillermo Ochoa,
goleiro que teve destaque na última copa do mundo, Carlos Salcedo que atua na
Fiorentina, os atacantes Giovani dos Santos, Javier “Chicharito” Hernández e
outros.
A banda escolhida para representar os mexicanos chama-se ACRANIA.
Fundada em 2005 na Cidade do México, a banda certamente não passa despercebida,
pois inova com uma mistura interessante de estilos. Seu som é basicamente um
Thrash/Death Metal. A novidade, porém vem na influência do jazz latino.
Trompetes, saxofones e bongôs juntam-se ao peso da banda. O resultado é
diferente e de fato, muito interessante. Não é apenas uma junção maluca de
instrumentos e estilos, tudo é muito bem construído. O baixo aparece com
bastante destaque, ditando o ritmo com muitos grooves. Se você está procurando
algo que foge do óbvio no metal, ouça ACRANIA sem medo. Abaixo, a música “People of The Blaze”
do álbum “Fearless”,
lançado em 2015.
Suécia
(Por Leonardo Cantarelli)
Dentre os chamados países nórdicos
da Europa, a Suécia, sem dúvida é a que mais tem tradição no futebol e em Copas
do Mundo. Os Blagults irão para a sua 12ª participação no torneio mais
importante do mundo. Em 11 edições, acabaram chegando a quatro semifinais
(1938,50,58 e 94) e em uma decisão , onde perdeu, em casa, para o Brasil em
1958, por 5 a 2.
É curioso notar como brasileiros e
suecos se encontram em Copas do Mundo. Foram sete embates, com cinco triunfos
dos sul-americanos e dois empates.Os suecos retornam à Copa, após duas edições
ausentes. Nas Eliminatórias, os comandados de Jan Andersson tiveram que jogar a
repescagem e de forma histórica despacharam a tetracampeã Itália. Os Azzurri
não ficavam fora de um Mundial desde 1958.
No primeiro confronto,entre
Auriazuis e italianos,em Estocolmo, os anfitriões venceram por 1 a 0. Na volta
a peleja terminou sem gols.
O grande destaque dos suecos está
aposentado da seleção : Zlatan Ibrahimovic. Nas duas vezes que o atacante
tentou levar seu país para uma Copa acabou desclassificado. O futebolista do
Manchester United havia anunciado que não defenderia mais as cores da Suécia.
A equipe conseguiu, por
coincidência, uma vaga, sem a presença do atleta de 35 anos. Há um clamor
nacional para que ele seja chamado para o evento na Rússia. Ele sem dúvida fará
a diferença em um time bem montado, mas limitado tecnicamente. Com Ibra (em
boas condições físicas), os suecos podem sonhar com um desempenho digno.
Já no Heavy Metal, as bandas
nórdicas são consagradas no mundo todo. A Suécia, ao lado da Finlândia, são os
países daquela região que mais tem grupos famosos e com fãs nos quatro cantos
do planeta.
Falando apenas dos suecos, podemos
citar desde o hard/glam (Crashdiet, The Poodles), passando pelo Death Melódico
de Gotemburgo (Arch Enemy,Dark Tranquility, In Flames), pelo Heavy Melódico
(Hammerfall), Viking Metal (Amon Amarth) e até o Black Metal (Bathory).Com
certeza faltaram bandas nessa lista. Impossível lembrar de todas as renomadas.
O meu destaque vai para uma das
mais lendárias: ARCH ENEMY
O grupo formado pelos irmãos Amott
(Michael ex-Carcass e Cristopher) inicialmente contou com Johan Oliva no vocal
e Daniel Erlandsson na bateria. Com esta formação foram lançados três álbuns
clássicos: Black Earth, Stigmata e Burning Bridges.
No entanto, Johan Oliva acabou
deixando a banda e de forma surpreendente quem assumiu os vocais foi uma
mulher: Angela Gossow.
A notícia chocou, na época, o
mundo do metal. Ninguém acreditava que uma mulher poderia substituir um homem,
principalmente em uma banda de Death Metal Melódico. Como ficaria o vocal
gutural?
Entretanto, a alemã mostrou
personalidade e capacidade para cantar as músicas de seu antecessor. Foi uma
surpresa positiva. Uma mudança de conceito musical em vários headbangers. Ela
cantava e muito bem. Músicas como Bury me Angel, Stigmata , dentre outras
casaram com a voz de Gossow.
Com a ‘frontwoman’, os
Arqui-Inimigos lançaram seis álbuns. Todos bons, mas destaques para Wages of
Sin e Khaos of Legion.
Em 2014, Gossow anunciou sua saída
dos vocais. Segue como empresária. Sua substituta é a canadense Alissa
White-Gluz. A pegada segue a mesma e já foram lançados dois discos de inéditas.
O ARCH ENEMY é aquela banda que
mesmo com trocas de vocalistas nunca lançou um álbum decepcionante. Todos valem
a pena escutar.
A canção que destaco é do tempo de
Angela Gossow: Will We rise!
Coreia do Sul
(Por Flávio Diniz)
A Coreia do Sul não é somente
Gangnam Style. Clipe do artista Psy, assistido mais de três bilhões de vezes no
Youtube. O país possui uma das civilizações mais antigas do mundo. Arqueólogos
afirmam que a península coreana foi ocupada desde o Paleolítico Inferior,
período que iniciou-se há três milhões de anos e se estendeu até duzentos e
cinquenta mil anos atrás. Até o ano de 1945, as Coreias do Sul e do Norte eram
um único país. Em consequência da segunda guerra mundial o país dividiu-se em
dois. O território mais ao sul do país ficou sob influência dos Estados Unidos,
ao passo que o território ao norte foi dominado pela União Soviética.
Recentemente, a Coreia do Sul vive em conflito e o clima permanece tenso com
sua vizinha, comandada por Kim Jong-un.
Em 2018, a Coréia do Sul chegará à
sua nona copa do mundo seguida, décima no total. Desde 1982, o país não sabe o
que é ficar de fora do torneio. Após uma participação ruim em 2014 no Brasil,
quando foram eliminados ainda na fase de grupos, terminando em último colocado
do grupo H, com apenas um empate e duas derrotas, os sul-coreanos torcem por
dias melhores na grande Rússia. Certamente tendo em mente o inesquecível ano de
2002, quando ao lado do Japão foram os anfitriões da Copa do Mundo e tiveram
(até hoje) a melhor campanha de sua história. O país classificou-se em primeiro
lugar do grupo D, que tinha Portugal, Estados Unidos e Polônia. Com duas
vitórias e um empate, alcançou os sete pontos e posteriormente chegou a uma
incrível semifinal, deixando para trás grandes equipes como Itália (oitavas de
final) e Espanha (quartas de final). Foi impedida de chegar à final pela
Alemanha, que derrotou o país pelo placar de 1×0. Na disputa pelo terceiro
lugar contra a Tunísia, os sul-coreanos sofreram sua segunda derrota, dessa vez
por 3×2 e se despediram da Copa com um honroso quarto lugar.
Park Ji-Sung é sem dúvidas o maior
ídolo da história do país no futebol. Meio-campista, atuou pelo Manchester
United, equipe onde o jogador mais se destacou. Foi atleta dos “red devils” por
sete anos, disputou mais de duzentas partidas e balançou as redes 27 vezes. Foi
lá também onde conquistou a maioria de seus títulos, como campeonato inglês,
Liga dos Campeões da Europa, mundial de clubes da FIFA, dentre outros.
O Hard Rock e o Power metal são os estilos mais fortes na Coreia
do Sul. Grande parte das bandas que encontramos neste país segue esses estilos.
No entanto, há uma variedade significativa de bandas por lá também. Uma das
bandas que se destacou para nós é o MAHATMA, de Daejeon, a quinta maior
metrópole do país, com mais de um milhão e meio de habitantes e distante a
cerca de 140 quilômetros da capital Seul. O estilo executado pela banda é um
Thrash Metal rápido, pesado e técnico, com algumas influências de heavy metal.
Fundada em 1993, a banda possui três álbuns de estúdio e um single. O último
trabalho é o full-length lançado em 2016, intitulado de “New Justice”. A faixa “Deafness” está presente neste álbum e foi a
escolhida para apresentarmos aos nossos leitores. Confira abaixo:
Grupo G
Bélgica
(Por Leonardo Cantarelli)
A atual geração belga é tida como
uma das mais promissoras do futebol. Foi bem na Copa do Mundo no Brasil, apesar
de não mostrar um futebol brilhante. Terá, em 2018, a chance de vingar e
conseguir um resultado melhor do que em 2014 quando chegou às quartas de final.
Elenco e capacidade técnica há.
O goleiro Thibaut Courtois,os
defensores Jan Vertoghen, Thomas Veermalen,os meio-campistas Radja Nainggolan,
Kevin de Bruyne, Maouane Fellaini, e o atacante Romeru Lukaku são atletas de
ponta que atuam em grandes clubes europeus e tentarão repetir o feito dos Rode
Duivels dos anos 80. Geração esta que deixa orgulhoso até hoje os belgas e é
referência para todos os futebolistas daquele país. Naquela década, os
países-baixos foram vice-campeões europeus (1980) e semifinalistas da Copa do
Mundo de 1986.
Nomes, como o goleiro Jean-Marie
Pfaff, o lateral Eric Gerets, Van Moer e Julien Colls (meio-campistas) são
lembrados e idolatrados até hoje na Terra do Rei Fillipe.
Sobre Heavy Metal, anos 80 e
geração atual o grande orgulho dos belgas é o EVIL INVADERS.
A banda, que é oriunda da região dos Flanders, lançou seu primeiro
álbum, “Pulses
of Pleasure” em 2015 e o som é um excelente Speed Metal que nos
faz voltar à boa década de 80, lembrando nomes como Annihilator, Iron Angel,
Flots and Jetsam, por exemplo.
Vocal rasgado, guitarras com
longos solos melódicos e riffs thrashs, além de uma ‘cozinha’ bem pesada.
Em 2017, lançaram o segundo álbum de estúdio: “Feed my violence”,
que segue a mesma qualidade do primeiro.
Um bom grupo de Metal que
representa e vinga bem os anos 80. Será que dentro de campo, os comandados de
Roberto Martinez superarão as expectativas?
Enquanto aguardemos os resultados da Copa, apreciem EVIL INVADERS
com a música: “Fast, Loud ‘N’ rude”.
Allons-y, Belgique
Laten we Belgie gaan!
Panamá
(Por Flávio Diniz)
Quando você ouve o nome do país
centro-americano, provavelmente duas coisas lhe vem à cabeça. A primeira é o
chapéu panamá, conhecido e comercializado no mundo todo e a segunda é a música
de 1984 do Van Halen. No entanto, nenhum dos dois foi feito no Panamá. O chapéu
é oriundo do Equador. A palha com a qual é produzido o chapéu, é originária de
uma palma que só cresce nas proximidades da costa equatoriana entre 100 e 400
metros de altitude. O nome do chapéu vem do canal do Panamá que estava sendo
construído na época. O país era muito importante comercialmente e logo o chapéu
passou a ser exportado e posteriormente comercializado em lojas que abriram no
vizinho da América Central. Com isso a associação ao Panamá tornou-se
inevitável ao longo dos anos. A música com refrão conhecido, cantada e tocada
por integrantes em roupas extravagantes, obviamente não vem do país também. A
música foi lançada no álbum 1984 da banda americana Van Halen e é um dos
grandes sucessos do grupo.
O Panamá, no entanto, não se
resume a dois itens não produzidos em suas terras. O país é o mais meridional
da América Central, isto é, o mais ao sul. Faz divisa com a Colômbia e a Costa
Rica. A população é de mais de quatro milhões de habitantes. Devido à sua
geografia privilegiada, o Panamá é banhado pelo Oceano Atlântico e pelo Oceano
Pacífico e é um dos raros lugares no mundo onde se pode apreciar o nascer do
sol em um oceano e o pôr do sol em outro. O canal do Panamá é uma das
principais fontes de recursos do país. Os Estados Unidos tiveram seu controle
por muitos anos e somente em 1999 o país da América Central passou a ser o
responsável pela sua administração. Sua construção levou 35 anos e a vida de
aproximadamente 25 mil pessoas. Uma média de duas por dia.
Pela primeira vez na história o
Panamá jogará uma Copa do Mundo. E o fato se concretizou com direito a um
roteiro épico. Na última rodada das eliminatórias, os panamenhos receberam em
um estádio apinhado de torcedores, os já classificados costa-riquenhos, e
saíram atrás do placar aos 36 da primeira etapa. Após conseguirem um empate com
um gol irregular aos 7 minutos do segundo tempo, o Panamá seguia vendo seu sonho
se desmoronando até que aos 42, o zagueiro e capitão Román Torres recebe uma
bola dentro da área e fuzila como um centroavante nato. O estádio vem abaixo,
locutores e torcedores às lágrimas. Minutos depois o país garantia sua primeira
vaga em copas do mundo. O feito foi tão emocionante que o presidente declarou
feriado nacional após a classificação.
O Panamá possui uma boa variedade de bandas. Há uma vantagem de
bandas mais extremas em relação à bandas de Heavy/Power Metal. Grindcore, Black
e principalmente o Death Metal estão bastante presentes na cena metal do país.
Uma das bandas que se destacou em nossa pesquisa não está mais na ativa.
Encerrou suas atividades em 2016. Da capital panamenha, a banda EQUINOXIO
destilava um Black Metal rápido, atmosférico e cheio de blast beats. Suas
letras abordavam o ocultismo, morte, anti-cristianismo e filosofia. Em doze
anos de estrada, a banda que teve um trio em sua formação por quase todo esse
tempo, gravou três álbuns de estúdio, uma demo e dois splits. O primeiro split
foi gravado com a banda Capitis Damnare da Alemanha e o segundo com a banda
Morbid Funeral da Costa Rica. A faixa que recomendamos recebeu o título de “Raise The Furious Hunt”
e é a faixa que abre o álbum lançado em 2011 e tem, provavelmente, o maior
título de álbum que já vi na vida: “By The Serpent And The Will (For Those Who Chose Not To Serve, But
To Rule And To Conquer)”.
Tunísia:
(Por Leonardo Cantarelli)
O Egito teve a honra de ser a
primeira seleção africana a disputar uma Copa do Mundo. Isso foi em 1934. No
entanto, a Tunísia se orgulha de ser a primeira nação da África a vencer uma
partida de Copa do Mundo.
Os tunisianos eram debutantes no
Mundial de 1978 e logo na estreia bateram o México por 2 a 1. A equipe do norte
da África ainda marcaria presença nas edições de 1998, 2002 e 06. As campanhas
foram idênticas somando apenas um ponto e desclassificada na fase de grupos.
O curioso é que seu único triunfo
em Copas do Mundo aconteceu no primeiro jogo de sua história.
Após dois mundiais ausentes, as
Águias de Cartago retornam e tem como meta pela primeira vez ir ao
mata-mata. No entanto, o elenco não tem nenhum grande destaque e
precisará cair em uma chave fácil para sonhar com voos mais altos.
No Heavy Metal, assim como várias
bandas africanas, é difícil encontrar alguma tunisiana em evidência. Mesmo com
a internet, poucos grupos conseguem uma divulgação grande e ainda perdem muito
espaço para bandas europeias e norte-americanas.
O grupo que destaco e é um dos
mais famosos é o MYRATH. O quinteto iniciou as atividades em 2006 e possui 4
álbuns de estúdios.
Praticam um Prog Metal com
influências da cultura local. Isso faz com que saia um som único. Um Metal com
toques de música ‘árabe’. Bem interessante de conhecer.
Confira:
Inglaterra
(Por Flávio Diniz)
A Inglaterra é um país icônico. Se
o Brasil é o país do futebol, foi lá onde ele passou a ter regras mais
definidas e passou a ser melhor organizado. Se o metal hoje existe no mundo
todo, é de lá que vem as principais e mais tradicionais bandas de metal e rock
n’ roll. Se os pubs ganharam variedades de estilos e alcançaram lugares
inusitados, a sua casa é lá. O país dos Beatles e Rolling Stones, da rainha e
seus famosos guardas reais, das cabines telefônicas vermelhas e do Big Ben, do
chá e da pontualidade, Sherlock Holmes e Harry Potter. Foi lá também onde
surgiram outros esportes como cricket, badminton, hockey de grama, rugby, tênis
e tênis de mesa. As referências são infindáveis e o país realmente tem muito a
oferecer em tecnologia, cultura, esportes, história e demais outros assuntos.
Para detalhar melhor o país, seriam necessários alguns dias, no mínimo.
A Inglaterra não inventou o
futebol, mas certamente teve muita importância para o esporte, organizando as
primeiras disputas e campeonatos. O país levou o título de inventores do
futebol por terem sido os primeiros a usar o termo “futebol”. Sua seleção é
sempre tida como um grande nome em torneios como Eurocopa e Copa do Mundo, mas
seu desempenho na maioria das vezes acaba por frustrar os torcedores. Em 1966,
o país sediou a copa do mundo da FIFA e sagrou-se campeão após derrotar a
Alemanha Ocidental pelo placar de 4×2. Em 1996, também como anfitriões do
evento, a Inglaterra fez sua melhor campanha em Eurocopas, chegando à semifinal
daquela edição. Vinte anos após conquistar seu único título em Copa do Mundo,
os ingleses chegaram ao México lutando pelo bi campeonato. Nessa ocasião
ficaram pelo caminho nas quartas de final ao perderem por 2×1 para a Argentina
com o famoso gol de mão de Diego Armando Maradona, ou como ficou conhecido após
declaração do polêmico ídolo argentino, “La Mano de Diós”. Em 2018, a
Inglaterra procura se reinventar para apagar a terrível campanha de 2014,
quando perdeu para Itália e Uruguai e arrancou apenas um empate em 0x0 com a Costa
Rica, que classificou-se como líder de um grupo com três campeões mundiais.
Falar de metal e rock n’ roll na Inglaterra não é uma tarefa
fácil. Escolher apenas uma banda para representar o país de Iron Maiden, Black
Sabbath, Deep Purple, Motörhead, Judas Priest, Carcass, Napalm Death, Venom e
muitas outras é quase impossível. Portanto, optamos por um dos maiores
representantes do metal como um todo, com fãs fieis e uma extensa discografia.
Essa escolha também serve como uma forma de homenagear o eterno ícone Lemmy
Kilmister. Com 40 anos de carreira, 22 álbuns de estúdio, 13 álbuns ao vivo,
diversas coletâneas e incontáveis shows ao redor do mundo, o Motörhead é sem
dúvida uma das maiores bandas de metal de todos os tempos. Lemmy morreu em
2015, quatro dias após completar 70 anos de idade e deixou um verdadeiro legado
para fãs e para o estilo ao despejar por décadas suas notas em um baixo
pesadíssimo acompanhadas de um vocal rouco e próprio em um microfone lá no
alto. Do álbum de 1995, “Sacrifice”, indicamos o videoclipe da
faixa-título. Um petardo com guerras, mulheres seminuas e muito metal. Mais
Lemmy, impossível!
Grupo H
Polônia
(Por Flávio Diniz)
Foi na Polônia que iniciou-se a
segunda guerra mundial. Após a invasão da Alemanha ao país vizinho, França e
Grã-Bretanha, que tinham compromissos de ajuda aos poloneses exigiram a
paralisação da invasão imediatamente. Hitler não atendeu ao ultimato e a guerra
foi declarada em 3 de setembro de 1939. A segunda guerra mundial arrastou-se
até 1945 e deixou mais de 50 milhões de mortos. Destes, seis milhões eram
poloneses, dos quais 95% eram civis. O país perdeu território e a capital
Varsóvia ficou despovoada e em ruínas. Os principais campos de concentração
localizavam-se na Polônia, como Treblinka, Sobibor e o mais conhecido
Auschwitz. Deixando a guerra totalmente no passado, o país está hoje entre os
vinte países mais pacíficos do mundo, seus alunos estão entre os melhores do
mundo em domínios de leitura, ciências e matemática e a expectativa de vida
neste país é de 78,20 anos, segundo dados de 2015, aproximadamente quatro a
mais que no Brasil, por exemplo. A Polônia foi a terra natal da cientista Marie
Curie, vencedora de dois prêmios Nobel (química e física). No entanto,
naturalizou-se francesa, pois a universidade de Cracóvia a recusou pelo fato de
ser mulher.
Doze anos desde sua última
participação, os poloneses estão de volta à Copa do Mundo. Não conquistavam uma
classificação desde 2006, na Alemanha. Na ocasião, a seleção caiu no grupo A e
foi eliminada ainda na fase inicial, após perder para o Equador e para os donos
da casa e conquistar uma vitória na última rodada contra a Costa Rica. Com três
pontos, encerrou o torneio em terceiro colocado do grupo. Suas melhores
campanhas ocorreram nos anos de 1974 na Alemanha e em 1982 na Espanha. Em ambos
os casos, a Polônia foi para a disputa do terceiro lugar e venceu, derrotando
Brasil e França, respectivamente. A Copa de 2018 será a oitava participação dos
europeus no continente e os polacos depositam suas fichas especialmente em
Robert Lewandowski, atacante de 29 anos que atua no Bayern de Munique.
Ultimamente o país da Europa central possui uma grande safra de
bandas extremas. Provavelmente influenciados por grandes nomes do metal mundial
e conterrâneos como Vader, Decapitated e Behemoth. Envolvidos em polêmicas, na
maioria das vezes cometidas por seu líder Nergal, como fotos com símbolos e
pessoas religiosas, nossa escolhida para representar o país é justamente o
BEHEMOTH. Fundado em 1991 na cidade de Gdańsk. O som que era estritamente Black
metal, hoje mescla elementos de Death Metal em suas composições. São dez álbuns
de estúdio, além de outros EPs, discos ao vivo e compilações. O vídeo
selecionado é o bem produzido clipe do single “Blow Your Trumpets Gabriel”,
de 2013.
Colômbia
(Por Flávio Diniz)
Vizinha de Venezuela, Brasil,
Equador e Peru, a Colômbia é um belo país banhado pelo Oceano Pacífico. Seu
café é considerado um dos melhores do mundo e muito famoso. Além disso, suas
rosas também são muito apreciadas nos demais países e o país é o primeiro e
maior produtor de esmeraldas do mundo. Além de possuir uma linda geografia e um
povo muito acolhedor, o governo e o próprio povo colombiano têm trabalhado para
dissociar a imagem do país à imagem da violência e do narcotráfico responsável
pela produção e exportação de milhares de toneladas de drogas e mais de 260 mil
mortos. E o plano tem dado tão certo que o país é um dos mais visitados da
América do Sul. A procura de brasileiros pela Colômbia cresce consideravelmente
a cada ano. Em 2014 mais de 124 mil brasileiros desembarcaram por lá. Esse
número representou um aumento de 39% em relação ao ano anterior e é justamente
com o turismo e ótima recepção a estrangeiros que os colombianos têm melhorado
a imagem da sua terra.
A Colômbia chegará, no ano que
vem, à sua sexta participação em copas do mundo. A seleção esteve presente nas
edições de 1962, 1990, 1994, 1998 e 2014. Foi em sua última participação que os
sul-americanos obtiveram a melhor campanha de sua história, encerrando o
torneio em quinto lugar, ao serem eliminados pelos anfitriões por 2×1. Antes
disso, na fase de grupos, os colombianos classificaram-se com facilidade para
as oitavas de final com 100% de aproveitamento, derrotando a Grécia (3×1), a
Costa do Marfim (2×1) e o Japão (4×1). Coincidentemente, a Colômbia teve dois
confrontos seguidos contra equipes sul-americanas na fase eliminatória. O
primeiro foi nas oitavas de final contra o Uruguai, onde venceu por 2×0 e o
segundo foi nas quartas de final contra o Brasil. A Colômbia conta com bons jogadores
como James Rodríguez (Bayern de Munique), Cuadrado (Juventus), Falcão Garcia
(Mônaco) e Mina e Borja (Palmeiras), além de outros.
Alguns dos grandes nomes do metal colombiano optaram ao longo do
tempo por se mudarem para outros lugares, especialmente para os Estados Unidos.
Essa mudança facilita o acesso do público às bandas, pois o mercado é maior e a
estrutura costuma ser melhor. La Pestilencia, Inquisition e Internal Suffering
são três exemplos dentre as mais conhecidas bandas de metal da Colômbia que
migraram para solo norte-americano. Qualquer uma das três representaria bem o
país, portanto, escolhemos a INTERNAL SUFFERING, com um Brutal Death Metal
Técnico, abordando o caos, a morte, demonologia, os mito de Cthulu e Thelema,
filosofia por vezes associada ao ocultismo. A banda iniciou suas atividades na
cidade de Pereira em 1996. Posteriormente mudaram-se para Nova Iorque, nos
Estados Unidos e atualmente estão em Madri, na Espanha. Seu primeiro disco foi
lançado em 1999 e de lá pra cá mais quatro álbuns de estúdio completam a
carreira dos colombianos. Abaixo, sugerimos o lyric-video da faixa-título do
último álbum da banda, “Cyclonic Void of Power”, lançado em 2016.
Japão
(Por Leonardo Cantarelli)
Nem Pelé, nem Garrincha, nem
Ronaldo e nem Neymar. O grande ídolo do futebol japonês é brasileiro sim e é
conhecido por Zico!
Arthur Antunes Coimbra é tão ídolo
do Japão como do Flamengo.
O Galinho de Quintino atuou em
terras nipônicas entre 1991 e 94 e revolucionou o esporte no país asiático.
Mesmo em final de carreira, Zico
ainda era um dos grandes nomes do futebol mundial e com suas atuações pelo
Kashima Antlers ajudou a profissionalizar e popularizar o esporte na Terra do
Sol Nascente.
Atualmente, o futebol divide a
popularidade com o beisebol.
A primeira participação dos
Samurais em Copas do Mundo foi em 1998. A edição da Rússia será a sexta e
de forma consecutiva. A intenção é repetir o mesmo desempenho de 2002 (quando
foi co-sede com a Coreia do Sul) e 2010 quando chegou até as oitavas de final.O
destaque fica por conta do meia Shinji Kagawa atualmente no Borussia Dortmund
da Alemanha.
Nesse período houve muitos
brasileiros que se naturalizaram nipônicos e defenderam o Japão em Copas do
Mundo. Em 1998 o elenco contava com o atacante Wagner Lopes. Em 2002 foi o
lateral Alex Santos. Quatro anos depois, o ala esteve no plantel que era
dirigido pelo ídolo Zico. Em 2010 foi a vez de Marcus Túlio Tanaka defender os
asiáticos em evento ocorrido na África do Sul.
Já no Heavy Metal a ligação entre
tupiniquins e samurais também é grande. Os japoneses adoram grupos que os fazem
bangear a cabeça e muitas bandas estrangeiras fazem sucesso lá.
Com as brasileiras não é
diferente. Não só Sepultura e Angra são adorados, como Viper deixou a sua marca
e mais recentemente Hibria, Shadowside e Krisiun.
Mas e grupos japoneses de metal
existem? Claro que a pergunta é retórica, afinal existem, mas
dificilmente fazem sucesso fora de suas fronteiras. Não possuem o mesmo mercado
que grupos europeus, brasileiros, estadunidenses e canadenses.
Um grande destaque e que vale a
pena ouvir é o LOUDNESS. O grupo originário de Osaka está na ativa desde 1981 e
já lançou 27 álbuns de estúdio.
Ao longo de sua trajetória, o
LOUDNESS perambulou entre o Hard Rock e o Heavy Metal tradicional (com algumas
calcadas no melódico).
Em 2013, os japoneses estiveram no
Brasil e participaram da terceira edição do Live’n ‘Louder, ocorrida em São
Paulo/SP.
O destaque vai para a música “Crazy nights”
do sexto álbum de estúdio “Thunder in the East”.
Senegal
(Por Flávio Diniz)
O idioma oficial de Senegal é o francês,
porém é pouco falado. A maioria da população fala línguas étnicas e elas são
muitas. Existe uma lista com trinta e seis línguas que são faladas no país.
Dentre essas, o mais falado é o wolof. Como primeira ou segunda língua atinge
80% da população. Curiosamente, a Gâmbia é um país que fica cercado por Senegal
e pelo Oceano Atlântico. Os dois países chegaram a formar uma confederação que
tinha o nome de Senegâmbia, que durou entre 1982 e 1989, quando foi dissolvida
por divergências entre os países. É em Senegal que se localiza o lago Retba,
provavelmente o único no mundo que tem a água cor-de-rosa. A coloração é
resultado da alta concentração de sal, que pode chegar a 40%.
Os senegaleses participaram pela
primeira vez de uma edição de Copa do Mundo no ano de 2002, na copa da Coréia
do Sul e Japão. E sua estreia foi surpreendente. Logo em seu jogo inicial,
venceram a então campeã do mundo França pelo placar de 1×0. Nos dois jogos
seguintes dois empates com Dinamarca (1×1) e Uruguai (3×3). Os resultados deram
ao país africano 5 pontos, o que lhes levou ao segundo lugar do grupo A, dois
pontos atrás da líder Dinamarca. Dessa maneira, as duas seleções favoritas do
grupo eram eliminadas na primeira fase do torneio. A França, que havia
conquistado seu primeiro título na edição anterior em sua casa, com uma péssima
campanha era eliminada com um mísero ponto, proveniente de um empate em 0x0 com
o Uruguai. Nas oitavas de final, Senegal surpreendeu mais uma vez, despachando
para casa a seleção da Suécia pelo placar de 2×1 e alcançando as
quartas-de-final já se consagrava com uma das oito melhores seleções da copa do
mundo. Nessa etapa, Senegal viu-se de frente à Turquia e deu adeus ao sonho de
voos mais altos após perder pelo placar de 1×0.
Dezesseis anos depois de sua
estreia e única participação, o país está de volta ao maior torneio de seleções
do mundo. Com grande parte de seu elenco atuando no futebol europeu, a seleção
deposita suas esperanças na experiência de seus jogadores pela convivência nos
melhores campeonatos do mundo. Liverpool, West Ham United, Sunderland, Granada,
Atalanta, Werder Bremen e Olympique de Marseille são algumas das equipes que
contam com jogadores da seleção senegalesa dentre seus contratados.
A expressão “agulha em palheiro” já pode ser substituída por
“banda de metal em Senegal”, estendendo-se também para “bandas de rock”.
Iniciamos nossa busca pelo site metal-archives, que foi a principal ferramenta
utilizada nesse especial, e não encontramos nada. Seguimos para Google, Youtube
e Facebook e a busca continuava não resultando em nada. Entramos em contato com
páginas, bandas e fãs do continente africano, além de bandas que já passaram
por lá e nenhuma única banda nos foi sugerida até o fechamento desta matéria. A
última cartada foi um contato com Edward Banchs, autor do livro “Heavy Metal Africa”.
Ficamos surpresos com a rapidez da resposta do autor, mas infelizmente, segundo
o próprio, a África Ocidental é um lugar muito calmo quando se trata de metal.
Existem apenas algumas bandas naquela região e a maioria vem da Nigéria.
Agradecemos mais uma vez ao escritor, que respondeu com exclusividade ao
especial Copa do Metal no Portal do Inferno. Assim sendo, fecharemos este
especial com apenas 31 bandas, concluindo quase 100% do nosso objetivo, mas
deixando um pensamento. Senegal já foi considerado o 12º país mais pobre do
mundo em uma lista de 2009 e tem o 18º pior IDH do continente africano, de um
total de 53 países. Juntamos os pontos e chegamos à conclusão que esse fator
pode contribuir para a inexistência ou pela divulgação muito fraca de bandas
desse estilo por lá. Infelizmente, o metal não é acessível para todo mundo,
pois há a necessidade da compra de instrumentos, custos para a produção de
eventos, ensaios, etc. Assim, sendo, finalizamos pedindo para você que conhece
alguma banda de metal deste país, entre em contato conosco, que ficaremos muito
felizes em editar a matéria e ceder os devidos créditos ao “garimpeiro”.
Crédito: divulgação |
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