quarta-feira, 4 de abril de 2018

História! Jogadores relembram os 10 anos da conquista da Copa Sul-Americana

A primeira década do século XXI foi gloriosa e inesquecível para o Sport Club Internacional. As conquistas das Libertadores de 2006 e 10, a Recopa de 2007, a Copa Sul-Americana de 2008 e o Mundial de Clubes em 2006 colocaram a equipe colorada no mapa da América do Sul e consequentemente do Planeta Terra.
Primeiro brasileiro campeão da Copa Sul-Americana


Este período também foi especial para o clube gaúcho que revelou grandes jogadores como Daniel Carvalho, Rafael Sóbis, Nilmar e consagrou outros como Clêmer, Lauro, Índio e Fernandão.

Em 2018 se completa dez anos da conquista da Copa Sul-Americana. O time de Porto Alegre/RS foi o primeiro brasileiro a levantar a taça desta competição. Os nossos clubes até então pouca importância davam para este torneio. Escalavam times reservas e torciam muito (de forma oculta) para serem eliminados logo na primeira fase.

Com os comandados de Tite a história mudou e muitas equipes passaram a dar valor para a disputa organizada pela Conmebol. 

Neste 4 de abril, data em que o lado vermelho da capital rio-grandense completa 109 anos, o Arquivos e Histórias F.C. conversou de forma exclusiva com atletas que estiveram naquele elenco e traz uma matéria relembrando essa epopeia.

Confira:
Em 2008 houve a sétima edição da Copa Sul-Americana. Os confrontos eram no formato mata-mata em jogos de ida e volta. Os times brasileiros entravam apenas na segunda fase. Nesta etapa, o sorteio dos embates era dirigido e os clubes do Brasil podiam apenas enfrentar equipes brasileiras. O grande atrativo daquele chaveamento era o Grenal, considerados por muitos um dos maiores clássicos do nosso futebol.

"Os clubes naquela época não davam muita importância para a Copa Sul-Americana, mas aquela década o Inter vivia um ótimo momento. o time de 2008 era muito bom e tinha condições de ganhar a Copa Sul-Americana", recordou o ex-zagueiro Bolívar.

"O nosso elenco era bom e foi feito para ganhar o Brasileirão. No entanto, não conseguimos entrar na disputa pelo titulo, então focamos na Copa Sul-Americana. O Tite chegou e teve o mérito de unir o grupo em prol da conquista da Copa Sul-Americana. Ele fez várias reuniões com o elenco  para detectar o que cada um estava pensando e focado. O Tite conseguiu unir todos no mesmo objetivo que era este título. Naquela época ele se mostrou não só um grande técnico, mas um ótimo gestor de clube", relembrou o ex-zagueiro Marcão.

"O Inter já havia ganho a Libertadores, a Recopa e o Mundial de Clubes. Faltava esse título. Precisávamos dessa conquista para intitular o Inter como campeão de tudo. Fomos em busca desse título sim. O Tite se mostrou um cara diferenciado. Sabia muito de tática. Falava tanto de tática que até deixava os jogadores loucos (risos)", relembrou o volante Edinho.

A estreia no torneio ocorreu no dia 13 de agosto no Beira-Rio. Para o confronto contra o arquirrival, o Colorado iria ter duas estreias : o lateral-esquerdo Gustavo Nery e o meia D`Alessandro. No gol, Clemer estava escalado. Na defesa havia uma linha de três com Bolívar, Sorondo e Índio. Na ala direita atuou Wellington Monteiro. No meio, além do argentino citado, atuaram Edinho e Guiñazu. O ataque foi formado por Daniel Carvalho e Adriano.

Já o Tricolor foi a campo com Marcelo Grohe; Léo, Thiego e Jean; Makelele, Amaral, Rudinei,Souza e Hélder; Andre Luiz e Reinaldo.

O primeiro tempo foi de domínio do S.C.I. que chegou mais vezes ao ataque, principalmente com Daniel Carvalho.  Este abriria o marcador na segunda etapa aos 12 minutos. Em um lançamento de Marcão (que entrou no lugar de Sorondo), a bola vai para D`Alessandro que toca para Guiñazu que parte para a área e é derrubado por Jean. O árbitro assinala pênalti. Na cobrança, Daniel Carvalho faz 1 a 0.

Logo em seguida, o Tricolor vai em busca do empate e em uma falta na entrada da grande área, Souza cobra e a bola sobra para Léo cabecear e fazer 1 a 1.

O confronto da volta foi no dia 28 de agosto no Olímpico. Tite mandou a campo Clêmer; Índio, Bolívar e Marcão; Ricardo Lopes, Magrão, Guiñazu, D'Alessandro e Gustavo Nery;Taison e Nilmar.

Já o anfitrião entrou em campo com Marcelo Grohe; Léo, Amaral e Jean; Makelele, William Magrão, Rudinei,Ortemann e Hélder; Souza e Soares.

Após um primeiro tempo sem gols, logo aos 2 minutos da etapa complementar Nilmar abriu o marcador. O atacante invadiu a área, passou por dois marcadores, tocou por cobertura na saída de Grohe e fez um lindo gol.

Aos 25 minutos, Daniel Carvalho (que entrou no lugar de Taison) cruzou a bola na área para Índio cabecear e fazer 2 a 0.

Como o torneio previa o quesito gol fora de casa em caso de dois empates, os comandados de Celso Roth precisavam fazer três gols para seguirem vivos no torneio. Aos 38 minutos, Perea diminuiu o marcador. Cinco minutos depois, Soares empatou a peleja. Mesmo com a pressão no final, o placar ficou em 2 a 2 e o Inter se garantiu.
Festa pelo título. Crédito:Lucas Uebel/Preview.com/Gazeta Press


O rival das quartas de final seria  a Universidad Católica-CHI. No primeiro encontro, em Santiago, houve empate em 1 a 1. Barrientos anotou para os donos da casa e Adriano, no final do jogo, empatou para os gaúchos.

No duelo da volta, no Beira-Rio, houve empate em 0 a 0 e por conseguinte,os porto-alegrenses avançaram de fase pelo quesito gol fora de casa.

Na fase seguinte, o rival seria o Boca Juniors. A equipe argentina havia faturado nos anos 2000, 4 Libertadores e 2 Copas Sul-Americanas. Além de ter eliminado o Inter, neste torneio, em 2004 e 05.

Entre os jogos diante dos chilenos e dos argentinos, Tite havia feito uma alteração no time titular: Lauro herdou a vaga do ídolo Clemer.

"Durante o Brasileirão, eu entrei em um jogo contra o Goiás. Um jogo antes, contra o Coritiba, o Clemer havia falhado e o Tite optou por mim como titular. Tive uma pequena sequência de jogos até a partida contra o Boca Juniors e sabia que se eu fosse bem nesses jogos iria garantir de fato a minha posição como titular e foi o que aconteceu", relembrou o goleiro Lauro.

No primeiro confronto, realizado na capital gaúcha, os anfitriões venceram por 2 a 0. Destaque para o meia Alex que fez dois belos gols finalizando de fora da área.

Na volta, na Bombonera, o Colorado venceu novamente. Desta vez por 2 a 1. Os tentos saíram no segundo tempo. Magrão abriu o marcador, Riquelme empatou para os portenhos e Alex, aos 27 minutos, garantiu o triunfo brasileiro.

"Um dos confrontos mais difíceis foi contra o Boca Juniors. Pelo ótimo momento que viviam.Vencemos no Beira-Rio com dois gols do Alex e na Argentina jogamos com o 'regulamento de baixo do braço' e vencemos novamente. Foi uma tática arriscada que deu certo. Quando nos classificamos, vi que tínhamos totais condições de sermos campeões", relembrou Edinho.

"Eu lembro que em um jogo do Brasileirão contra o São Paulo eu havia discutido com dois defensores do Inter, pois não estavam me respeitando como goleiro. No fim do jogo, o Tite me chamou para conversar e eu expliquei que eu estava incomodado, pois não estava sendo respeitado como goleiro. O Tite disse que eu tinha autonomia para cobrar, arrumar a defesa, elogiar e que eu tinha tudo para ir bem contra o Boca Juniors. Após eliminar o Boca, no vestiário o Tite bateu no meu peito, elogiou o meu desempenho em campo e disse: 'Esse é o meu goleiro. Esse é o goleiro que eu quero.'Aquilo me encheu de orgulho e motivação para seguir bem como titular", emendou Lauro.

"Acredito que quando vencemos o Boca Juniors na Bombonera e por consequência o eliminamos da competição, pegamos uma 'credencial'muito grande para buscar o título. Nos fortalecemos muito para buscar o título", relembrou Bolívar, que a partir das quartas de final atuou como lateral-direito.

O adversário da semifinal foi o Chivas-MEX. No primeiro encontro em Guadalajara, os gaúchos venceram por 2 a 0. Os tentos saíram na segunda etapa e foram marcados por Nilmar e Alex.

Na peleja da volta,os brasileiros venceram os norte-americanos por 4 a 0. Os gols foram anotados por D`Alessandro e Nilmar. O argentino fez os dois primeiros, enquanto o atacante anotou os dois últimos tentos.

A decisão seria contra o Estudiantes do meio-campista Juan Verón. Um dos melhores times das Américas. A partida de ida foi  em La Plata-ARG. Os colorados foram a campo com Lauro, Bolívar,Índio, Álvaro e Marcão; Edinho, Magrão, Guiñazu e D`Alessandro; Alex e Nilmar.

"Creio que os jogos das finais foram os nossos melhores na Copa Sul-Americana. O Estudiantes vinha de uma invencibilidade grande e tinha Verón como principal jogador. No primeiro jogo, o Guiñazu foi expulso por volta dos 20 minutos e ficamos a maior parte do tempo atuando com um a menos. Conseguimos marcar um gol ainda no primeiro tempo e depois tivemos a possibilidade de fazer mais. Mesmo assim levamos uma boa vantagem para o Beira-Rio", recorda o ex-zagueiro Marcão.

Aos 45 minutos do segundo tempo houve um lance polêmico.Escanteio para os anfitriões. Na cobrança, Lauro soca a bola e sobra na entrada da grande área para um atleta do Estudiantes finalizar. Este chuta por cima do gol. O arqueiro do Internacional se estica para fazer a defesa. Ao cair estica a perna e coloca a mão no pé. Um sinal de que estava tendo caibras. Vaias no estádio enquanto era atendido.

Ao final do jogo, Lauro confessa que apenas simulou dores com o intuito de 'ganhar tempo'. Isso na época não foi bem visto por parte da imprensa e torcida.

" Estava acabando o jogo e resolvi fazer aquela 'cera'. Fui bastante criticado por ter confessado a ação.Foi pelo momento do jogo. Estávamos vencendo por 1 a 0, um a menos em campo e era bem no final da partida", relembrou o goleiro.

O dia 3/12/2008 chegou e o Beira-Rio recebeu um público de 51.803 presentes para ver o inédito título do Internacional.

Tite mandou a campo :Lauro, Bolívar, Danny Morais,Álvaro e Marcão; Edinho, Magrão (depois Sandro), Andrezinho (Gustavo Nery) e D'Alessandro; Alex (Taison) e Nilmar.

Já os argentinos estavam escalados com :Andújar; Angeleri,Alayes, Desábato e Cellay;Iberbaia (Perez), Braña, Verón (Moreno) e Benítez; Fernandéz (Calderón) e Boselli.

O Estádio todo de vermelho, pulsando com uma torcida vibrante viu um primeiro tempo de muita marcação e intensidade dos dois lados. Houve chances de gols para os dois lados. Os pinchas ainda tiveram um tento anulado, após uma cobrança de falta. Já os anfitriões tiveram uma boa oportunidade em cobrança de escanteio, onde D `Alessandro tocou curto para Alex que cruzou na área para Nilmar cabecear e assustar a zaga argentina. No entanto, o árbitro Jorge Larrionda invalidou o lance alegando impedimento.

A segunda etapa seguiu equilibrada com os dois times atacante e dando espaço para contra-atacar. Aos 20 minutos, em falta para os Alvirrubros,Benítez mandou a pelota na área, Alayes finalizou e fez 1 a 0!

Na frente do marcador, o time da Grande Buenos Aires se retrancou e os brasileiros começaram a ter dificuldades para empatar a partida.

Com o agregado no marcador foi 1 a 1 houve prorrogação.Após um primeiro tempo sem balançar as redes, é natural imaginar que na última etapa os jogadores, cansados fisicamente, diminuam o ritmo e até esperem a disputa de pênaltis. No entanto não foi o ocorrido. Principalmente pela esquadra gaúcha que pressionou o rival para o campo de defesa.  Os colorados foram premiados aos 8 minutos, onde em uma cobrança de escanteio a bola sobrou para Nilmar chutar e empatar o jogo! 1 a 1!

No final, com o estádio já vibrando e gritando é campeão, o Estudiantes tentava o empate, buscava o gol, mas não conseguiu. Ao apito de Jorge Larrionda, a festa foi geral nas arquibancadas e com os jogadores se abraçando e comemorando o feito inédito. O primeiro brasileiro a ser campeão da Copa Sul-Americana.
Crédito: Marcelo Campos


"Foi o título mais importante da minha carreira. Onde vivi um grande momento. Esse time de 2008 seguiu em 2009 e foi campeão da Libertadores de 2010. Creio que em um ambiente de futebol nunca se fez tanta amizade como aquele grupo. Até hoje falo com Bolívar, Nilmar, Alex e Guiñazu. Nos falamos direto. Além dos títulos, o que ficou mesmo foi a amizade com os jogadores.É um time que fez história no Inter e deixou saudades. Isso não sou só eu que estou falando. A torcida e os outros jogadores pensam assim", afirmou o goleiro Lauro, que atualmente está sem clube.

"Eu sempre falo que quem montou essa geração vitoriosa do Inter foi o Muricy Ramalho lá em 2002/03.Foi o Muricy que trouxe todos esses jogadores . Essa gana de vencer foi durante as Copas Sul-Americanas de 2004 e 05, sendo eliminados pelo Boca. A confusão do 'Zveitão' (Brasileiro de 2005) onde perdemos o título para o Corinthians já estava  se formando um time bem calejado. Tudo isso foi bom para que a partir de 2006 conquistássemos os títulos que ganhamos. Acho que essa geração durou até 2012. Os  últimos jogadores vitoriosos começaram a sair naquela época", opinou Bolívar que atuou em todas as partidas da Copa Sul-Americana de 2008.

"Eu sempre fui um jogador privilegiado, pois quase nunca me machuquei na carreira. Isso fez com que eu jogasse todas as partidas da Copa Sul-Americana e também dos títulos das Libertadores de 2006 e 10", continuou Bolívar, que atualmente é técnico do União Rondonópolis/MT.

"O Inter foi o clube que me projetou para o futebol, alavancou a minha carreira e onde ganhei muitos títulos", contou Edinho que foi o capitão da final e quem levantou a taça  de campeão.Atualmente o atleta defende o CSA/AL.

"Foi o título de maior expressão da minha carreira. Valorizo também as conquistas estaduais por Atlético/PR e Inter, pois foram nesses clubes que vivi o melhor momento como jogador. O que gosto é que até hoje quando vou a Porto Alegre/RS sou bem recebido e o torcedor sempre agradece pelos títulos que ganhei. Falam da conquista da Copa Sul-Americana. O torcedor gaúcho é muito nostálgico e valoriza os atletas que honram a camisa que vestem. São os únicos no Brasil assim", finalizou Marcão, atual técnico do time sub-20 do Atlético/PR.

Os heróis de 2008:

Clemer: Natural de São Luís/MA, o goleiro rodou por vários clubes e se consagrou no Internacional. Após boas passagens por Remo/PA e Goiás/GO, chegou a meta da Portuguesa/SP, onde foi um dos destaques do vice-campeonato brasileiro de 1996. No ano seguinte, se transferiu para o Flamengo, onde teve altos e baixos. Em 2001 perdeu posição para o então jovem Júlio César (que faria história no clube da Gávea, Seleção Brasileira e Inter de Milão). Sem espaço no clube carioca, foi para o Internacional/RS, onde viveu seu auge em 2006 sendo campeão da Libertadores e do Mundo. Pelo clube gaúcho foi treinador de goleiros e até 2015 trabalhou nas categorias de base da equipe colorada. No momento é técnico do Brasil de Pelotas/RS.

Lauro: Em 2003, o goleiro Alexandre Negri foi convocado para defender a Seleção Brasileira na Copa Ouro. Em seu lugar, a Ponte Preta utilizou o jovem e reserva Lauro. Este foi tão bem na ausência de Negri que se tornou o titular da Macaca. Foi a partir desse momento que Lauro apareceu para o futebol.Permaneceu no clube campineiro até 2005, onde atuou em mais de 100 jogos. Em seguida, passou por Cruzeiro e Sertãozinho sem muito sucesso. Voltaria a ter destaque nacional em 2008 pelo Internacional. Como já reportado na matéria foi pelo clube Colorado que Lauro ganhou o seu título mais importante e teve mais destaque.Em 2010 voltou a ter irregularidade em campo e perdeu espaço inicialmente para o argentino Roberto Abbondanzieri e depois para Renan. Em 2012 retornou por empréstimo para a Ponte Preta e em 2013 defendeu a Portuguesa, onde ajudou a equipe a escapar do rebaixamento à Série B (onde cairia no Tribunal com o 'caso Heverton'). Lauro ainda defenderia Chapecoense, Bragantino, Lajeadense/RS, Atlético/MG, Ceará e Joinville. No momento, ao 37 anos, está sem clube.

Como curiosidade, Lauro tem dois gols anotados na carreira. O primeiro foi em 2003 quando defendia a Ponte Preta e nos acréscimos fez, de cabeça, contra o Flamengo,o tento de empate (1 a 1). Dez anos depois, atuando pela Portuguesa, novamente contra o Flamengo e nos acréscimos, Lauro anotou outro gol de cabeça em um jogo que terminou 1 a 1.

Bolívar: Todos o conhecem pelos feitos com a camisa do Internacional. Fabian Guedes é tido como uma lenda no Beira-Rio. No entanto, poucos sabem é que antes de vestir a camisa colorada, o atleta que leva o apelido de Bolivar por causa do pai (que tem esse nome), atuou pelo Grêmio, tanto nas categorias de base como profissional, mas sem muito destaque. Antes de chegar ao Inter, Bolívar também defendeu o Guarani de Venâncio Aires (onde se profissionalizou) e o Joinville.  No S.C.I. chegou em 2003 e passou a fazer a função de zagueiro.Eventualmente jogava como lateral-direito (posição de origem). Pelo clube gaúcho permaneceu até 2006, sendo o capitão na conquista da Libertadores da América. Em seguida foi vendido ao Mônaco-FRA. Após duas temporadas na França, retornou ao Internacional e foi novamente titular e capitão das conquistas da Copa Sul-Americana de 2008, do bi da Libertadores em 2010 e da Recopa Sul-Americana de 2011. Ficou até 2012, quando já não era titular absoluto da zaga. Em seguida atuou por duas temporadas no Botafogo, sendo campeão carioca em 2013. Ainda atuou por Novo Hamburgo e Portuguesa, onde encerrou a carreira em 2015. No momento, aos 37 anos, é técnico do União Rondonópolis/MT.

Índio: Em um futebol em que o sonho de todo jogador brasileiro é atuar no exterior, é louvável que Índio tenha permanecido no Inter desde a sua chegada em 2005 até a aposentadoria em 2014. Nesses nove anos ininterruptos atuando pelo Colorado, Marco Antônio de Lima se tornou não só um ídolo como um símbolo de dedicação e raça. Com o seu jeito durão nas quatro linhas e carismático fora de campo, o ex-defensor ganhou 15 títulos pela equipe de Porto Alegre/RS e participou de toda a `Era Dourada`do Inter.

Marcão:  Lateral-esquerdo de origem, Marcão emplacou na carreira como zagueiro. Após um bom brasileiro pelo Juventude em 2003, Marcos Alberto Skavinski  se transferiu para o Atlético/PR, onde foi capitão do time vice-campeão da Libertadores de 2005. Após uma rápida passagem pelo mundo árabe, chegou ao Inter em 2007 e ficou até 2009, sendo bicampeão gaúcho e campeão da Copa Sul-Americana em 2008. Depois passou por Palmeiras e Goiás sem muito sucesso. No momento é técnico do sub-20 do Atlético/PR.

Danny Morais: Zagueiro, que já fez a função de volante, surgiu nas categorias de base do Internacional e foi promovido ao profissional em 2006. Seu auge foi em 2008 onde participou das conquistas do Campeonato Gaúcho e da Copa Sul-Americana. No entanto, nunca se fixou como titular e deixou o clube porto-alegrense em 2010. Passou por Botafogo, Bahia, futebol asiático e atualmente, aos 32 anos, está no Santa Cruz.

Sorondo: Zagueiro que chegou ao Inter em 2007, credenciado por ter disputado a Copa do Mundo de 2002 pelo Uruguai e ter atuado no futebol italiano, belga e inglês. Foi bem no início, principalmente em 2008, mas as graves lesões impediram de ter uma sequência boa no clube colorado. Integrou os elencos campeões da Copa Sul-Americana de 2008, da Libertadores de 2010 e da Recopa Sul-Americana de 2011. Por algumas vezes,ficava meses fora da equipe e fazia até com que a torcida não lembrasse mais que estava no plantel. Em 2012 vai para o arquirrival Grêmio, mas durante a pré-temporada sofre mais uma lesão e é dispensado do clube. Depois encerra a carreira.

Gustavo Nery: Lateral-esquerdo regular apareceu para o futebol no São Paulo em 2000. Pelo Tricolor atuou como titular até 2004, onde atuava com muita segurança. Após uma breve passagem pelo Werder Bremen entre 2004 e 05, acabou indo ao Corinthians e participando da conquista do Brasileiro de 2005. Pelo Timão ficou até 2007. Antes de ir ao Inter e ser importante no título da Sul-Americana, passou por Zaragoza-ESP e Fluminense. Sem espaço no Colorado em 2009, defendeu o Santo André e depois o São Bernardo, até se aposentar dos gramados em 2012. Pela Seleção Brasileira foram 9 jogos e integrou o elenco campeão da Copa América de 2004.

Edinho: Volante estilo 'cão-de-guarda, Edinho iniciou a carreira no Boavista/RJ, mas foi no Internacional/RS, onde viveu seu auge. Surgiu no time profissional em 2003 e participou de todo o processo que levou a equipe ao topo do mundo em 2006. Permaneceu no Beira-Rio até 2009 e nesse período foi tricampeão gaúcho, da Libertadores, da Copa Sul-Americana, da Recopa Sul-Americana e do mundo. Depois passou por Lecce-ITA, Palmeiras, Fluminense, Grêmio e Coritiba.Atualmente, Édimo Ferreira Campos, defende o CSA/AL.

Guiñazu:  Volante argentino que compensava a falta de técnica com muita raça e comprometimento em campo. Pablo Horácio Guiñazu  era um jogador de muita entrega e isso fez com que fosse adorado no Internacional. Chegou ao clube do Beira-Rio após três temporadas boas no Libertad do Paraguai.Viveu seu auge na equipe gaúcha onde foi tetracampeão gaúcho, campeão da Copa Sul-Americana, Libertadores e da Recopa Sul-Americana. Em 2013, após um breve retorno ao Libertad, se transferiu para o Vasco onde permaneceu até 2016 sendo bicampeão carioca. No momento defende o Talleres-ARG.

Magrão: Mais um volante aguerrido no elenco do Internacional campeão da Copa Sul-Americana. Márcio Rodrigues teve ascensão meteórica naquele bom time do São Caetano que encantou o Brasil no começo dos anos 2000.Participou desde as conquistas em divisões inferiores de São Paulo até o vice-campeonato brasileiro de 2000.As boas atuações fizeram com que o meio-campista fosse para o Palmeiras e participasse do título da Série B do Brasileiro de 2003. Após atuar no futebol japonês (com um rápido empréstimo ao Corinthians), chegou ao Inter em 2007. Permaneceu até 2009, sendo bicampeão gaúcho, além da conquista da Sul-Americana.Saiu do clube gaúcho e passou 4 anos nos Emirados Árabes Unidos. Retornou ao Brasil e jogou por Náutico, América/MG e Novo Hamburgo sem muito destaque. Aposentou dos gramados em 2015.

Sandro: Um bom volante que surgiu em 2008 e teve uma crescente no Inter com a chegada de Tite participando do Brasileirão e da Copa Sul-Americana. Desde então, o atleta oriundo das categorias de base colorada, se tornou titular e ainda faturou a Libertadores de 2010. Em seguida, foi para o Totenham, onde vive altos e baixos. Permaneceu no clube londrino até 2014 e depois foi para o Queens Park Rangers. Depois iniciou sua decadência pela Europa e atualmente, aos 29 anos, está no Benevento da Itália.

Andrezinho: Meia que se destacava pelos passes decisivos e cobranças de falta, iniciou a carreira no Flamengo onde ficou até 2004.Após 4 temporadas na Coreia do Sul, voltou ao Brasil para defender o Inter. Pelo clube colorado ganhou a Copa Sul-Americana de 2008, a Libertadores de 2010, a Recopa Sul-Americana de 2011 e três estaduais. Foi mais um jogador importante nessa época vitoriosa do Inter. Passou ainda por Botafogo, Vasco,Goiás, futebol chinês e atualmente, aos 34 anos, defende o Nova Iguaçu/RJ.

Alex: Meia extremamente habilidoso, bom batedor de falta e finalizador, Alex Raphael Meschini foi um dos melhores brasileiros de sua posição na década passada. Iniciou a carreira no Guarani/SP, onde se destacou e acabou se transferindo para o Internacional em 2004. Foi titular e um dos destaques na campanha das inéditas Libertadores e Mundial de Clubes em 2006.  Foi importante na conquista da Copa Sul-Americana em 2008. Faturou a Recopa de 2007, além de três estaduais. Em 2009 se transferiu ao Spartak Moscou e após duas temporadas retornou ao Brasil. Mais especificamente ao Corinthians/SP, onde foi importante nas conquistas do Brasileiro de 2011 e na Libertadores de 2012.Após faturar sua segunda Libertadores, o atleta natural de Cornélio Procópio/PR se transferiu para o Al-Gharaffa do Catar. Ficou uma temporada na Ásia e retornou, em 2013, ao Internacional, clube onde é ídolo.Foi tricampeão gaúcho de forma consecutiva. Infelizmente sua última aparição na equipe do Beira-Rio foi no final de 2016 com o rebaixamento à Série B do Brasileiro. Em janeiro de 2017 acabou encerrando a carreira.

D'Alessandro: Andrés D'Alessandro é um dos maiores meias argentinos de sua geração. Estilo 'camisa 10', o atleta oriundo de Buenos Aires-ARG iniciou sua trajetória no River Plate-ARG e foi tricampeão argentino e uma das grandes revelações do clube no início dos anos 2000. As boas atuações fizeram com que em 2003 se transferisse para o Wolfsburg-ALE. Na Europa, passou, sem muito sucesso, por Porthsmouth-ING e Zaragoza-ESP. Retornou à América do Sul em 2008 para defender o San Lorenzo-ARG. Depois de um bom primeiro semestre foi contratado pelo Internacional. Chegou com status de craque e correspondeu. Em seus primeiros anos foi campeão da Copa Sul-Americana, Libertadores e Recopa Sul-Americana, além de um pentacampeonato gaúcho de forma consecutiva (2009/15).Isso fez com que ele assumisse a postura de um líder em campo e referência e ídolo para a torcida colorada.  Saiu em 2016, emprestado ao River Plate e retornou em 2017. Ajudou a equipe colorada a retornar a Série A do Brasileiro e atualmente é a esperança de reconstrução da equipe para que lute não apenas para não ser rebaixado e sim por taças. Pela Seleção da Argentina ganhou a medalha de ouro nas Olimpíadas de Atenas em 2004.

Daniel Carvalho:  Surgiu no Internacional nos anos 2000 e foi tido como uma grande revelação.Seus bons passes, gols e poder de decisão davam quase como certo que seria um meia titular absoluto da seleção brasileira. Com suas boas atuações pelo Inter acabou em 2004 se transferindo para o CSKA-RUS. Ficou quatro anos na equipe moscovita faturando uma Liga Europa, 2 Campeonatos Russos e 4 Copas da Rússia. Retornou, por empréstimo, ao Colorado em 2008 e foi importante na conquista da Copa Sul-Americana. Depois teve uma rápida passagem pelo futebol árabe e em 2010 voltou ao futebol brasileiro para defender o Atlético/MG. Infelizmente, as seguidas lesões e a dificuldade para entrar em forma fizeram com que a carreira entrasse em declínio e nunca fosse o jogador de ponta que todos esperavam.Ainda passou por Botafogo, Palmeiras, Goiás e Pelotas (time de sua cidade natal). No momento está sem clube.

Nilmar: Outro grande jogador surgido no Internacional nos anos 2000. Jogador leve, franzino e com muito faro de gol conquistou logo de início a torcida colorada. Em sua primeira passagem pelo clube gaúcho faturou dois estaduais (2003 e 04). Em seguida foi para o Lyon, onde em uma temporada foi campeão francês. Retornou ao Brasil em 2005 para defender o Corinthians sendo campeão brasileiro. No entanto, duas lesões graves no joelho impediram que tivesse uma sequencia melhor no Timão. Em 2007 acabou retornando ao Inter e em 2008 foi um dos destaques na campanha da Copa Sul-Americana, além de ser novamente bi-estadual (2008 e 09). Em 2009 teve a sua segunda experiencia na Europa: o Villarreal. Ficou no clube espanhol até 2012. Depois passou duas temporadas no Catar e em 2014 teve sua terceira passagem no Internacional. Ficou até meados de 2015 e pouco brilhou. Retornou ao Catar e após dois anos na Ásia, assinou contrato com o Santos no segundo semestre de 2017. Entrou em campo apenas duas vezes e rescindiu o contrato após ser constatado que estava com depressão. Pela Seleção Brasileira integrou o elenco que disputou a Copa do Mundo de 2010.No momento, aos 34 anos, está sem clube.

Taison: 'Taison ou Messi? O futuro dirá!' A frase dita pelo finado Wianey Carlet em 2007 mostrava a empolgação com a nova promessa colorada.Taison surgiu para o futebol fazendo muitos gols e desequilibrando os jogos a favor do Inter. Todos se empolgavam com o novo craque. Pelo Colorado foi campeão gaúcho, da Copa Sul-Americana e da Libertadores. Em 2009 foi artilheiro do Gaúcho e da Copa do Brasil. Em 2010 foi vendido ao Metallist-UCR, onde ficou até 2012. Depois foi vendido para o Shaktar Donetsk-UCR, clube que defende atualmente.  Nunca chegou perto de ser comparado a Messi e nem ser um atleta de primeira linha. No entanto, o técnico Tite trabalhou com o futebolista de 30 anos no Inter, e por isso o vem convocando para a Seleção Brasileira. É possível que o atleta oriundo de Pelotas/RS dispute a Copa do Mundo na Rússia em 2018. De vez em quando seu nome é especulado em um possível retorno ao Beira-Rio. Até hoje isso não se confirmou.

Tite: Adenor Leonardo Bacchi apareceu para o futebol em 2000 quando surpreendentemente levou o Caxias ao inédito título gaúcho. Um torneio que até hoje é dominado por Grêmio e Inter. Em seguida foi contratado pelo Tricolor (clube que derrotou na final do estadual) e em 2001 foi novamente campeão estadual e da Copa do Brasil. Com esta conquista de nível nacional e em cima do Corinthians, Tite ficou conhecido em todo território brasileiro. Em seguida perambulou por times brasileiros e em 2007 foi para o Al-Ain dos Emirados Árabes. Retornou ao Brasil em 2008 para comandar o Internacional e foi a partir do título da Copa Sul-Americana que o treinador de Caxias do Sul/RS conseguiu se firmar como um dos grandes nomes em sua profissão. Em 2010 teve um breve retorno ao Emirados Árabes e em seguida foi contratado pelo Corinthians. No Timão ficou até 2013, onde foi campeão brasileiro em 2011, da Libertadores e do Mundo em 2012 e da Recopa Sul-Americana em 2013. Após um 'ano sábatico', voltou ao Timão em 2015 sendo novamente campeão brasileiro e tidos por quase todos como o melhor técnico brasileiro da atualidade. O bom time do Corinthians com um futebol moderno e ofensivo fez com que Tite fosse chamado para a Seleção Brasileira.Recuperou o trabalho ruim de Dunga e classificou com folga à Seleção para a Copa do Mundo de 2018.

Gostou? Veja outras equipes que fizeram história no Brasil:

Final Brasileirão 1995: Santos x Botafogo

Portuguesa vice-campeã brasileira de 1996

São Caetano vice-campeão da Libertadores de 2002

Vasco campeão brasileiro de 1997

Cruzeiro campeão da Libertadores de 1997

Santos campeão brasileiro de 2002