sexta-feira, 8 de junho de 2018

Arquivo! Copa do Metal: futebol e heavy metal parte II

Dando sequência ao especial Copa do Metal, publicado originalmente, no Portal do Inferno, segue abaixo os grupos E,F, G e H.

Montagem: Flávio Diniz


Confira:

Grupo E
Brasil
(Por Flávio Diniz)
Banhado a leste pelo oceano atlântico com uma costa litorânea de mais de sete mil quilômetros, o Brasil é o quinto maior país do mundo com mais de oito milhões de quilômetros quadrados. Nossa biodiversidade é a maior do mundo. A flora é composta por mais de 55 mil espécies de plantas, aproximadamente 22% do total de plantas de todo o planeta. Também estamos no topo da diversidade de mamíferos e peixes de água doce.
No Brasil, o cristianismo é de longe a maior religião, representando mais de 86% da população. Católicos tem 64% do total e evangélicos aparecem com 22%. Nossa economia já viu dias melhores e vivemos em meio a crises políticas e sociais e mesmo no futebol, onde sempre fomos referências, não estamos nos nossos melhores dias.
Em 2014, o Brasil sediou a Copa do Mundo da FIFA. E talvez, nem mesmo o mais pessimista dos brasileiros poderia imaginar um final tão trágico. O clima era festivo e todos os torcedores esperavam exorcizar os fantasmas da copa de 1950, quando o Brasil perdeu para o Uruguai pelo placar de 2×1 em um Maracanã com quase 200 mil pessoas. A derrota para os irmãos sul-americanos, no entanto, perdeu os ares de “tragédia futebolística” após o atropelamento germânico ao qual fomos submetidos pela semifinal da copa há mais de três anos. Sete gols da seleção que se sagraria tetra campeã após vencer a Argentina na final, o que acabou trazendo um pouco de alívio para os brasileiros, pois levar a maior sacolada de sua história e ainda ver seu maior rival comemorando um título em sua casa seria insano.
Com a chegada do técnico Tite e a notável melhora de desempenho, a esperança de apagar essa terrível lembrança reacende na mente do torcedor brasileiro. Apesar da grande goleada, o Brasil continua sendo a única seleção a participar de todas as edições de copa do mundo e a maior vencedora do torneio, com cinco títulos (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002), um a mais do que Itália e Alemanha (atual campeã).
No metal, a cena brasileira é também uma das mais repletas do mundo. E seria fácil chegar aqui e escolher nomes como Sepultura, Angra, Krisiun ou Ratos de Porão, lendas consagradas no mundo inteiro e com uma imensa legião de fãs. No entanto, uma banda que merece muito reconhecimento pelo longo e honesto trabalho ao metal nacional é o Vulcano. Fundada em 1981 e com dez álbuns de estúdio, os paulistas já transitaram pelo Black e Death Metal e hoje são referencias consolidadas no Thrash Metal. Em 2016, a banda lançou um documentário falando sobre sua trajetória, intitulado “Os Portais do Inferno Se Abrem: A História do Vulcano”. Abaixo indicamos o lyric-video da música “Behind The Curtains”do último álbum “XIV”, lançado em 2016 e muito bem recebido por críticos e fãs.


Suíça
(Por Flávio Diniz)
Chocolates, canivetes, queijos, relógios e estações de esqui nos Alpes são algumas das referências que remetem imediatamente ao país vizinho de Alemanha, França, Itália e Áustria. Com temperatura média de 10° Celsius e frequentemente abaixo de zero no inverno.
A Suíça possui quatro idiomas oficiais, além de outros dialetos. O alemão é o idioma mais falado, seguido de francês, italiano e o romanche, uma língua românica e descendente do latim. O país não pertence à União Europeia e a moeda utilizada por lá é o próprio Franco Suíço, que vale menos que o Euro, mas mais do que o Dólar. Apesar de não ter se envolvido muito na Segunda Guerra Mundial, a Suíça preparou muito bem sua defesa, construindo trinta mil bunkers nucleares. Esse número seria suficiente para guardar toda a população suíça contra qualquer ataque pelo período de um ano. O número de habitantes do país é de cerca de oito milhões e trezentos mil, quase quatro milhões a menos que a cidade de São Paulo.
Apesar de nunca ter tido grandes destaques no futebol mundial, a Suíça chega a sua décima copa, sendo terceira seguida e ocupa o quarto lugar no ranking da FIFA, atrás apenas dos campeões mundiais Brasil, Alemanha e Argentina. A sede da maior instituição de futebol mundial, aliás, localiza-se na maior cidade do país, Zurique. Na Copa do Mundo de 2006, na vizinha Alemanha, a seleção da Suíça deixou o torneio nas oitavas de final. O curioso é que o país foi eliminado de forma invicta, sem perder nenhuma partida e sem levar nenhum gol. Na fase de grupos empatou em 0x0 com a França, e venceu Togo e Coréia do Sul, ambos pelo placar de 2×0. Classificou-se em primeiro lugar no grupo G, com sete pontos. Nas oitavas de final viu-se de frente à Ucrânia. O jogo terminou empatado em 0x0 e a Ucrânia venceu a disputa de pênaltis por 3×0.
Também de Zurique vem a banda escolhida para representar o país europeu. Com as atividades iniciadas em 2002, a linha do ELUVEITIE é o Folk/Death Metal executado por nada menos que nove integrantes. É tanta gente que não deve caber em muitos palcos por aí. As letras de suas músicas abordam a cultura celta, batalhas e história helvética. O nome da banda também teve a ideia nessa temática, ELUVEITIE segundo a própria banda, significa “O Helvético” em gaulês. A banda possui uma extensa discografia, com EPs, singles, álbuns ao vivo e claro, álbuns de estúdio. São sete álbuns full-length e três ao vivo. Os suíços apoiam o movimento anti racismo no heavy metal, intitulado Metalheads Against Racism, que conta com muitas bandas ao redor do mundo. Abaixo, você confere o clipe muito bem produzido da faixa “The Call of The Mountains”do álbum “Origins”, lançado em 2014.
Nota: Vale lembrar que o grande Celtic Frost, um dos pioneiros do Black Metal mundial foi o maior representante do metal suíço. Seu nome e sua importância para a música extrema são bem conhecido de grande parte dos headbangers. No entanto optamos por divulgar uma banda ainda na ativa e com menor reconhecimento mundial.



Costa Rica
(Por Leonardo Cantarelli)
A Costa Rica é um belo país da América Central, porém pouco conhecido. Quer belas praias? Tem! Quer escalar montanhas e passar um bom tempo no mato? Tem! Quer ver vulcões? Tem!!
O que mais podemos esperar desse país encravado na América Central?
Um povo acolhedor, hospitaleiro e que ama futebol! Sim, são tão fanáticos quanto nós sul-americanos.
Por onde anda se encontra crianças jogando futebol e os estádios sempre lotados.
Os costarriquenhos vão para a quinta Copa do Mundo de sua história e vão querer repetir a façanha de 2014 quando chegaram até as quartas de final. Naquela ocasião, os Ticos passaram em primeiro lugar na sua chave que tinha Inglaterra, Itália e Uruguai. Superaram a Grécia nas oitavas de final e pararam na fase seguinte nos pênaltis pela Holanda.
O grande destaque da equipe é o goleiro Keylor Navas titular absoluto do Real Madrid. É tido, por aquelas bandas, como o jogador de mais êxito da história da Costa Rica. Os meio-campistas Bryan Ruiz e Celso Borges (este filho de pai brasileiro) são os outros destaques.
Mas e o metal costarriquenho?
Assim, como as praias, os vulcões e o futebol, existe Heavy Metal e dos bons. Bandas pouco conhecidas no Brasil, mas que compensa ganhar uns minutos do dia ouvindo-as.
A que esta matéria recomenda é a SIGHT OF EMPTINESS. Fundada em 2005 na capital San José (uma bela cidade, diga-se de passagem), a banda lançou 3 cds e pratica um Brutal Death Metal Melódico de deixar qualquer um com torcicolo de tanto bangear!!
Em sua trajetória, já participou de um festival na Inglaterra, tocou no Japão com o Krisiun e em seu país abriu shows para Slayer, Megadeth e Black Sabbath.
¡Mira la cancion y Vamos, Ticos!


Sérvia
(Por Flávio Diniz)
A Sérvia é mais um pequeno país europeu. Localizado no sudeste do continente, faz fronteira com diversos países, como Bósnia e Herzegovina, Croácia, Macedônia, Albânia, Romênia, Bulgária, Hungria e Montenegro. Este último país separou-se da Sérvia em 2006. O país Sérvia e Montenegro durou apenas três anos. Sua dissolução ocorreu quando Montenegro declarou sua independência em 3 de junho de 2006. Dois dias depois, a Sérvia fazia o mesmo, encerrando de vez a história de Sérvia e Montenegro como um único país e deixando os sérvios sem praia, pois seu país não possui saída pelo mar. Essa região pertence somente à Montenegro agora. A Sérvia surgiu após a desintegração da antiga Iugoslávia e sua capital Belgrado é uma das mais antigas da Europa, com sete mil anos.
A história da Seleção sérvia não é tão rica, pois é muito curta. Participou de apenas uma copa do mundo dessa maneira. Foi no ano de 2010, na África do Sul, quando foi eliminada ainda na fase de grupos perdendo para Austrália e Gana, mas conquistando uma surpreendente vitória sobre a Alemanha. No ano de 2006, a seleção classificou-se para o torneio como Sérvia e Montenegro e estreou sob esse nome dias após a dissolução dos dois países. A campanha foi ainda pior do que em 2010. Eliminada também na fase de grupos, não conquistou nenhum ponto. Sofreu três derrotas em um grupo muito complicado para Costa do Marfim, Holanda e Argentina. Para os sul-americanos, uma goleada de 6×0. A FIFA reconhece a Sérvia como “herdeira” das campanhas da antiga Iugoslávia. O antigo país possuía campanhas mais sólidas do que atualmente. Suas melhores campanhas foram um terceiro lugar na Copa do Mundo do Uruguai em 1930, a primeira das copas e um quarto lugar em 1962, no Chile.
НАДИМАЧ ou NADIMAC é o nome da banda que escolhemos para representar os sérvios. A principal característica é que a banda canta suas músicas em seu próprio idioma, o que dificulta até mesmo para encontrar seus álbuns e músicas. O som é um speed thrash metal crossover na linha do Municipal Waste e as letras abordam temas como o sarcasmo, humor negro, liberação animal e críticas sociais. Fundada na capital Belgrado em 2003, os bangers possuem muitos registros em sua carreira. Vários splits, além de cinco álbuns de estúdio compõem sua discografia. Confira abaixo o videoclipe da música “Poslednji Pogled Sa Visine” presente no álbum “Nejebanježivesile”.



Grupo F
Alemanha
(Por Leonardo Cantarelli)
Ah, os alemães, the germans,i tedeschi, die deutschen…enfim, cada língua os chamam de um modo, mas indubitavelmente é um povo que o mundo todo admira.
Suas escolas que revelaram vários filósofos que influenciaram o modo de vida da nossa sociedade. Suas festas, ricas em cerveja e chucrutes (oktoberfes).Seus filmes densos e ricos em conteúdos.Suas belas cidades são exemplos de estrutura para todo o mundo.
O futebol e o heavy metal, claro, jamais ficariam de fora.
Um povo apaixonado pelo esporte mais popular e que em Copas do Mundo foi muito traiçoeiro com seleções que eram tidas como favoritas.
Seu primeiro título do principal torneio entre seleções veio em 1954. Um azarão diante da poderosa Hungria de Ferenc Puskas.
Os húngaros eram a grande sensação do futebol nos anos 50 e no Mundial realizado na Suíça tripudiavam seus adversários sem dó nem piedade. Na primeira fase enfrentaram os alemães e meteram 8 a 3.
O Nationalef no entanto chegou até a final e enfrentou novamente os húngaros e venceu  por 3 a 2.  Para muitos uma zebra o título alemão e até hoje os amantes do futebol lamentam o revés dos húngaros em Berna.
20 anos depois, o grande time que comandava o futebol era a Holanda. O carrossel holandês era liderado por Joyahn Cruyff e deixava os adversários ‘tontos’em campo. As trocas de posição, nos jogos, dos atletas dos países-baixos era constante (exceção ao goleiro) e os marcadores se perdiam durante o jogo.
A Oranje chegou favorita na decisão diante dos anfitriões do torneio, a Alemanha. No entanto, Franz Beckenbauer e Cia, se inspiraram em Fritz Walter e Cia em 1954,e bateram os arquirivais por 3 a 2. Festa alemã e um choque nos amantes do futebol.
Em 2014 a Copa foi realizada no Brasil. Os organizadores eram pentacampeões do mundo e queriam buscar o hexa e o primeiro título dentro de seus domínios.
O time de Luis Felipe Scolari era uma porcaria. Mas aos trancos e barrancos chegou a semifinal. O adversário era a Alemanha. O embate em Belo Horizonte/MG todos lembram. Um 7 a 1 engasgado até hoje no orgulho tupiniquim. Na final, os europeus bateram a Argentina e conquistaram o quarto título de sua história (o outro foi em 1990).
A Alemanha chega pronta na Rússia para buscar a quinta estrela. Tem o melhor time, um ótimo elenco e está entrosada. Tem plenas condições de buscar o título.
Já a música alemã sempre foi referência para o mundo. Para o rock e o heavy metal germânico quem abriu as portas foi o Scorpions no início dos anos 80. De lá surgiram vários grupos de Metal.
Tanto o Power Metal, como Speed Metal e o Thrash dos anos 80 são referências até hoje na cena headbanger.
Sem contar que o Wacken Open Air, localizado numa pequena cidade ao norte daquele país, é o maior evento de heavy metal do mundo. Uma meca para os fãs deste estilo que sempre querem estar lá ao menos uma vez na vida.
Para celebrar essa boa dose de Metal, futebol e cerveja nada como indicar o TANKARD.
O grupo faz um thrash metal old school, bebe muita cerveja e ama futebol. O vocalista Andrea Gerre foge do estereótipo que conhecemos dos alemães. Quem vai aos shows percebe que é um cara descontraído, amigável, fanfarrão e que adora tirar sarro do público. Como se fosse íntimo de todos.
Todos os membros da banda são torcedores fanáticos do Eintracht Frankfurt, clube da cidade natal do quarteto e são sócios-torcedores. No aniversário de 100 anos do clube, a banda compôs uma música chamada: ‘Schwarz Weiss wie Schnee’ e que até hoje é tocada nos estádios.
Confira neste clipe a canção :

México
(Por Flávio Diniz)
O México é conhecido por muitos motivos. A terra dos tacos, nachos, tequila, pirâmides e, claro, do Chaves e Chapolim. Além de ter sido neste país, mais especificamente na península de Iucatã, que um asteroide de mais de dez quilômetros de diâmetro chocou-se contra a superfície do planeta, criando uma cratera de 180 quilômetros de diâmetro e posteriormente dizimou a vida dos dinossauros no planeta. O país está localizado no anel de fogo ou círculo de fogo do pacífico. Essa região possui mais de 450 vulcões e aproximadamente 75% dos vulcões ativos do mundo. Além do meteoro, terremotos e vulcões, a capital mexicana, Cidade do México está afundando cerca de 20 centímetros por ano. A cidade foi construída sobre um lago e a informação preocupa autoridades e população, pois os riscos de enchentes aumentam a cada ano.
O maior campeão da Copa Ouro da CONCACAF conquista mais uma vaga para uma edição de Copa do Mundo. Os mexicanos foram a quinta seleção a se garantir no torneio a ser disputado na Rússia e a classificação veio com certa tranquilidade. Após vencer o Panamá pelo placar de 1×0, o país alcançou seu objetivo com três rodadas de antecedência. Será a décima sexta copa do mundo do México de um total de 21 edições. Suas duas melhores campanhas foram em 1970 e em 1986. Em ambos os casos, os mexicanos eram os anfitriões do evento e foram eliminados nas quartas de final. Com exceção dos anos em que não conquistou a classificação, os mexicanos também ficaram de fora do torneio realizado na França em 1938, devido a um boicote organizado pelas seleções sul-americanas ao continente europeu e em 1990 na Itália por ter sido desclassificada por utilizar jogadores acima da idade na disputa das eliminatórias para o Mundial sub-20 em 1988. O caso ficou conhecido como Escândalo dos Cachirules e todas as seleções do país foram banidas pela FIFA de competições internacionais por dois anos.
O técnico da seleção mexicana é o colombiano Juan Carlos Osório que comandou o time do São Paulo por apenas cinco meses em 2015, quando deixou o clube paulista justamente para assumir o comando dos latino-americanos. Osório deve contar em seu elenco com Guillermo Ochoa, goleiro que teve destaque na última copa do mundo, Carlos Salcedo que atua na Fiorentina, os atacantes Giovani dos Santos, Javier “Chicharito” Hernández e outros.
A banda escolhida para representar os mexicanos chama-se ACRANIA. Fundada em 2005 na Cidade do México, a banda certamente não passa despercebida, pois inova com uma mistura interessante de estilos. Seu som é basicamente um Thrash/Death Metal. A novidade, porém vem na influência do jazz latino. Trompetes, saxofones e bongôs juntam-se ao peso da banda. O resultado é diferente e de fato, muito interessante. Não é apenas uma junção maluca de instrumentos e estilos, tudo é muito bem construído. O baixo aparece com bastante destaque, ditando o ritmo com muitos grooves. Se você está procurando algo que foge do óbvio no metal, ouça ACRANIA sem medo. Abaixo, a música “People of The Blaze” do álbum “Fearless”, lançado em 2015.


Suécia
(Por Leonardo Cantarelli)

Dentre os chamados países nórdicos da Europa, a Suécia, sem dúvida é a que mais tem tradição no futebol e em Copas do Mundo. Os Blagults irão para a sua 12ª participação no torneio mais importante do mundo. Em 11 edições, acabaram chegando a quatro semifinais (1938,50,58 e 94) e em uma decisão , onde perdeu, em casa, para o Brasil em 1958, por 5 a 2.
É curioso notar como brasileiros e suecos se encontram em Copas do Mundo. Foram sete embates, com cinco triunfos dos sul-americanos e dois empates.Os suecos retornam à Copa, após duas edições ausentes. Nas Eliminatórias, os comandados de Jan Andersson tiveram que jogar a repescagem e de forma histórica despacharam a tetracampeã Itália. Os Azzurri não ficavam fora de um Mundial desde 1958.
No primeiro confronto,entre Auriazuis e italianos,em Estocolmo, os anfitriões venceram por 1 a 0. Na volta a peleja terminou sem gols.
O grande destaque dos suecos está aposentado da seleção : Zlatan Ibrahimovic. Nas duas vezes que o atacante tentou levar seu país para uma Copa acabou desclassificado. O futebolista do Manchester United havia anunciado que não defenderia mais as cores da Suécia.
A equipe conseguiu, por coincidência, uma vaga, sem a presença do atleta de 35 anos. Há um clamor nacional para que ele seja chamado para o evento na Rússia. Ele sem dúvida fará a diferença em um time bem montado, mas limitado tecnicamente. Com Ibra (em boas condições físicas), os suecos podem sonhar com um desempenho digno.
Já no Heavy Metal, as bandas nórdicas são consagradas no mundo todo. A Suécia, ao lado da Finlândia, são os países daquela região que mais tem grupos famosos e com fãs nos quatro cantos do planeta.
Falando apenas dos suecos, podemos citar desde o hard/glam (Crashdiet, The Poodles), passando pelo Death Melódico de Gotemburgo (Arch Enemy,Dark Tranquility, In Flames), pelo Heavy Melódico (Hammerfall), Viking Metal (Amon Amarth) e até o Black Metal (Bathory).Com certeza faltaram bandas nessa lista. Impossível lembrar de todas as renomadas.
O meu destaque vai para uma das mais lendárias: ARCH ENEMY
O grupo formado pelos irmãos Amott (Michael ex-Carcass e Cristopher) inicialmente contou com Johan Oliva no vocal e Daniel Erlandsson na bateria. Com esta formação foram lançados três álbuns clássicos: Black Earth, Stigmata e Burning Bridges.
No entanto, Johan Oliva acabou deixando a banda e de forma surpreendente quem assumiu os vocais foi uma mulher: Angela Gossow.
A notícia chocou, na época, o mundo do metal. Ninguém acreditava que uma mulher poderia substituir um homem, principalmente em uma banda de Death Metal Melódico. Como ficaria o vocal gutural?
Entretanto, a alemã mostrou personalidade e capacidade para cantar as músicas de seu antecessor. Foi uma surpresa positiva. Uma mudança de conceito musical em vários headbangers. Ela cantava e muito bem. Músicas como Bury me Angel, Stigmata , dentre outras casaram com a voz de Gossow.
Com a ‘frontwoman’, os Arqui-Inimigos lançaram seis álbuns. Todos bons, mas destaques para Wages of Sin e Khaos of Legion.
Em 2014, Gossow anunciou sua saída dos vocais. Segue como empresária. Sua substituta é a canadense Alissa White-Gluz. A pegada segue a mesma e já foram lançados dois discos de inéditas.
O ARCH ENEMY é aquela banda que mesmo com trocas de vocalistas nunca lançou um álbum decepcionante. Todos valem a pena escutar.
A canção que destaco é do tempo de Angela Gossow: Will We rise!


Coreia do Sul
(Por Flávio Diniz)

A Coreia do Sul não é somente Gangnam Style. Clipe do artista Psy, assistido mais de três bilhões de vezes no Youtube. O país possui uma das civilizações mais antigas do mundo. Arqueólogos afirmam que a península coreana foi ocupada desde o Paleolítico Inferior, período que iniciou-se há três milhões de anos e se estendeu até duzentos e cinquenta mil anos atrás. Até o ano de 1945, as Coreias do Sul e do Norte eram um único país. Em consequência da segunda guerra mundial o país dividiu-se em dois. O território mais ao sul do país ficou sob influência dos Estados Unidos, ao passo que o território ao norte foi dominado pela União Soviética. Recentemente, a Coreia do Sul vive em conflito e o clima permanece tenso com sua vizinha, comandada por Kim Jong-un.
Em 2018, a Coréia do Sul chegará à sua nona copa do mundo seguida, décima no total. Desde 1982, o país não sabe o que é ficar de fora do torneio. Após uma participação ruim em 2014 no Brasil, quando foram eliminados ainda na fase de grupos, terminando em último colocado do grupo H, com apenas um empate e duas derrotas, os sul-coreanos torcem por dias melhores na grande Rússia. Certamente tendo em mente o inesquecível ano de 2002, quando ao lado do Japão foram os anfitriões da Copa do Mundo e tiveram (até hoje) a melhor campanha de sua história. O país classificou-se em primeiro lugar do grupo D, que tinha Portugal, Estados Unidos e Polônia. Com duas vitórias e um empate, alcançou os sete pontos e posteriormente chegou a uma incrível semifinal, deixando para trás grandes equipes como Itália (oitavas de final) e Espanha (quartas de final). Foi impedida de chegar à final pela Alemanha, que derrotou o país pelo placar de 1×0. Na disputa pelo terceiro lugar contra a Tunísia, os sul-coreanos sofreram sua segunda derrota, dessa vez por 3×2 e se despediram da Copa com um honroso quarto lugar.
Park Ji-Sung é sem dúvidas o maior ídolo da história do país no futebol. Meio-campista, atuou pelo Manchester United, equipe onde o jogador mais se destacou. Foi atleta dos “red devils” por sete anos, disputou mais de duzentas partidas e balançou as redes 27 vezes. Foi lá também onde conquistou a maioria de seus títulos, como campeonato inglês, Liga dos Campeões da Europa, mundial de clubes da FIFA, dentre outros.

O Hard Rock e o Power metal são os estilos mais fortes na Coreia do Sul. Grande parte das bandas que encontramos neste país segue esses estilos. No entanto, há uma variedade significativa de bandas por lá também. Uma das bandas que se destacou para nós é o MAHATMA, de Daejeon, a quinta maior metrópole do país, com mais de um milhão e meio de habitantes e distante a cerca de 140 quilômetros da capital Seul. O estilo executado pela banda é um Thrash Metal rápido, pesado e técnico, com algumas influências de heavy metal. Fundada em 1993, a banda possui três álbuns de estúdio e um single. O último trabalho é o full-length lançado em 2016, intitulado de “New Justice”. A faixa “Deafness” está presente neste álbum e foi a escolhida para apresentarmos aos nossos leitores. Confira abaixo:


Grupo G
Bélgica
(Por Leonardo Cantarelli)
A atual geração belga é tida como uma das mais promissoras do futebol. Foi bem na Copa do Mundo no Brasil, apesar de não mostrar um futebol brilhante. Terá, em 2018, a chance de vingar e conseguir um resultado melhor do que em 2014 quando chegou às quartas de final. Elenco e capacidade técnica há.
O goleiro Thibaut Courtois,os defensores Jan Vertoghen, Thomas Veermalen,os meio-campistas Radja Nainggolan, Kevin de Bruyne, Maouane Fellaini, e o atacante Romeru Lukaku são atletas de ponta que atuam em grandes clubes europeus e tentarão repetir o feito dos Rode Duivels dos anos 80. Geração esta que deixa orgulhoso até hoje os belgas e é referência para todos os futebolistas daquele país. Naquela década, os países-baixos foram vice-campeões europeus (1980) e semifinalistas da Copa do Mundo de 1986.
Nomes, como o goleiro Jean-Marie Pfaff, o lateral Eric Gerets, Van Moer e Julien Colls (meio-campistas) são lembrados e idolatrados até hoje na Terra do Rei Fillipe.
Sobre Heavy Metal, anos 80 e geração atual o grande orgulho dos belgas é o EVIL INVADERS.
A banda, que é oriunda da região dos Flanders, lançou seu primeiro álbum, “Pulses of Pleasure” em 2015 e o som é um excelente Speed Metal que nos faz voltar à boa década de 80, lembrando nomes como Annihilator, Iron Angel, Flots and Jetsam, por exemplo.
Vocal rasgado, guitarras com longos solos melódicos e riffs thrashs, além de uma ‘cozinha’ bem pesada.
Em 2017, lançaram o segundo álbum de estúdio: “Feed my violence”, que segue a mesma qualidade do primeiro.
Um bom grupo de Metal que representa e vinga bem os anos 80. Será que dentro de campo, os comandados de Roberto Martinez superarão as expectativas?
Enquanto aguardemos os resultados da Copa, apreciem EVIL INVADERS com a música:  “Fast, Loud  ‘N’ rude”.
Allons-y, Belgique
Laten we Belgie gaan!

Panamá
(Por Flávio Diniz)
Quando você ouve o nome do país centro-americano, provavelmente duas coisas lhe vem à cabeça. A primeira é o chapéu panamá, conhecido e comercializado no mundo todo e a segunda é a música de 1984 do Van Halen. No entanto, nenhum dos dois foi feito no Panamá. O chapéu é oriundo do Equador. A palha com a qual é produzido o chapéu, é originária de uma palma que só cresce nas proximidades da costa equatoriana entre 100 e 400 metros de altitude. O nome do chapéu vem do canal do Panamá que estava sendo construído na época. O país era muito importante comercialmente e logo o chapéu passou a ser exportado e posteriormente comercializado em lojas que abriram no vizinho da América Central. Com isso a associação ao Panamá tornou-se inevitável ao longo dos anos. A música com refrão conhecido, cantada e tocada por integrantes em roupas extravagantes, obviamente não vem do país também. A música foi lançada no álbum 1984 da banda americana Van Halen e é um dos grandes sucessos do grupo.
O Panamá, no entanto, não se resume a dois itens não produzidos em suas terras. O país é o mais meridional da América Central, isto é, o mais ao sul. Faz divisa com a Colômbia e a Costa Rica. A população é de mais de quatro milhões de habitantes. Devido à sua geografia privilegiada, o Panamá é banhado pelo Oceano Atlântico e pelo Oceano Pacífico e é um dos raros lugares no mundo onde se pode apreciar o nascer do sol em um oceano e o pôr do sol em outro. O canal do Panamá é uma das principais fontes de recursos do país. Os Estados Unidos tiveram seu controle por muitos anos e somente em 1999 o país da América Central passou a ser o responsável pela sua administração. Sua construção levou 35 anos e a vida de aproximadamente 25 mil pessoas. Uma média de duas por dia.
Pela primeira vez na história o Panamá jogará uma Copa do Mundo. E o fato se concretizou com direito a um roteiro épico. Na última rodada das eliminatórias, os panamenhos receberam em um estádio apinhado de torcedores, os já classificados costa-riquenhos, e saíram atrás do placar aos 36 da primeira etapa. Após conseguirem um empate com um gol irregular aos 7 minutos do segundo tempo, o Panamá seguia vendo seu sonho se desmoronando até que aos 42, o zagueiro e capitão Román Torres recebe uma bola dentro da área e fuzila como um centroavante nato. O estádio vem abaixo, locutores e torcedores às lágrimas. Minutos depois o país garantia sua primeira vaga em copas do mundo. O feito foi tão emocionante que o presidente declarou feriado nacional após a classificação.
O Panamá possui uma boa variedade de bandas. Há uma vantagem de bandas mais extremas em relação à bandas de Heavy/Power Metal. Grindcore, Black e principalmente o Death Metal estão bastante presentes na cena metal do país. Uma das bandas que se destacou em nossa pesquisa não está mais na ativa. Encerrou suas atividades em 2016. Da capital panamenha, a banda EQUINOXIO destilava um Black Metal rápido, atmosférico e cheio de blast beats. Suas letras abordavam o ocultismo, morte, anti-cristianismo e filosofia. Em doze anos de estrada, a banda que teve um trio em sua formação por quase todo esse tempo, gravou três álbuns de estúdio, uma demo e dois splits. O primeiro split foi gravado com a banda Capitis Damnare da Alemanha e o segundo com a banda Morbid Funeral da Costa Rica. A faixa que recomendamos recebeu o título de “Raise The Furious Hunt” e é a faixa que abre o álbum lançado em 2011 e tem, provavelmente, o maior título de álbum que já vi na vida: “By The Serpent And The Will (For Those Who Chose Not To Serve, But To Rule And To Conquer)”.


Tunísia:
(Por Leonardo Cantarelli)
O Egito teve a honra de ser a primeira seleção africana a disputar uma Copa do Mundo. Isso foi em 1934. No entanto, a Tunísia se orgulha de ser a primeira nação da África a vencer uma partida de Copa do Mundo.
Os tunisianos eram debutantes no Mundial de 1978 e logo na estreia bateram o México por 2 a 1. A equipe do norte da África ainda marcaria presença nas edições de 1998, 2002 e 06. As campanhas foram idênticas somando apenas um ponto e desclassificada na fase de grupos.
O curioso é que seu único triunfo em Copas do Mundo aconteceu no primeiro jogo de sua história.
Após dois mundiais ausentes, as Águias de Cartago retornam e tem como meta pela primeira vez ir ao mata-mata.  No entanto, o elenco não tem nenhum grande destaque e precisará cair em uma chave fácil para sonhar com voos mais altos.
No Heavy Metal, assim como várias bandas africanas, é difícil encontrar alguma tunisiana em evidência. Mesmo com a internet, poucos grupos conseguem uma divulgação grande e ainda perdem muito espaço para bandas europeias e norte-americanas.
O grupo que destaco e é um dos mais famosos é o MYRATH. O quinteto iniciou as atividades em 2006 e possui 4 álbuns de estúdios.
Praticam um Prog Metal com influências da cultura local. Isso faz com que saia um som único. Um Metal com toques de música ‘árabe’. Bem interessante de conhecer.
Confira:
Inglaterra
(Por Flávio Diniz)
A Inglaterra é um país icônico. Se o Brasil é o país do futebol, foi lá onde ele passou a ter regras mais definidas e passou a ser melhor organizado. Se o metal hoje existe no mundo todo, é de lá que vem as principais e mais tradicionais bandas de metal e rock n’ roll. Se os pubs ganharam variedades de estilos e alcançaram lugares inusitados, a sua casa é lá. O país dos Beatles e Rolling Stones, da rainha e seus famosos guardas reais, das cabines telefônicas vermelhas e do Big Ben, do chá e da pontualidade, Sherlock Holmes e Harry Potter. Foi lá também onde surgiram outros esportes como cricket, badminton, hockey de grama, rugby, tênis e tênis de mesa. As referências são infindáveis e o país realmente tem muito a oferecer em tecnologia, cultura, esportes, história e demais outros assuntos. Para detalhar melhor o país, seriam necessários alguns dias, no mínimo.
A Inglaterra não inventou o futebol, mas certamente teve muita importância para o esporte, organizando as primeiras disputas e campeonatos. O país levou o título de inventores do futebol por terem sido os primeiros a usar o termo “futebol”. Sua seleção é sempre tida como um grande nome em torneios como Eurocopa e Copa do Mundo, mas seu desempenho na maioria das vezes acaba por frustrar os torcedores. Em 1966, o país sediou a copa do mundo da FIFA e sagrou-se campeão após derrotar a Alemanha Ocidental pelo placar de 4×2. Em 1996, também como anfitriões do evento, a Inglaterra fez sua melhor campanha em Eurocopas, chegando à semifinal daquela edição. Vinte anos após conquistar seu único título em Copa do Mundo, os ingleses chegaram ao México lutando pelo bi campeonato. Nessa ocasião ficaram pelo caminho nas quartas de final ao perderem por 2×1 para a Argentina com o famoso gol de mão de Diego Armando Maradona, ou como ficou conhecido após declaração do polêmico ídolo argentino, “La Mano de Diós”. Em 2018, a Inglaterra procura se reinventar para apagar a terrível campanha de 2014, quando perdeu para Itália e Uruguai e arrancou apenas um empate em 0x0 com a Costa Rica, que classificou-se como líder de um grupo com três campeões mundiais.
Falar de metal e rock n’ roll na Inglaterra não é uma tarefa fácil. Escolher apenas uma banda para representar o país de Iron Maiden, Black Sabbath, Deep Purple, Motörhead, Judas Priest, Carcass, Napalm Death, Venom e muitas outras é quase impossível. Portanto, optamos por um dos maiores representantes do metal como um todo, com fãs fieis e uma extensa discografia. Essa escolha também serve como uma forma de homenagear o eterno ícone Lemmy Kilmister. Com 40 anos de carreira, 22 álbuns de estúdio, 13 álbuns ao vivo, diversas coletâneas e incontáveis shows ao redor do mundo, o Motörhead é sem dúvida uma das maiores bandas de metal de todos os tempos. Lemmy morreu em 2015, quatro dias após completar 70 anos de idade e deixou um verdadeiro legado para fãs e para o estilo ao despejar por décadas suas notas em um baixo pesadíssimo acompanhadas de um vocal rouco e próprio em um microfone lá no alto. Do álbum de 1995, “Sacrifice”, indicamos o videoclipe da faixa-título. Um petardo com guerras, mulheres seminuas e muito metal. Mais Lemmy, impossível!


Grupo H
Polônia
(Por Flávio Diniz)

Foi na Polônia que iniciou-se a segunda guerra mundial. Após a invasão da Alemanha ao país vizinho, França e Grã-Bretanha, que tinham compromissos de ajuda aos poloneses exigiram a paralisação da invasão imediatamente. Hitler não atendeu ao ultimato e a guerra foi declarada em 3 de setembro de 1939. A segunda guerra mundial arrastou-se até 1945 e deixou mais de 50 milhões de mortos. Destes, seis milhões eram poloneses, dos quais 95% eram civis. O país perdeu território e a capital Varsóvia ficou despovoada e em ruínas. Os principais campos de concentração localizavam-se na Polônia, como Treblinka, Sobibor e o mais conhecido Auschwitz. Deixando a guerra totalmente no passado, o país está hoje entre os vinte países mais pacíficos do mundo, seus alunos estão entre os melhores do mundo em domínios de leitura, ciências e matemática e a expectativa de vida neste país é de 78,20 anos, segundo dados de 2015, aproximadamente quatro a mais que no Brasil, por exemplo. A Polônia foi a terra natal da cientista Marie Curie, vencedora de dois prêmios Nobel (química e física). No entanto, naturalizou-se francesa, pois a universidade de Cracóvia a recusou pelo fato de ser mulher.
Doze anos desde sua última participação, os poloneses estão de volta à Copa do Mundo. Não conquistavam uma classificação desde 2006, na Alemanha. Na ocasião, a seleção caiu no grupo A e foi eliminada ainda na fase inicial, após perder para o Equador e para os donos da casa e conquistar uma vitória na última rodada contra a Costa Rica. Com três pontos, encerrou o torneio em terceiro colocado do grupo. Suas melhores campanhas ocorreram nos anos de 1974 na Alemanha e em 1982 na Espanha. Em ambos os casos, a Polônia foi para a disputa do terceiro lugar e venceu, derrotando Brasil e França, respectivamente. A Copa de 2018 será a oitava participação dos europeus no continente e os polacos depositam suas fichas especialmente em Robert Lewandowski, atacante de 29 anos que atua no Bayern de Munique.
Ultimamente o país da Europa central possui uma grande safra de bandas extremas. Provavelmente influenciados por grandes nomes do metal mundial e conterrâneos como Vader, Decapitated e Behemoth. Envolvidos em polêmicas, na maioria das vezes cometidas por seu líder Nergal, como fotos com símbolos e pessoas religiosas, nossa escolhida para representar o país é justamente o BEHEMOTH. Fundado em 1991 na cidade de Gdańsk. O som que era estritamente Black metal, hoje mescla elementos de Death Metal em suas composições. São dez álbuns de estúdio, além de outros EPs, discos ao vivo e compilações. O vídeo selecionado é o bem produzido clipe do single “Blow Your Trumpets Gabriel”, de 2013.


Colômbia
(Por Flávio Diniz)

Vizinha de Venezuela, Brasil, Equador e Peru, a Colômbia é um belo país banhado pelo Oceano Pacífico. Seu café é considerado um dos melhores do mundo e muito famoso. Além disso, suas rosas também são muito apreciadas nos demais países e o país é o primeiro e maior produtor de esmeraldas do mundo. Além de possuir uma linda geografia e um povo muito acolhedor, o governo e o próprio povo colombiano têm trabalhado para dissociar a imagem do país à imagem da violência e do narcotráfico responsável pela produção e exportação de milhares de toneladas de drogas e mais de 260 mil mortos. E o plano tem dado tão certo que o país é um dos mais visitados da América do Sul. A procura de brasileiros pela Colômbia cresce consideravelmente a cada ano. Em 2014 mais de 124 mil brasileiros desembarcaram por lá. Esse número representou um aumento de 39% em relação ao ano anterior e é justamente com o turismo e ótima recepção a estrangeiros que os colombianos têm melhorado a imagem da sua terra.
A Colômbia chegará, no ano que vem, à sua sexta participação em copas do mundo. A seleção esteve presente nas edições de 1962, 1990, 1994, 1998 e 2014. Foi em sua última participação que os sul-americanos obtiveram a melhor campanha de sua história, encerrando o torneio em quinto lugar, ao serem eliminados pelos anfitriões por 2×1. Antes disso, na fase de grupos, os colombianos classificaram-se com facilidade para as oitavas de final com 100% de aproveitamento, derrotando a Grécia (3×1), a Costa do Marfim (2×1) e o Japão (4×1). Coincidentemente, a Colômbia teve dois confrontos seguidos contra equipes sul-americanas na fase eliminatória. O primeiro foi nas oitavas de final contra o Uruguai, onde venceu por 2×0 e o segundo foi nas quartas de final contra o Brasil. A Colômbia conta com bons jogadores como James Rodríguez (Bayern de Munique), Cuadrado (Juventus), Falcão Garcia (Mônaco) e Mina e Borja (Palmeiras), além de outros.
Alguns dos grandes nomes do metal colombiano optaram ao longo do tempo por se mudarem para outros lugares, especialmente para os Estados Unidos. Essa mudança facilita o acesso do público às bandas, pois o mercado é maior e a estrutura costuma ser melhor. La Pestilencia, Inquisition e Internal Suffering são três exemplos dentre as mais conhecidas bandas de metal da Colômbia que migraram para solo norte-americano. Qualquer uma das três representaria bem o país, portanto, escolhemos a INTERNAL SUFFERING, com um Brutal Death Metal Técnico, abordando o caos, a morte, demonologia, os mito de Cthulu e Thelema, filosofia por vezes associada ao ocultismo. A banda iniciou suas atividades na cidade de Pereira em 1996. Posteriormente mudaram-se para Nova Iorque, nos Estados Unidos e atualmente estão em Madri, na Espanha. Seu primeiro disco foi lançado em 1999 e de lá pra cá mais quatro álbuns de estúdio completam a carreira dos colombianos. Abaixo, sugerimos o lyric-video da faixa-título do último álbum da banda, “Cyclonic Void of Power”, lançado em 2016.


Japão
(Por Leonardo Cantarelli)
Nem Pelé, nem Garrincha, nem Ronaldo e nem Neymar. O grande ídolo do futebol japonês é brasileiro sim e é conhecido por Zico!
Arthur Antunes Coimbra é tão ídolo do Japão como do Flamengo.
O Galinho de Quintino atuou em terras nipônicas entre 1991 e 94 e revolucionou o esporte no país asiático.
Mesmo em final de carreira, Zico ainda era um dos grandes nomes do futebol mundial e com suas atuações pelo Kashima Antlers ajudou a profissionalizar e popularizar o esporte na Terra do Sol Nascente.
Atualmente, o futebol divide a popularidade com o beisebol.
A primeira participação dos Samurais em Copas do Mundo foi em 1998.  A edição da Rússia será a sexta e de forma consecutiva. A intenção é repetir o mesmo desempenho de 2002 (quando foi co-sede com a Coreia do Sul) e 2010 quando chegou até as oitavas de final.O destaque fica por conta do meia Shinji Kagawa atualmente no Borussia Dortmund da Alemanha.
Nesse período houve muitos brasileiros que se naturalizaram nipônicos e defenderam o Japão em Copas do Mundo. Em 1998 o elenco contava com o atacante Wagner Lopes. Em 2002 foi o lateral Alex Santos. Quatro anos depois, o ala esteve no plantel que era dirigido pelo ídolo Zico. Em 2010 foi a vez de Marcus Túlio Tanaka defender os asiáticos em evento ocorrido na África do Sul.
Já no Heavy Metal a ligação entre tupiniquins e samurais também é grande. Os japoneses adoram grupos que os fazem bangear a cabeça e muitas bandas estrangeiras fazem sucesso lá.
Com as brasileiras não é diferente. Não só Sepultura e Angra são adorados, como Viper deixou a sua marca e mais recentemente Hibria, Shadowside e Krisiun.
Mas e grupos japoneses de metal existem?  Claro que a pergunta é retórica, afinal existem, mas dificilmente fazem sucesso fora de suas fronteiras. Não possuem o mesmo mercado que grupos europeus, brasileiros, estadunidenses e canadenses.
Um grande destaque e que vale a pena ouvir é o LOUDNESS. O grupo originário de Osaka está na ativa desde 1981 e já lançou 27 álbuns de estúdio.
Ao longo de sua trajetória, o LOUDNESS perambulou entre o Hard Rock e o Heavy Metal tradicional (com algumas calcadas no melódico).
Em 2013, os japoneses estiveram no Brasil e participaram da terceira edição do Live’n ‘Louder, ocorrida em São Paulo/SP.
O destaque vai para a música “Crazy nights” do sexto álbum de estúdio “Thunder in the East”.

Senegal
(Por Flávio Diniz)

O idioma oficial de Senegal é o francês, porém é pouco falado. A maioria da população fala línguas étnicas e elas são muitas. Existe uma lista com trinta e seis línguas que são faladas no país. Dentre essas, o mais falado é o wolof. Como primeira ou segunda língua atinge 80% da população. Curiosamente, a Gâmbia é um país que fica cercado por Senegal e pelo Oceano Atlântico. Os dois países chegaram a formar uma confederação que tinha o nome de Senegâmbia, que durou entre 1982 e 1989, quando foi dissolvida por divergências entre os países. É em Senegal que se localiza o lago Retba, provavelmente o único no mundo que tem a água cor-de-rosa. A coloração é resultado da alta concentração de sal, que pode chegar a 40%.
Os senegaleses participaram pela primeira vez de uma edição de Copa do Mundo no ano de 2002, na copa da Coréia do Sul e Japão. E sua estreia foi surpreendente. Logo em seu jogo inicial, venceram a então campeã do mundo França pelo placar de 1×0. Nos dois jogos seguintes dois empates com Dinamarca (1×1) e Uruguai (3×3). Os resultados deram ao país africano 5 pontos, o que lhes levou ao segundo lugar do grupo A, dois pontos atrás da líder Dinamarca. Dessa maneira, as duas seleções favoritas do grupo eram eliminadas na primeira fase do torneio.  A França, que havia conquistado seu primeiro título na edição anterior em sua casa, com uma péssima campanha era eliminada com um mísero ponto, proveniente de um empate em 0x0 com o Uruguai. Nas oitavas de final, Senegal surpreendeu mais uma vez, despachando para casa a seleção da Suécia pelo placar de 2×1 e alcançando as quartas-de-final já se consagrava com uma das oito melhores seleções da copa do mundo. Nessa etapa, Senegal viu-se de frente à Turquia e deu adeus ao sonho de voos mais altos após perder pelo placar de 1×0.
Dezesseis anos depois de sua estreia e única participação, o país está de volta ao maior torneio de seleções do mundo. Com grande parte de seu elenco atuando no futebol europeu, a seleção deposita suas esperanças na experiência de seus jogadores pela convivência nos melhores campeonatos do mundo. Liverpool, West Ham United, Sunderland, Granada, Atalanta, Werder Bremen e Olympique de Marseille são algumas das equipes que contam com jogadores da seleção senegalesa dentre seus contratados.
A expressão “agulha em palheiro” já pode ser substituída por “banda de metal em Senegal”, estendendo-se também para “bandas de rock”. Iniciamos nossa busca pelo site metal-archives, que foi a principal ferramenta utilizada nesse especial, e não encontramos nada. Seguimos para Google, Youtube e Facebook e a busca continuava não resultando em nada. Entramos em contato com páginas, bandas e fãs do continente africano, além de bandas que já passaram por lá e nenhuma única banda nos foi sugerida até o fechamento desta matéria. A última cartada foi um contato com Edward Banchs, autor do livro “Heavy Metal Africa”. Ficamos surpresos com a rapidez da resposta do autor, mas infelizmente, segundo o próprio, a África Ocidental é um lugar muito calmo quando se trata de metal. Existem apenas algumas bandas naquela região e a maioria vem da Nigéria. Agradecemos mais uma vez ao escritor, que respondeu com exclusividade ao especial Copa do Metal no Portal do Inferno. Assim sendo, fecharemos este especial com apenas 31 bandas, concluindo quase 100% do nosso objetivo, mas deixando um pensamento. Senegal já foi considerado o 12º país mais pobre do mundo em uma lista de 2009 e tem o 18º pior IDH do continente africano, de um total de 53 países. Juntamos os pontos e chegamos à conclusão que esse fator pode contribuir para a inexistência ou pela divulgação muito fraca de bandas desse estilo por lá. Infelizmente, o metal não é acessível para todo mundo, pois há a necessidade da compra de instrumentos, custos para a produção de eventos, ensaios, etc. Assim, sendo, finalizamos pedindo para você que conhece alguma banda de metal deste país, entre em contato conosco, que ficaremos muito felizes em editar a matéria e ceder os devidos créditos ao “garimpeiro”.
Crédito: divulgação 


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